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1942: Joint Strike

29/07/2008 17h06

A Capcom embarcou de cabeça na onda de "revivals" dos anos 80 através dos serviços de distribuição online da Microsoft e Sony e "1942: Joint Strike" é a mais nova aposta da casa do Megaman. A clássica franquia de tiro dos fliperamas volta com muito estilo, embalada por gráficos 3D bem chamativos, mas mantendo sua essência intacta, algo que não aconteceu com a aposta anterior da empresa, "Commando 3".

Cruzando os céus

Velhos chefes, novas armas
Não há mecânica mais clássica, tradicional, do que a encontrada em "1942: Joint Strike". Você escolhe seu avião e parte em uma série de missões que se resumem a destruir o maior número de inimigos possível, coletando vários itens pelo caminho, que proporcionam melhores tiros, pontos e outras vantagens.

A orientação vertical continua a mesma, mas em vez dos tradicionais gabinetes com tela em pé, o jogo ganha um visual diferente, com uma vista panorâmica proporcionada pelo aspecto 16x9 dos monitores de alta definição. Veteranos com certeza estranharão, uma vez que a ação se torna diferente, pedindo um uso diferenciado de manobras evasivas, para a esquerda e direita ao invés de cima para baixo.

Com a nova visão, você fica acuado, sem ter para onde retroceder, o que geralmente te força a escolher um lado da tela para se defender e não ser sufocado pelo alto fluxo de inimigos - o que acaba sendo ótimo para o modo de dois jogadores, que cada um fica com seu lado. Há ainda outras pequenas mudanças que dão um tempero diferente ao estilo, e reforçam a cooperação, como os ataques em conjunto que justificam o subtítulo do jogo. Sem contar eventos interessantes, como aquele em que seu avião é avariado depois de destruir um chefe e é obrigado a voar no sentido contrário, podendo somente desviar de perseguidores e obstáculos.

Por falar em chefes, eles também cumprem seu papel como se espera em jogos do gênero. Se clássicos como "R-Type" nos ensinaram alguma coisa, foi que nada é mais emocionante do que enfrentar naves gigantescas, destruindo-as parte por parte. Aqui o esquema é parecido, com inimigos grandiosos com múltiplos pontos fracos, pedindo precisão para acertá-los enquanto se esquiva de dezenas de tiros.

Para uma nova geração

Como é de esperar, "1942: Joint Strike" não se parece nem um pouco com a trilogia original dos anos 80. Os gráficos agora são poligonais, com cenários que criam uma bela ilusão de tridimensionalidade, mas que sofrem de alguns momentos de lentidão inoportunos.

A roupa é definitivamente nova, mas ainda há alguns toques que relembram os clássicos, como o design retrô das aeronaves e até mesmo os padrões de vôo de alguns inimigos. A dificuldade, por outro lado, é bem reduzida, se tornando convidativa para os não-iniciados e frustrante para os veteranos, que ainda irão reclamar da curta duração da aventura.

Novas armas e 'power-ups'
Para tentar dar mais gás, sempre há a opção de partidas online, que cumprem o que prometem somente em parte. Definitivamente o jogo é muito mais divertido no multiplayer, graças a elementos como os ataques em dupla e a disposição da tela, como dito logo acima, mas não há como não se decepcionar com os problemas de estabilidade da conexão. Aparentemente tudo funciona bem até que você morre porque algumas texturas e modelos demoraram para ser carregadas ou é obrigado a reiniciar o console devido a algum congelamento inesperado.

Nota: 7 (Bom)