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Theatrhythm Final Fantasy

Claudio Prandoni

Do UOL, em São Paulo

17/07/2012 18h06

"Theatrhythm Final Fantasy" pode parecer um caça-níquel mal acabado, mas acaba sendo uma das ideias originais mais bacanas vistas no Nintendo 3DS.

O título capitaliza forte na nostalgia, apresentando diversas canções marcantes dos treze episódios principais da série. A mecânica variada dá fôlego, garantindo diversão mesmo quando o fator retrô perde um pouco do brilho.

Pena que a Square Enix não desenvolveu mais o lado RPG de "Theatrhythm". Os poucos elementos presentes são rasos e não fazem muita diferença. Fica aí uma boa oportunidade para evoluir em uma inevitável sequência.

Introdução

No ano em que celebra 25 anos de história, a série "Final Fantasy" ganha seu primeiro título exclusivamente musical na forma de "Theatrhythm", coletânea que reúne faixas memoráveis dos treze primeiros episódios principais da franquia.

Com mecânica similar à de jogos como "Elite Beat Agents" e "Guitar Hero", o game exige toques e riscos na tela, tudo ao som da batida de músicas clássicas dos RPGs e com releituras fofas e singelas de heróis e vilões.

Pontos Positivos

Nostalgia bem aproveitada

A quantidade de novas versões, releituras em HD e relançamentos mostra como a onda retrô é uma tendência forte nos games.

"Theatrhythm" não se inibe de apostar todas as suas fichas nesse elemento, buscando forte na memória de qualquer um que tenha jogado pelo menos um capítulo da tradicional série.

Seja pela oportunidade de montar equipes com heróis das antigas, batalhas contra monstros variados, os vídeos com momentos marcantes de cada versão ou, claro, as músicas reproduzidas em suas versões originais, "Theatrhythm" tem algo para agradar qualquer fã de "Final Fantasy".

Controles afinados

"Theatrhythm" pega mecânicas consagradas e tempera com algumas novidades. A jogabilidade básica é dar toques e fazer riscos no ritmo certo, mas cada tipo de fase apresenta isso de maneiras diferentes.

As fases de exploração mostram seus heróis caminhando e botões que variam de altura pela tela e você deve seguir.

Já as fases de animações colocam um vídeo de fundo e botões que passeiam por um caminho fixo, enquanto as batalhas (as fases mais bacanas) exibem quatro faixas, uma para cada membro do grupo, e botões se alternado entre elas.

Como é de se esperar, os controles são precisos e não exigem movimentos muito bruscos para funcionar, evitando frustrações por conta dos comandos.

Pontos Negativos

Colecionáveis chatos

"Theatrhythm" apresenta diversos itens para colecionar, mas nenhum deles faz muita diferença. Você pode equipar seus heróis com habilidades, magias e poções, mas os efeitos práticos são quase imperceptíveis.

Vale o mesmo para as músicas, vídeos e cartinhas de personagens para ganhar. As canções você já ouve o tempo todo, afinal, são o ponto central do game; vídeos são coletâneas em baixa definição de momentos especiais de cada "FF" enquanto as cartas não têm nenhuma função prática - a não ser colecionar.

Ainda que tudo isso alimente um pouco a vontade de jogar mais e mais, são extras tão insípidos que logo você deixa de lado.

Pouco RPG

Seus heróis ganham pontos de experiência, aprendem novos golpes, feitiços, evoluem habilidades e tudo mais como em um RPG tradicional. Contudo, assim como com itens, mal se percebem os efeitos práticos.

Aliado a isso, "Theatrhythm" tem uma história desenvolvida em um punhado de textos, sem um mapa para explorar ou um enredo mais elaborado - como já vimos nos episódios de luta "Dissidia", para PSP.

Nota: 8 (Ótimo)