Análises | Mario Power Tennis GameCube "A grande variedade marcaria o ápice da série, mas ela acaba trazendo alguns problemas..."
16/11/2004 da Redação | A produtora Camelot divertiu muitos donos de Nintendo 64 com "Mario Golf" e "Mario Tennis" para a plataforma de cartuchos da Nintendo, e depois da excelente atualização do jogo de golfe para GameCube, as expectativas para o novo jogo de tênis eram altas. E "Mario Power Tennis" definitivamente marca uma melhora em relação ao original - apesar de não ser tão refinado quanto "Toadstool Tour".
Só falta o patrocínio
A base do novo jogo é quase idêntica à do original. Jogadores podem escolher um dos muitos personagens do universo de Mario (a seleção já é bastante variada ao ligar o game pela primeira vez, e traz muitos personagens secretos), cada qual com suas habilidades diferentes. Como antes, o game traz uma simulação sólida do esporte, permitindo diferentes tipos de raquetadas usando apenas dois botões: A e B. Para tal, é preciso apertar combinações como A e depois B, A e A de novo, e assim por diante.
Mesmo com essa interface simples, o jogo consegue capturar bem o espírito do esporte. Apesar dos atletas correrem um pouco rápido demais para dizer que o game é realista, a maneira como bola e raquete reagem de acordo com o movimento da raquete e a posição de ambas impressiona. O ritmo do jogo garante que tanto partidas simples como em duplas mantenham um ritmo rápido e divertido.
Tênis + Cogumelos
Mas a produtora Camelot disse que queria ir mais longe com "Mario Power Tennis", criando algo parecido com o que a Nintendo fez com "Mario Kart" - a idéia era adicionar elementos fantásticos para dar maior variedade ao game. O game definitivamente não peca nesse aspecto, trazendo uma grande variedade de quadras "malucas" com regras diferentes - esteiras que movimentam os personagens, fantasmas que atrapalham os jogadores, mudanças na parte considerada "fora" da quadra, plataformas que balançam... as opções não são poucas. Além disso, é possível jogar com itens inspirados em "Mario Kart" como cascos e raios, assim como participar em uma grande variedade de mini-games. Se tudo isso não bastasse, cada um dos personagens conta com um super-golpe defensivo que SEMPRE retorna a bola, e um super-golpe ofensivo exclusivo.
Na teoria, essa grande variedade seria o ápice da série, mas ela acaba trazendo alguns problemas. Essas quadras malucas acabam ficando um pouco caóticas demais, causando mais confusão do que diversão. Outro problema está nesses golpes especiais: nem o manual explica exatamente qual é o critério para carregá-los, mas isso acontece muito rapidamente. Especialmente quando você joga contra o computador, é frustrante ter que agüentar o oponente devolver bolas fantásticas tão constantemente. Uma maior dificuldade em carregar essa opção teria aumentado drasticamente a estratégia do jogo. Infelizmente, só é possível desligar esses movimentos na opção multiplayer.
Traga seu binóculo
Visualmente, "Mario Power Tennis" é um jogo competente, mas a visão panorâmica da quadra acaba comprometendo um pouco o nível de detalhe da apresentação, que só fica mais óbvia nos replays. Por outro lado, o game faz excelente uso de efeitos especiais para demonstrar cada tipo de raquetada e na direção de arte de algumas das quadras mais incomuns - uma das quadras secretas promete agradar aos saudosistas e impressiona pela criatividade de sua direção de arte.
Para os fãs dos diversos jogos de esporte estrelados por Mario, "Power Tennis" é uma boa pedida. O single-player pode acabar frustrando muita gente... mas o multiplayer promete ser diversão sólida e garantida até o próximo console da empresa sair.
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