2014 FIFA World Cup Brazil

Ano de Copa do Mundo, você já sabe: chega também um videogame oficial da competição.

Por mais que a Electronic Arts tente fazer a gente acreditar que essa edição extraordinária chega recheada de novidades, não é bem assim: pode ler nossa análise do videogame oficial da Copa do Mundo 2010, ver as descrições de todas as novidades e ter a certeza de que elas estão em "Brasil 2014".

Vai parecer que estou sendo chato, mas falo isso só para dar uma situada. Mesmo com todo esse resgate do passado, o jogo é divertido, cheio de atrações e justifica ser lançado em disco - e não como um DLC, a exemplo do que aconteceu com a Euro 2012.

Mais rapidinho e corrido dos que os "FIFA" tradicionais, "Brasil 2014" não promove lá muitas novidades e ajustes nos controles. Chutes e passes se comportam da mesma maneira, assim como alguns estranhos bugs de colisão e movimentação dos atletas.

Os modos de jogo incluem o que já acostumamos a ver em um "FIFA": amistosos, a opção de recriar a Copa do Mundo, jogar partidas da Eliminatórias, controlar apenas um jogador na busca pelo posto de capitão, possibilidade de mudar elencos e grupos do torneio e assim por diante.

Uma novidade importante e empolgante é que é possível fazer os atletas evoluírem no decorrer das competições. Os minigames de habilidade foram incorporados ao calendário virtual e permitem desenvolver fundamentos, como passe, chute e defesa, quase como se fosse um RPG.

No aspecto visual, trata-se do "jogo de futebol mais brasileiro já feito", como falam os produtores, mas também não era de se esperar menos de uma Copa do Mundo realizada no próprio Brasil, certo? De qualquer maneira, os menus pulsam com cores vibrantes e referências a pontos turísticos do nosso país.

Os estádios da Copa aparecem em brilho e esplendor, com bonitas tomadas aéreas, e até mesmo os técnicos das principais seleções voltam a aparecer na beira do gramado, igualzinho no jogo da Copa de 2010.

Por fim, é preciso destacar o incrível trabalho de narração feito por Tiago Leifert e Caio Ribeiro.

Continua valendo o estilo "FIFA", mais descontraído e brincalhão e menos narrador tradicional, mas a quantidade de informações sobre os estádios, comentários específicos sobre duelos clássicos e outras brincadeiras da dupla dão um brilho especial ao game.

Ter menus e músicas com referências era basicamente uma obrigação do game, mas um trabalho de narração tão divertido mostra na prática o aprendizado feito em "FIFA 13" e "14" e a empolgação por um torneio que, mesmo com tantos problemas 'extra-campo', é sempre especial para fãs de futebol.

Nota: 8 (Ótimo)