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Child of Eden

RODRIGO GUERRA

da Redação

13/07/2011 16h53

Tetsuya Mizuguchi liberou sua mente criativa mais uma vez e trouxe uma nova experiência interativa que é recomendada para todos os tipos de jogadores. Mesmo sendo curto, “Child of Eden” é um daqueles raros jogos que devem ser experimentados por qualquer um. Seu estilo lembra “Rez”, mas vai além e faz o jogador se sentir dentro do mundo digital, seja usando o Kinect, seja usando o bom e velho controle do Xbox 360.

Introdução

“Child of  Eden“ conta uma história futurista na qual a humanidade foi para o espaço. Todo o conhecimento da humanidade foi enviado para a internet, que agora é conhecida como ‘Eden’. Cientistas criaram o Projeto Lumi, uma pesquisa que tenta reproduzir a personalidade do primeiro ser humano que nasceu em uma estação espacial. A missão do jogador é salvar o projeto de um vírus desconhecido que ameaça destruir Lumi e Eden, o que pode resultar na destruição de todo o conhecimento armazenado lá.

O jogo segue em um padrão que pode ser jogado tanto com o Kinect, quanto com o controle e faz com que o jogador entre em um mundo virtual que mistura a psicodelia e a música para criar um ambiente único e imersivo.

Pontos Positivos

Experiência única

Quem jogou “Rez” certamente vai se sentir em casa, pois “Child of Eden” bebe da mesma fonte - mas traz uma nova experiência de imersão. Este é um jogo de tiro nos trilhos, no qual o cenário vai andando e o jogador deve destruir os inimigos que aparecem na tela. Até aí tudo nada demais, entretanto a mecânica de jogo é o que torna esse game em algo único.

São três armas à disposição do jogador: laser, o tracer e a bomba chamada Euforia. Com essas três armas você ganha mais pontos conforme destrói os inimigos no ritmo da musica. Para isso nada melhor que a arma laser, que trava a mira em até oito alvos e acaba com todos eles simultaneamente.

As outras armas são mais para a destruição rápida, como é o caso do tracer, que no lugar de travar mira nos inimigos, faz disparos rápidos como uma metralhadora, mas não acumula pontos de bônus. Já o Euforia é uma bomba que elimina todos os inimigos da tela, salvando a vida do usuário nos momentos difíceis da missão.

O interessante é que isso pode ser usado tanto no controle quanto no sensor de movimentos, entretanto, com o Kinect a experiência é mais profunda e dinâmica. Com a mão direita você usa o laser para travar a mira nos inimigos e com um movimento rápido é realizado o disparo. A mão esquerda é responsável por fazer os disparos rápidos e a Euforia é liberada quando os dois braços são levantados.

O interessante é que o jogador deve fazer tudo isso no ritmo da música, que concede mais pontos e torna seus disparos mais efetivos. E por mais estranho que possa parecer, jogar com o sensor de movimentos do X360 é mais difícil do que com o controle, provando sim, que o Kinect é capaz de fazer games para jogadores entusiastas.

Visual e som

Parte da experiência de “Child of Eden” vem do visual do jogo, que mistura filmes para apresentar um estágio, seres monstruosos que são inimigos e até mesmo a música de cada estágio que tornam a sua aventura ainda mais estimulante.

A jornada é dividida em dois momentos: os calmos, que permitem observar os cenários ao fundo, e os mais frenéticos, quando é preciso ficar de olho em todos os cantos da tela para não deixar nenhum inimigo escapar.

Cada cenário vai mostrando mais facetas de Lumi e de Eden, mostrando imagens cada vez mais psicodélicas e vibrantes – quase que uma marca registrada do criador do jogo, Tetsuya Mizuguchi, que também é o responsável por “Lumines” e “Rez”.

Acessível

Uma das coisas mais legais é que “Child of Eden” é um game que agrada tanto os jogadores mais assíduos, quanto aqueles que apenas querem atirar ‘com as mãos’. Para isso o game possui uma gama bem vasta de dificuldades, uma na qual o jogador não precisa se preocupar com os disparos dos inimigos, até outra, bem mais difícil que somente os mais preparados fisicamente vão conseguir dar conta. Em todos os casos, sua diversão está garantida.

Pontos Negativos

Muito curto

“Child of Eden” é um jogo sensacional. Infelizmente, são apenas cinco estágios (ou arquivos) disponíveis, e eles duram no máximo 30 minutos. Claro que em algumas vezes você não vai conseguir ‘passar de tela’ na primeira tentativa, mas no geral, em menos de 4 horas já é possível ver os créditos subindo.

Esse é um jogo que implora por mais estágios e a sensação de ‘quero mais’ fica no ar – o que pode significar que alguns conteúdos extras estejam à caminho.

Nota: 9 (Excelente)