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Theatrhythm Final Fantasy: Curtain Call

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

06/10/2014 12h00


 

Poucas músicas ficam presas na memória com tanta força como as de "Final Fantasy". É isso que prova "Curtain Call", o novo "Theatrhythm" que expande a fórmula do original e chega ao 3DS como um dos mais completos jogos de ritmo da história.

Com mais de duzentas músicas tiradas de desde o primeiro "Final Fantasy" até os mais recentes "XIV" e "Lightning Returns", o game baseia grande parte de seu apelo no fator nostalgia, mas se sobressai por ser mais do que uma mera coletânea sonora.

Com mecânicas concisas e divertidas, ele seria um ótimo jogo mesmo sem o apoio da clássica linha de RPGs.

RPG rítmico

"Theatrhythm" não apenas reproduz as músicas dos RPGs, mas também vários de seus elementos mais característicos. Jogadores 'lutam' com um grupo de quatro personagens - cada um com níveis, habilidades e atributos próprios. Eles podem coletar itens em baús, e utilizá-los em combate.

Os três tipos de estágios rítmicos simulam batalhas contra monstros e chefões, cutscenes animadas, ou então os momentos de calmaria entre confrontos.

Em termos práticos, porém, o que importa mesmo no jogo é ter precisão na hora de rabiscar com a Stylus ou apertar os botões. As firulas de "Theatrhythm" se apresentam muito bem, mas elementos como a personalização de heróis só fazem diferença mesmo para quem mergulhar de cabeça na experiência e desafiar as canções na dificuldade mais alta.

Enquanto os fãs mais assíduos podem investir horas na obtenção de itens específicos e no treinamento de seus personagens para melhorar sua performance, outros podem optar por apenas aproveitar as músicas nas dificuldades baixas sem preocupações.
 

ASSISTA AO TRAILER DE "THEATRHYTHM: CURTAIN CALL"

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Experiência completa

O primeiro "Theatrhythm" não ousava ir além do esperado para um jogo rítmico. Felizmente, "Curtain Call" expande as fronteiras do original com dois modos inéditos que fazem muita diferença.

O Quest Medley substitui as Dark Notes do original, trocando sequências aleatórias de duas músicas por mapas inteiros que podem incluir dezenas de canções, itens raros, batalhas contra chefes e rotas alternativas. Sua existência desafia os jogadores a testarem todas as músicas do vasto catálogo, ao invés de apenas escolher sempre suas favoritas, ao mesmo tempo em que ganham boas recompensas.

Já o Versus acrescenta a "Curtain Call" o fator competitivo que faltava em seu predecessor. Nele, dois jogadores disputam pelas melhores pontuações em uma música, podendo atrapalhar o progresso um do outro com poderes especiais. A experiência é caótica, mas serve para testar os limites da concentração de quem já alcança a perfeição nos outros modos.

Um fã precisa de dezenas de horas apenas para tocar todas as 221 músicas pela primeira vez. Para aperfeiçoar sua técnica e obter 100% de progresso em "Theatrhythm Final Fantasy: Curtain Call", estas dezenas precisam virar centenas. E nenhum fã de boa música dirá que tais horas foram desperdiçadas.

Nota: 9 (Excelente)