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Green Lantern: Rise of the Manhunters

05/07/2011 14h50

Pontos Positivos

Mecânica robusta

 

Apostando em uma aventura de plataforma 2D, "Green Lantern" passa a sensação de jogar títulos clássicos de heróis no Super Nintendo devido à mecânica robusta e ao mesmo tempo diversificada. Tudo acontece como deveria: golpes e saltos saem com facilidade e exatidão. Além disso, há uma gama variada de atualizações de personagem, que vão desde força e velocidade extra até habilidades aperfeiçoadas de golpes específicos, como mobilidade do escudo ou carga da força do anel.

A utilização do anel também é prática e oferece diferentes variações de golpes conforme a distância do personagem e os inimigos, tudo a um simples toque do botão de ataque. Outra boa adição é que muitos desses golpes são recebidos durante o progresso e oferecem ataques de espada, aéreos, pistolas e golpes de imobilização.

A progressão no jogo é linear, mas vira e mexe há objetivos específicos que obrigam o jogador a voltar para determinado ponto do cenário para destruir canhões ou geradores. Outro elemento extraído dos clássicos é o ponto de progresso do jogo, que fica fixo em pontos específicos do cenário, como em "Castlevania: Symponhy of the Night".

Cenários e ambientação

 

Do ponto de vista artístico, o estúdio Griptonite fez um ótimo trabalho de ambientação com os cenários. As fases vão desde montanhas vulcânicas até uma cidade destruída. Essa última, por exemplo, possui muitos detalhes que saltam aos olhos, como a paisagem urbana ao fundo ilustrada por um céu apocalíptico, muitos efeitos de fumaça saindo das chamas dos prédios e uma grande avenida decorada com postes de luz e eletricidade. A animação do personagem remete aos desenhos animados, com movimentos exagerados e golpes igualmente extraordinários.

Muitos extras

 

Apesar de linear e sem muitas surpresas, alguns extras são oferecidos para incentivar a busca por itens, como históricos de jogo, mementos, que funcionam como biografia dos personagens e contam boa parte dos acontecimentos da trama dos Lanternas e artes conceituais, com ilustrações de diversos personagens e cenários do jogo.

Bom uso do 3D

 

O que mais chama a atenção em "Green Lantern" é a boa utilização do efeito em três dimensões do portátil. Se já não bastassem as belas paisagens e elementos dos cenários de visão lateral que saltam aos olhos, há um interessante desafio secundário chamado de "viagem", o qual o herói deve passar de um planeta para outro.

O mais legal dessas fases é que a visão da câmera é colocada em terceira pessoa, e vira e mexe há objetos direcionados à tela, como asteroides, pedras e tiros dos inimigos, tudo em um cenário decorado com planetas gigantes que cruzam o caminho, estrelas e maravilhosos efeitos de gases.

Ação cooperativa

Durante toda a aventura, o Lanterna Verde é acompanhado por Sinestro e o game permite que um segundo jogador entre e saia da partida a qualquer momento, como em um jogo da série "LEGO". Compartilhar o jogo com um amigo torna a pancadaria ininterrupta bem mais divertida e é altamente recomendado.

Poderes do Anel

O poder de Hal Jordan vem do seu anel, uma ferramenta alimentada com a força de vontade do herói e capaz de gerar qualquer coisa que ele imaginar. Sem dúvida, não é o super poder mais fácil de simular em um videogame, mas "Green Lantern" consegue convencer com o sistema de combos e as muitas "armas especiais" que são desbloqueadas conforme o jogador avança no jogo. De um simples taco de beisebol e punhos gigantes até lança-mísseis teleguiados, o Anel é divertido de controlar e acrescenta diversidade ao combate.

Ryan Reynolds

O jogo faz bom uso da licença cinematográfica e coloca no Lanterna Verde as feiçoes e a voz do ator Ryan Reynolds, o mesmo que interpreta o personagem na telona, o que torna o herói mais convincente do que se fosse apenas um boneco mascarado. Com gráficos competentes, "Green Lantern" supera outros títulos de super-heróis recentes, como "Thor". No PlayStation 3, o game tem também suporte para televisores 3D.

Legendas em português

"Green Lantern" traz legendas e menus em portuguès do Brasil, o que sempre é bem vindo e legal para os jogadores que não dominam o idioma inglês se situarem na história do jogo. E, para quem prefere o idioma original, não é preciso se preocupar pois o áudio continua na língua original.

Boa tradução

Com legendas muito bem traduzidas para o português, “Lanterna Verde” para Wii é um dos poucos jogos com tradução de qualidade no mercado, apesar de não possuir diálogos com vozes. Essa é uma boa notícia para o público mais jovem do console da Nintendo, provavelmente o único que deve gostar dessa versão.

Pontos Negativos

Tecnicamente feio

 

Se artisticamente "Green Lantern" só ganha elogios, o mesmo não pode se dizer do ponto de vista técnico. O jogo evidencia o quanto algumas produtoras ainda não sabem aproveitar ao máximo o potencial visual do aparelho. Devido à grande quantidade de detalhes na tela, alguns pontos do cenário que ganham mais destaque oferecem grandes e serrilhadas texturas, nos levando diretamente aos tempos do DS antigo ou até à longínqua década de 90, quando os primeiros jogos poligonais saíam para os árcades.

Repetitivo

Durante os vários estágios de "Green Lantern", certos objetivos se repetem excessivamente. Os inimigos apresentam uma boa variedade e é preciso mudar os combos para eliminar alguns tipos, mas, basta um novo oponente surgir e ele se repetirá várias e várias vezes. O mesmo vale para situações especifícas, como ao derrubar as torres voadoras dos Caçadores Cósmicos. Você salta, esmaga botões loucamente, assiste uma animação legal.

E aí faz tudo de novo, instantes depois. Repetir em demasia uma novidade é a maneira mais rápida de torná-la velha e enjoativa e "Green Lantern" incorre muito nesse erro.

Fases de voo

Os estágios do jogo se alternam entre fases de pancadaria no solo e fases em que Hal e Sinestro voam pelo espaço, disparando rajadas de energia nas naves inimigas. como em um shooter ao estilo "After Burner" ou "Sin & Punishment", mas sem o mesmo brilho desses jogos. São longas e repetitivas, sem um clímax que justifique a experiência.

Péssimos controles

É simplesmente irritante a forma como o herói se movimenta pelos cenários em duas dimensões ou luta contra inimigos. Além de lentos, os comandos demoram a responder. Quando um adversário aparece no mapa, por exemplo, o jogador precisa primeiro se movimentar e depois atacar, em vez de executar as duas ações ao mesmo tempo. O que deveria simular liberdade, considerando os incríveis poderes do Lanterna Verde, acaba revelando uma jogabilidade absolutamente retilínea e defeituosa.

Falta de poderes

Um dos maiores atrativos do herói são seus poderes ilimitados e as várias maneiras de aplicá-los, como criar um mata-moscas gigante para eliminar inimigos insetos ou então se transformar em uma bigorna gigante e esmagar o que estiver embaixo. No lugar, o jogo oferece poucas habilidades e praticamente nenhuma liberdade de escolha. Os poderes são desbloqueados aos poucos e muitas vezes será preciso usar os mesmos em praticamente toda a campanha.

Nota: 6 (Razoável)