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Back to the Future Episode 5: Outatime

RODRIGO GUERRA

da Redação

08/07/2011 18h48

Dessa vez a Tell Tale entregou os cinco Ds que os fãs dos filmes e dos adventures queriam ver: diversidade, desafio, diversão e um desfecho decente. E, além disso, a empresa contou com um convidado especial para fechar com chave de ouro: Michael J Fox, dublando o bisavô de McFly.

No final das contas a impressão é que o modelo da Tell Tale em fazer jogos episódicos acabou prejudicando o desempenho da série “De Volta Para o Futuro”. Se você esperou até agora para comprar os games, saiba que a série tem um bom início e um ótimo final, que são tão divertidos que fazem valer o investimento em toda a aventura.

Introdução

Depois de sete meses a nova aventura de Maty McFly finalmente chega ao fim - e já não era sem tempo.  Agora o garoto tem que lidar com o Cidadão Brown, que não está nada feliz de saber que vai desaparecer quando a linha temporal for colocada nos eixos.

“Back to the Future: Episode 5 – Outatime” segue os moldes clássicos das aventuras de apontar e clicar, como "Sam & Max" e "Full Throttle". O jogador escolhe um objeto ou personagem e clica nele, abrindo diversas formas de interação e, com isso, segue desvendando os desafios de lógica (e, em alguns casos, ilógica) propostos pelo game.

Pontos Positivos

Desafio na medida

A primeira impressão é que a produtora deixou o ‘créme de la créme’ para o final. Agora os quebra-cabeças são bem mais elaborados e exigem mais raciocínio dos jogadores, alguns lógicos, outros que precisam um pouco de sorte e dedução.

Entretanto, os produtores não se esqueceram do público mais amplo e dá uma forcinha com as dicas. Mas nessa parte passou por uma melhora significativa, pois se o jogador estiver realmente encalhado a última dica vai ser na verdade a solução para o mistério. Isso para alguns pode parecer uma forma de trapaça, mas na verdade é uma forma de manter quem não é ligado em jogos acompanhando a história.

Variedade de cenários

O que foi motivo para muitas reclamações nos episódios anteriores, se tornou um dos principais pontos deste episódio. Marty não vai ficar parado em apenas um cenário do jogo: ele vai visitar a escola de Hill Valley dos anos 1930, os primórdios da cidade nos anos 1880 e, claro, a cidade no ‘presente’, em 1986. Ou seja, quem reclamou que não existia variedade, agora tem um prato cheio

Enredo engraçado

Sem estragar a surpresa da trama do jogo, em “Outatime”  conta com as melhores interpretações e piadas dos cinco games. As piadas estão no ponto e brincam com tudo mesmo, inclusive com o nome da cidade ou na forma em que o jovem Emmet Brown resolve o conflito familiar com seu pai.

O ponto alto é a aparição de Michael J Fox no papel de Willie McFly, o bisavô de Marty. São poucos os trechos, mas que satisfaz qualquer fã dos filmes.

Pontos Negativos

Controles confusos (de novo)

Infelizmente, o último episódio do game consagra o que muito já se sabia: a inabilidade da produtora em programar os controles. Ainda é difícil andar devido a esquizofrenia dos controles.

Não basta apontar para a direção que você quer ir, pois quando a câmera muda, tudo muda junto: o que era para cima, acaba virando para esquerda, direita ou até mesmo para baixo. Tudo bem, quem conseguiu chegar até esse ponto da seriado, vai sobreviver e se divertir com a história.

Nota: 9 (Excelente)