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Análises
Pokémon XD: Gale of Darkness
GameCube
"... serve para que os fãs se distraiam enquanto a próxima 'aventura de verdade'..."


27/10/2005
da Redação

Pode não parecer, mas os monstrinhos Pokémon já têm quase dez anos de vida. Desde que foram inventados por Satoshi Tajiri em 1996, tendo como inspiração uma brincadeira de crianças japonesas - colecionar e fazer brigar besouros -, os bichinhos se tornaram um dos produtos mais lucrativos da Nintendo, com venda de mais de 150 milhões de jogos e um sucesso em licenciamentos, com lojas dedicadas apenas ao assunto.

O "habitat" natural das criaturas sempre foram os portáteis - antes no Game Boy Advance e agora no Nintendo DS - e isso fica bastante claro na linha de jogos "Pokémon" para os consoles de mesa. Foi somente no ano passado que o GameCube ganhou uma aventura similar aos principais títulos dos portáteis. Similar, porém com bem menos liberdade, como se a Nintendo não quisesse misturar as duas versões.

Nesse contexto, "Pokémon XD: Gale of Darkness" segue exatamente os mesmos passos, não mudando muita coisa em relação ao título do ano passado. Alguns cenários são até idênticos, talvez com a desculpa que os títulos compartilham o mesmo continente imaginário. O distanciamento da série desenvolvida para o GameCube parece estar implícito - ou nem tanto - no termo XD, que a Nintendo afirma ter conotação de uma outra dimensão. Assim, faz supor que não exista nenhuma intersecção com as ótimas versões para Game Boy Advance, a não ser pelos monstrinhos em si.

Lado negro da pokéforça

Assim como as outras aventuras, "Gale of Darkness" pode ser considerado um RPG simples. O jogador basicamente deve perambular pelas cidades, procurando realizar os eventos certos, quase sempre falar com determinadas pessoas ou lutar contra os adversários, que, como é característica da franquia, consiste em fazer os pokémons brigarem entre si. Existem também alguns quebra-cabeças eventuais.

Felizmente, a aventura dessa nova edição está maior que a do antecessor, "Pokémon Colosseum". O jogador é um treinador da Pokémon Research HQ e deve impedir que um grupo conhecido como Cipher consiga obter todos os pokémons sombrios, uma versão maligna das criaturinhas, por assim dizer. A introdução prepara o caminho da aventura, mostrando o seqüestro de um navio carregado de bichinhos, usando um Lugia, o pokémon inédito desta versão.

As versões sombrias - ou Shadow Pokémons, em inglês - foram introduzidas em "Pokémon Colosseum" e são as únicas criaturas que podem ser capturadas nessa franquia. Como o nome denuncia, eles têm uma aura negra em volta e não podem ser domesticados enquanto sua alma não for purificada. O jogador ganha um visor para detectar se os monstrinhos dos adversários são do tipo sombrio ou não, apesar de a distinção ser bastante fácil.

Agora existem várias maneiras de purificá-los. Numa delas, o jogador coloca-os para lutar e, lentamente, a barra de "demonização" começa a diminuir. Enquanto isso, esses seres não podem ser evoluídos e, às vezes, eles podem não obedecer ao treinador. Em compensação possuem ataques muito efetivos contra a maioria dos adversários que não estão no "lado negro".

A outra maneira é usando máquinas especiais conhecidas como purificadores. Nesse, caso não é necessário fazê-los combater para tirar a névoa maligna deles. Basta deixá-os nos dispositivos - há vários deles - e fazer o que tiver que ser feito, enquanto o processo de limpeza se completa.

Capturando tudo novamente

Seguindo a tradição da série, "Gale of Darkness" é basicamente sobre capturar e evoluir os pokémons. Como dito, somente é possível capturar as versões sombrias, o que tira bastante da liberdade de colecionar. Ao contrário do antecessor, existem alguns lugares para capturar monstros selvagens, mas não são muito numerosas essas localidades. A captura é feita através das pokébolas. Antes de usar o item, convém debilitar um pouco a energia do bichinho a ser capturado. Mesmo assim, pokémons mais avançados exigirão itens melhores.

As batalhas também seguem o mesmo estilo. Cada criatura possui uma série de ataques com características únicas, desde golpes diretos até habilidades que correspondem às magias dos RPGs - como aquelas que fazem o oponente perder defesa ou dormir. Mas o mais importante é compreender os "status" associados à cada ataque e pokémon.

Por exemplo, o famoso Pikachu é uma criatura do "tipo" trovão, e, portanto, ataques com esse elemento não fazem efeito; no entanto, deverá tomar muito cuidado com ataques de água. Assim, para se dar bem nos combates é necessário conhecer as características do maior número de monstrinhos possíveis.

Além de aumentar de nível, melhorando quesitos como força e velocidade, é possível evoluir os pokémons, ganhando até novas habilidades. Algumas vezes, usando itens é possível modificar os seus comandados. Algumas pessoas oferecem também golpes exclusivos para que os bichinhos aprendam.

Desta vez, as lutas se dão com dois pokémons simultaneamente para cada treinador, o que abre um leque maior de estratégias. Trata-se de um sistema bem elaborado, que, com a quantidade de monstros que existe, as combinações se tornam quase infinitas.

Mas, para um jogador comum de RPG que não é especialmente ligado no universo desses seres, os combates podem ser entediantes, pois cada monstro tem poucas opções. Até existem centenas de espécies para pegar, mas esses usuários talvez não tenham tanta paciência para evoluir tantos personagens.

E as batalhas mais para o final do jogo tendem a se estender, pelo número de pokémons a serem enfrentados num único combate. Como eles são bem desenvolvidos e tem energia alta, é necessário muitos turnos para derrotar cada um deles. E, como se não bastasse, muitos oponentes fazem fila para enfrentar o jogador. Realmente, uma batalha de paciência.

Como de costume, existe uma modalidade somente para combate, que permite conectar às versões de Game Boy e Game Boy Advance e importar os monstrinhos para a arena do GameCube. Com isso, vários jogadores poderão promover competições para saber quem é o melhor treinador.

O mundo é dos pokémons

O visual de "Gale of Darkness" deixa um pouco a desejar pela simplicidade excessiva para um jogo da atual geração. Pode ser uma opção estilística dos desenvolvedores, mas mesmo assim, dão a impressão que foram pouco desenvolvidos. Esse estilo lembra o da série "Mega Man Legends", da Capcom, mas era um jogo para PSOne.

Os personagens também soam um pouco estranhos. Geralmente, o estilo anime, imitando os desenhos japoneses, é usado para garantir maior expressividade, o que não acontece com a maioria dos personagens de "Gale of Darkness". Grande parte mantém uma "cara de paisagem" enquanto mexe a boca para acompanhar os textos de seus diálogos. O protagonista é um dos poucos que conseguem escapar desses defeitos; ele também não é muito de variar de expressão, mas, ao menos, tem um design mais inspirado.

Os pokémons também ficaram caprichados. Apesar da modelagem simples, as animações características de cada um deles fazem com que ganhem vida. Com um trabalho econômico no uso dos polígonos, a taxa de quadros se mantém firme, com a tela fluindo sempre na mesma (e alta) velocidade.

A trilha musical desfila composições típicas de jogos da linha "Pokémon" e de RPGs em geral. As músicas até tentam se adaptar ao clima de cada cidade, mas, mesmo assim, não têm personalidade suficiente para se impor. Os efeitos sonoros também são um tanto pobres, sem muita variação ou definição.

Compasso de espera

"Pokémon XD: Gale of Darkness é um típico caso de mais do mesmo. Sem muitas mudanças em relação ao antecessor, serve para que os fãs se distraiam enquanto a próxima "aventura de verdade" - "Pokémon Pearl" e "Diamond" - não chega para o Nintendo DS. Aos que não são especialmente ligados ao universo desses monstrinhos, "Gale of Darkness" parece muito simples para satisfazer donos de um videogame que tem grandes RPGs como "Tales of Symphonia" ou "Baten Kaitos". E tampouco parece ter apelo suficiente para transformar esses usuários em novos fãs de "Pokémon".
Veja também
Videoanálise de "Pokémon XD: Gale of Darkness" na TV UOL