"Call of Duty: Black Ops III" aposta em guerras futuristas e atores reais
O novo "Black Ops III" não é apenas o melhor "Call of Duty" para PlayStation 4 e Xbox One, mas também o mais robusto game de toda a série. São três modos distintos - campanha, multiplayer e zumbis -, familiares e engenhosos de maneiras diferentes, mas igualmente bem trabalhados.
Seguindo a tendência de seus predecessores, "Black Ops III" aposta em guerras futuristas para apresentar novas armas e tecnologias. No fim do século XXI, soldados são modificados com implantes robóticos e até mesmo computadores em seus cérebros para tornarem-se mais eficientes.
Após "Advanced Warfare" apostar em atores reais com Kevin Spacey em seu elenco, "Black Ops III" multiplica os esforços nessa frente com as presenças ilustres de Jeff Goldblum, Ron Perlman e Christopher Meloni.
A ação fluida e ágil por qual a série é conhecida retorna, ao lado de várias novidades, como soldados com 'super poderes' e armas extremamente personalizáveis em termos cosméticos e funcionais.
O estúdio Treyarch soube aproveitar todo o aprendizado acumulado ao longo dos mais de 10 anos de história de "Call of Duty" para construir uma base sólida para seu jogo.
Guerra avançada
O tradicional modo campanha acerta ao trocar os corredores dos "Black Ops" anteriores por cenários mais abertos e ao permitir que quatro jogadores cooperem.
Ainda que tenha uma história confusa, a campanha diverte por premiar a criatividade. Os jogadores podem escolher as armas e poderes especiais que quiserem para enfrentar os desafios, e escolher diferentes rotas para emboscar inimigos. A capacidade dos soldados de correr pelas paredes e realizar super saltos só aumenta o número de possibilidades.
Mais longas do que o normal, as missões devem ser acessadas a partir de um 'hub' - uma base de operações. Nela, jogadores podem montar seus arsenais e até mesmo utilizar coletáveis e medalhas de mérito para personalizar a aparência de seu quarto e exibir feitos para os amigos.
A outra novidade da campanha é a dificuldade 'Realista', que mata com um único tiro. Mais cruel que a tradicional 'Veterano', ela serve para testar o trabalho em equipe de times cooperativos. Enfrentá-la sozinho é sinal claro de masoquismo.
Multplayer veloz
Em 2014, "Advanced Warfare" trouxe soldados capazes de 'flutuar' pelo cenário com super pulos. "Black Ops III" vai além, copiando as corridas pelas paredes e a agilidade de "Titanfall" para acelerar ainda mais o modo multiplayer online.
Ao invés de soldados genéricos, desta vez jogadores assumem o controle de especialistas. Cada um tem dois poderes únicos, ativados esporadicamente ao longo das partidas na medida em que os jogadores pontuam. Uma das especialistas, por exemplo, tem um arco que dispara flechas explosivas ou um par de óculos especiais que permitem ver oponentes através das paredes.
A experiência é familiar, mas diferente o suficiente para empolgar. Ainda que seja difícil prever que armas os inimigos usam, só de saber quais personagens eles têm já é possível, por exemplo, se prevenir com estratégias defensivas quando eles puderem ativar seus poderes.
Vale mencionar, porém, que até o momento da publicação desta análise, usuários brasileiros do PlayStation 4 estão enfrentando muitos problemas de performance no modo online. A Activision, procurada por START, não respondeu nosso questionamento sobre o assunto.
Zumbi nosso de cada dia
Invenção da Treyarch que já foi reproduzida de maneira pouco inspirada em "Ghosts" e "Advanced Warfare", o modo zumbis volta a brilhar pela primeira vez desde o "Black Ops" original.
Batizada de "Shadows of Evil", a campanha de missões cooperativas contra os mortos dá ao jogo um toque de humor e descontração que os outros modos 'sérios' não permitem.
Passado em um divertido cenário noir dos anos 1940, o modo tem quatro protagonistas caricatos e podres que atraem por serem absurdos. O absurdo, aliás, ganha uma nova dimensão quando os jogadores ativam um power-up e transformam seus soldados em gigantes monstros com tentáculos capazes de varrer os mortos-vivos.
Diferente de "Black Ops II", "Black Ops III" tem batalhas contra zumbis em mapas bem pensados, e não apenas grandes. Parte da graça do modo é entrar na ação sem saber o que esperar, apenas para descobrir truques e macetes que facilitam a sobrevivência - e os mapas da vez têm muitos segredos.
Uma outra novidade positiva da experiência é a possibilidade de acumular níveis e arsenais personalizados. Isso garante que nem todos os jogadores correrão de um lado para outro utilizando as mesmas armas de sempre.
Totalmente em português, "Call of Duty: Black Ops III" já está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, PlayStation 3 e Xbox 360.
Nota: 9 (Excelente)
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