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Call of Juarez: The Cartel

FELIPE CARETTONI

Colaboração para o UOL

11/08/2011 12h28

Péssimo na campanha solo e razoável no modo cooperativo, “Call of Juarez: The Cartel” é um jogo de tiro em primeira pessoa fraco e cheio de problemas, garantindo horas de mau humor a quem se aventurar pelos ambientes lineares e repetitivos que apresenta. Diferente de seu antecessor, a narrativa não convence e nem mesmo instiga o jogador a conhecer melhor os diferentes personagens principais e o que sobra são combates simples e pouco variados.

Introdução

“Call of Juarez: The Cartel” deixou de lado o ambiente montanhoso do Velho Oeste e partiu para o submundo do tráfico de drogas em cenários urbanos atuais. A história se passa em Los Angeles, onde um grupo de policiais é organizado para combater o crime e evitar uma guerra entre EUA e México. Logo no início, o jogador é obrigado a escolher um entre os três personagens principais e o seu único objetivo é matar todos os inimigos até que o líder dos traficantes apareça. O resultado disso é um jogo de tiro em primeira pessoa linear que valoriza a campanha cooperativa entre amigos.

Pontos Positivos

Multiplayer cooperativo

Mesmo com a grande quantidade de pontos negativos, “Call of Juarez: The Cartel” consegue ser interessante por oferecer um diferente sistema cooperativo para até três jogadores, já que na história é possível controlar apenas um entre três policiais de departamentos distintos.

Além de trabalharem em conjunto, nenhum deles confia no outro e muitas vezes há missões paralelas que permitem investigar os próprios companheiros. Apesar desse sistema ser praticamente inútil em uma campanha solo, o modo multiplayer entre amigos se torna interessante e divertido, tanto no combate cooperativo quanto na investigação dos próprios parceiros.

Pontos Negativos

Inteligência Artificial

Não demora muito para os problemas de “Call of Juarez: The Cartel” aparecerem. O primeiro deles acontece principalmente na campanha single-player, na qual os outros dois companheiros do jogador são controlados pelo videogame. Em momentos de combate, por exemplo, esses personagens pouco auxiliam para derrubar os inimigos e em grande parte das vezes eles desaparecem do local sem a menor explicação. E durante boa parte do jogo, esses mesmos companheiros esbarram um no outro, demoram a chegar em checkpoints e até mesmo encobrem a sua visão durante algum tiroteio.

Repetitivo

Nos primeiros minutos, o jogo até impressiona pela quantidade de combates diferentes, tanto em florestas e casas, quanto de dentro do carro. O problema é que essas mesmas ações se repetem exaustivamente durante toda a campanha. Os capangas de traficantes são os únicos inimigos enfrentados e sempre agem da mesma maneira, com o mesmo uso de vozes e mesma animação gráfica. Em jogos de tiro lineares como esse, um grande diferencial é inovar constantemente a situação de combate, mas isso não ocorre aqui.

Desbalanceado

“Call of Juarez: The Cartel” é um típico exemplo da falta de balanceamento entre os modos cooperativo e single-player, tornando a dificuldade deste último muito maior. Um exemplo simples que comprova o problema, além da péssima inteligência artificial dos personagens, são as perseguições de carro na campanha solo. Em grande parte das vezes, o jogador deve dirigir os veículos e confiar na mira de seus companheiros para explodir os carros inimigos, mas o que normalmente acontece é a morte do próprio motorista, antes das missões sequer chegarem à metade.

Partidas online

Se a campanha solo é um desastre total, o multiplayer online é o oposto. A afirmação anterior só estaria correta se fosse fácil encontrar pessoas para jogar online. Se o jogador não tiver outros amigos com cópias do game, ele irá esperar por muito tempo até reunir três pessoas em uma mesma sala, sem contar os vários momentos de lags e falhas na conexão que podem ocorrer a qualquer momento.

Nota: 4 (Medíocre)