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InFamous: First Light

Rodrigo Guerra

Do UOL, em São Paulo

27/08/2014 12h33

"Infamous: First Light" é um jogo bom e divertido. Fetch é bem mais interessante do que Delsin, o protagonista de "Second Son", porém a falta de variedade é um ponto negativo constante e que realmente incomoda. A melhor parte é ver como Fetch usa seus poderes de neon e explorar a cidade de Seattle sem a interferência dos soldados e estruturas do DUP.

Mesmo que a história seja curta, acompanhar as desventuras de Fetch é empolgante, sem falar que ainda vai ter muita coisa para fazer depois de terminar a campanha, como desafios, colecionáveis e outras coisas do tipo. Se você gostou de "Second Son", com toda certeza vai curtir passar mais um tempo nesse mundo com "First Light". 

Introdução

"Infamous: Second Son" é talvez o principal jogo exclusivo do PlayStation 4 disponível no mercado. O game de mundo aberto da Sucker Punch trouxe boas novidades e gráficos de cair o queixo, uma aventura divertida e uma variação de poderes bem bacana. Agora “Second Son” acabou de dar cria, que em alguns aspectos é se sai melhor do que o game original.

"Infamous: First Light" conta em profundidade a história de Fetch, a corredora que tem poderes de neon e que deu uma flertada com Delsin em "Second Son". "First Light" é um prólogo que adiciona vários elementos para expandir suas aventuras na terra da garoa norte-americana.

Pontos Positivos

Heroína marcante

Um dos principais problemas de "Second Son" é o seu personagem principal, Delsin, que mais parece ser um garoto mimado interessado em ganhar novos poderes do que alguém que está está genuinamente interessado em salvar sua comunidade. Já Fetch, por outro lado, teve uma vida dura, típica de um super-herói: abandonada pela família, ela conta apenas com o apoio de seu irmão para seguir em frente.

A narrativa de "Fist Light" faz bem seu papel em passar a impressão de ser uma versão jogável de uma história em quadrinhos. Tudo começa com Fetch presa no DUP contando sua história para Augustine, a vilã principal de "Second Son". Vemos o desenvolvimento de Fetch em flashbacks para entender os motivos pelos os quais ela acaba sendo capturada.

Tudo começa com o sequestro de seu irmão e o que a condutora de neon faz para tentar salvá-lo. Fetch não mede esforços para chegar aos seus objetivos, chegando a causar pânico na cidade. Em certos momentos até parece que estamos controlando uma vilã, mas sempre nos lembramos que tem poucos motivos para ela se importar com o mundo ao seu redor.

Gráficos continuam ótimos

Não dá para ignorar a qualidade gráfica de "First Light". Assim como "Second Son" a cidade de Seattle está de cair o queixo e tem detalhes que forçam você parar no meio de uma cena de ação para tirar uma capturar uma imagem com o modo de fotografia.

Os efeitos de luz são simplesmente incríveis. Os raios que saem das mãos de Fetch parecem ser arte abstrata dignos de se tornarem um papel de parede para seu computador.

Houve algumas melhoras, como a estabilidade de quadros por segundo, que tornam a experiência ainda mais intensa e marcante.

Combates bacanas

Diferente de Delsin, Fetch conta apenas com o poder de neon, porém ela faz coisas mais bacanas com eles e que dão um ar novo para esses raios que saem de suas mãos. O básico continua lá, como os raios e super velocidade.

Mas as novidades chegam com o combate mano a mano, com golpes rápidos e poderosos, dignos de um velocista como Flash, da DC Comics ou Mercúrio, da Marvel. Correr também teve um upgrade bacana, pois Fetch pode passar por campos de neon que aumentam sua velocidade. Isso sem contar com seu ataque especial que tem um visual incrível.

Pontos Negativos

Repetitivo

"Infamous: First Light" tem uma história relativamente curta, em pouco mais de 3 horas você consegue ver o desfecho dessa aventura - é pouco. Mas o que mais incomoda nesse tempo é a repetição desenfreada de objetivos.

A maioria das missões são arenas onde você deve derrotar todos os inimigos. Isso é bacana uma, duas vezes, mas contei mais de 10 missões do tipo durante a campanha. As galerias de tiro também se repetem à exaustão, deixando a impressão de que a Sucker Punch não investiu pesado nessa parte do jogo.

Sem falar do mal dos jogos de mundo aberto, que são os colecionáveis. Aqui, pelo menos,  é só um tipo de colecionável: as fagulhas de neon - e são muitas. Por sorte, ao pegar esses itens você ganha mais pontos para aprimorar os poderes da corredora, mas mesmo assim é chato demais ficar caçando esses pontinhos de luz.

Nota: 8 (Ótimo)