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Steel Diver

29/03/2011 18h41

Título de lançamento do Nintendo 3DS e elogiado pelo próprio Shigeru Miyamoto, criador do Super Mario, à equipe de UOL Jogos na E3 2010, "Steel Diver" parecia ser uma excelente aposta da Nintendo para a linha inicial de títulos do 3Ds: não só era uma franquia inédita da Big N (algo tão raro nos últimos anos), como também a temática de combates submarinos parecia palco perfeito para apreciar o quase mágico efeito 3D do videogame portátil.

Perdão pelo trocadilho infame, mas em vez de certeiro, o tiro da Nintendo foi totalmente na água, longe de qualquer chance de sucesso - ou diversão.

No fundo do mar, mas sem tesouros

"Steel Diver" pode ser encarado como uma coletânea de três minigames ambientados no fundo do mar. Em Missions comanda-se um submarino com perspectiva e movimentação lateral, como se fosse um jogo 2D. Para controlar o veículo é necessário manusear botões e alavancas na tela de toque (a de baixo) e assim traçar a rota pelos oceanos, desviando de pedras, bombas, mísseis e outros obstáculos.

O problema é que há um atraso na resposta dos comandos. Por mais que isso adicione um elemento estratégico à brincadeira, a demora é muito, muito grande. Cansa e frustra demais. No final, mesmo tentar encarar a questão como um "fator estratégico" não dá certo e a monotonia domina a cena. Enfim, faltou habilidade da Nintendo em equilibrar esse aspecto do game.
 

Encare missões no fundo do mar

Periscope Strike explora de forma ingênua e divertida a função de giroscópio do Nintendo 3DS, obrigando o jogador a girar no lugar para movimentar a mira do periscópio do submarino e acertar as embarcações inimigas. Diversão garantida... mas por no máximo um minuto. A mecânica é rasa e não vai muito além, se apoiando mesmo no controle inusitado.

Por fim, Steel Commander ousa com estilo de estratégia, lembrando vagamente uma mistura de Risk (ou seu primo famoso no Brasil, o War) com Batalha Naval: há uma série de embarcações à disposição, incluindo um submarino. O objetivo é utilizar o sorrateiro veículo para detonar o adversário. Porém, impera novamente um ritmo preguiçoso demais que cansa. Steel Commander permite jogatina multiplayer entre duas pessoas, mas dificilmente alguém vai querer dividir esse fardo com algum colega, acredite.

O grande - e único - trunfo de "Steel Diver" é conseguir usar de forma competente o efeito tridimensional do 3DS. Em todas as modalidades a sensação é boa e fácil de ser apreciada, mesmo com a intensidade no nível máximo. Pena que Missions explore pouco o recurso ao adotar a perspectiva 2D (a impressão que dá com o efeito 3D é a de navegar um barquinho em um aquário) enquanto o Steel Commander só exibe a ilusão em rápidas animações. Já Periscope Strike realça bem o efeito, mas aí sofre com o fato de ser uma modalidade para partidas bem rapidinhas.

Nota: 3 (Desprezível)