Fatal Frame: Ghost Camera
A franquia "Fatal Frame" encontra em "Spirit Camera: The Cursed Memoir" os métodos ideais de controle, em que o 3DS emula uma câmera fotográfica. Pena que todo o resto se perde - o medo de explorar locais assombrados e um modo de história com boa duração.
O game usa bem a realidade aumentada - e vem com um encarte caprichado para isso. Não é um jogo ruim - ele diverte enquanto dura -, mas o ingresso pode ser considerado muito elevado para um título com duas ou três horas de campanha.
Introdução
A série "Fatal Frame", nascido em 2001 como um título para PlayStation 2, é um jogo de terror que se diferenciou da concorrência por trazer um estilo tipicamente japonês de horror. Geralmente explorando mansões decrépitas e alternando entre o horror sugerido e o susto impactante, a franquia é conhecida pela atmosfera de pavor.
Uma particularidade de "Fatal Frame" é que o jogador enfrenta assombrações usando uma máquina fotográfica, e a produtora Tecmo foi feliz em adaptar essa mecânica no Nintendo 3DS com "Spirit Camera: The Cursed Memoir". Mas as outras qualidade de "Fatal Frame" não vieram junto.
Pontos Positivos
Mecânica de jogo engenhosaO principal destaque são os controles, que usa extensivamente as funções de giroscópio e de câmera do 3DS. Praticamente todo o game se baseia em ficar girando o portátil para procurar Maya, personagem com quem o jogador mais interage, ou ao enfrentar as assombrações. Na maior parte das vezes, o jogo usa a realidade aumentada: o lugar onde o jogador está vira cenário para o game.
Os combates são parecidos com os "Fatal Frame" anteriores, mas todo o controle é feito movendo o 3DS, tornando a partida mais intuitiva. Muito por conta disso, a dificuldade ficou menor: virou uma questão de apertar o botão de obturador quando a retícula ficar vermelha. Mas existe um nível mais difícil depois de terminar a campanha, conferindo um pouco mais de desafio.
Em vez de cartões, "Spirit Camera" vem com um encarte que serve como base para a interações de realidade aumentada (RA). Feito com papel de qualidade, o livretinho vira o elemento que liga o jogo com a realidade, já que é mencionado dentro do game.
De tempos em tempos, o jogo pede para focalizar uma página do encarte. Assim, são revelados mensagens, vídeos e itens. Mas os destaques são os criativos quebra-cabeças, que requerem uma ação do "mundo real" para serem resolvidos. Há também algumas brincadeiras com fotografias.
Pontos Negativos
Campanha curtaO grande defeito do game é seu modo de história, que dura de duas a três horas. Não há mais a exploração dos outros "Fatal Frame"; o game progride quase que automaticamente. Na maioria do tempo, o jogador fica conversando com Maya, intercalando com cenas de realidade aumentada ou combates contra fantasmas.
Depois de terminado, aparece uma campanha mais difícil, mas é praticamente a mesma coisa, só que com mais combates. Fora isso, existem alguns minigames, mas nada o suficiente para acrescentar valor de produção.
Os "Fatal Frame" para consoles certamente estão entre os jogos mais assustadores já feitos, mas vários fatores fazem com que isto não se repita com "Spirit Camera". O primeiro é o diminuto tamanho da tela, que não tem o mesmo impacto que uma TV.
Mas o que mais pesa contra é o fato de ter que jogar em um ambiente claro, já que é necessário iluminação para usar o encarte de realidade aumentada. Claro, pode-se tentar ir para um local escuro quando não for necessário usar o livreto (como eu fiz), mas não chega a ser suficiente para criar um clima de terror.
Nota: 5 (Medíocre)
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