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Mario Party 7
GameCube
"... agora, existe suporte para até oito jogadores, em vez de quatro."


28/11/2005
da Redação

Desde que a série "Mario Party" migrou para o GameCube, em 2002, em todo final de ano há um episódio da franquia. Mesmo no Nintendo 64, quando o primeiro título estreou em 1999, foram três anos seguidos de um dos games mais casuais da Nintendo, voltado para toda a família.

Todos os seis episódios passados mantiveram o estilo de jogo e a regularidade. Se não houve nenhum capítulo memorável da série, também não existe nenhum fracasso completo. A verdade é que "Mario Party" não mudou muito desde a versão original, apesar de algumas tentativas de inovar. No ano passado, a franquia introduziu um microfone - recurso que também pode ser usado nesta sétima versão - e, agora, existe suporte para até oito jogadores, em vez de quatro.

As férias frustradas de Mario

"Mario Party 7" também não é muito diferente das edições passadas. Para quem nunca jogou um game da série, ela é como um jogo de tabuleiro (um "Banco Imobiliário", por exemplo), só que recheado de minigames, jogos simples e rápidos, que não demoram muito mais que um minuto. Em suma, quem gostou dos games anteriores, provavelmente, continuará se divertindo com esse episódio e, por outro lado, quem nunca viu graça até agora, não será desta vez que vai mudar de idéia.

Naturalmente, a inclusão de personagens de Mario e seu mundo característico é sempre bem-vinda e, sem eles, talvez esse tipo de jogo não se sustente. Neste episódio, o bigodudo e sua turma foram convidados para um cruzeiro marítimo. Todos os seus amigos - e até alguns não tão amigos, como Wario e Waluigi - foram chamados, menos o arqui-rival Bowser. Furioso, o eterno vilão resolve tentar estragar as férias da turma. Sim, o enredo é só um pretexto para toda a confusão, mas o título não precisa de muito mais que isso.

Como sempre, os fãs reconhecerão facilmente o estilo de gráfico, supercolorido e simplificado, e a sonoridade característica. Os seis novos tabuleiros também exploram localidades conhecidas, como a China e o Egito, mas sem esquecer do tempero da série Mario. E esse é um dos pontos fortes deste episódio: tabuleiros bem arquitetados, tanto na variedade das rotas como nos desenho das fases.

E vai rolar a festa

O modo principal pode ser jogador sozinho ou por até quatro pessoas. Cada uma deve escolher um personagem, todos conhecidíssimos da Nintendo, como o próprio Mario, Luigi, princesa Peach, Yoshi, Wario e Boo. Cada dupla, Peach e Daisy por exemplo, pode usar itens exclusivos.

Daí, cada um rolará um dado (que vai de 1 a 10) para saber quantas casas avançará no tabuleiro. Dependendo de onde o jogador passar e parar, diversos efeitos podem acontecer. Mas cada um dos tabuleiros tem uma regra própria: no primeiro, a Grand Canal, vence quem juntar duas estrelas; e a localização desses itens é aleatória. Já no segundo, a Pagoda Peak, é necessário chegar ao final e ter uma quantidade mínima de moedas, senão você será mandado novamente ao início da fase.

Cada uma das casas tem um efeito próprio: elas podem dar ou retirar moedas, conter surpresas diversas e os mais variados minigames. Esses joguinhos são para um jogador, contra o computador ou entre pessoas, e os prêmios são os mais variados. Nos casos dos desafios de Bowser, o jogador luta para não perder moedas, enquanto nas partidas contra outros jogadores, haverá a chance de o vencedor ficar com todas as moedas do oponente.

Enfim, são 86 tipos de minijogos, algumas muito divertidas, outras nem tanto. Tem as que fazem lembrar games antigos, como é o caso de "Jump, Man!", similar ao arcade "Donkey Kong". Até o nome remete ao personagem desse clássico, que, antes de se chamar Mario, tinha o nome genérico de "jumpman". Desses minigames, 11 podem ser jogados no microfone, mas não exploram muito essa interface de voz.

Durante o passeio nos tabuleiros, os personagens podem ganhar itens especiais, que conferem diversos efeitos. Alguns deles são para uso próprio, como o cogumelo que permite jogar dois ou três dados de uma vez, ou um canhão que pode levar para outros cantos da fase; outros devem ser usados contra o adversário, prejudicando-o de alguma forma; e têm aqueles que são colocados nas casas, a fim de deixar uma armadilha para os oponentes. Esses itens também podem ser comprados nas lojas, em troca de moedas.

E a sorte está lançada

Neste jogo, o fator sorte conta muito no resultado final. Por mais que se esteja vencendo durante todo o game, uma jogada ruim ou a ação dos adversários pode pôr tudo a perder no final, o que pode ser entusiasmante ou frustrante, dependendo do ponto de vista. Enfim, é um jogo em que a habilidade não conta muito, nem na vitória nem na derrota.

De qualquer maneira, "Mario Party 7" é um título essencialmente feito para ser jogado com outras pessoas, pois o modo solo não traz nenhum atrativo em especial. Ao contrário: é muito irritante não poder cortar a vez do computador, ficando um bom tempo sem poder fazer nada no game. É possível deixar a mensagem mais rápida ou resumir os minigames do personagem da CPU, mas a espera continua sendo um martírio. E jogar um game que dependa de sorte contra a máquina tem sempre aquele cheirinho de marmelada das partidas de futebol apitadas por um juiz ladrão.

Uma das novidades desta versão são jogos feitos para até oito jogadores, com duas pessoas dividindo cada um dos quatro controles. Não é lá muito confortável, mas a algazarra compensa esse fato. A cada partida terminada o jogador ganha "milhas de viagem", que podem ser usadas para liberar diversos extras e até dois personagens novos.

Graficamente, "Mario Party 7" tem o visual típico dos títulos do bigodudo, como "Mario Kart: Double Dash" ou "Mario Power Tennis", com cores vivas e estilo de arte próprio. Os cenários que compõem os tabuleiros estão bem diversificados, com um bom nível de detalhes, e são um dos destaques. O problema é que o design dos personagens já mostra sinais de cansaço, com animações muito simples.

O som também segue o mesmo padrão dos games anteriores, com trilha musical típica e efeitos sonoros usados em outros games. As falas se resumem a poucas frases para cada personagem, sendo repetidas à exaustão. É a mesma qualidade dos outros episódios, mas num mercado que evolui a cada ano, dá a sensação de que está ficando defasado rapidamente.

Sete anos jogando dados

Para o bem ou para o mal, "Mario Party 7" continua praticamente igual aos games da série. Trouxe algumas idéias interessantes, como minigames para até oito jogadores, mas não é o suficiente para renovar sua imagem. Enfim, quem já jogava a série, tem a garantia de que a qualidade é a mesma, mas por outro lado não é tão diferente do antecessor. Mesmo sem muito brilho, continua sendo um título que traz diversão, principalmente com várias pessoas, como é o seu propósito.