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Lord of the Rings: Aragorn's Quest

08/10/2010 17h59

Quando Peter Jackson decidiu dirigir os filmes baseados nos livros da saga "O Senhor dos Aneis", talvez não imaginasse que o mundo seria tomado por uma onda de jogos intermináveis usando o universo criado por J.R.R. Tolkien. Desde o fim da saga nos cinemas, em 2003, até hoje, diversos games surgiram utilizando a Terra Media como pano de fundo para suas histórias. E "Lord of the Rings: Aragorn's Quest" não é diferente, mas agora o intuito é colocar o jogador na trilha do Rei de Gondor, empunhando sua espada e escudo.

A história de "Aragorn's Quest" se passa alguns anos depois da coroação de Aragorn e da partida de Frodo para Valinor, e tem como ponto de partida o bom e velho Condado dos hobbits que está preparando para receber o Rei. Como não poderia ser diferente, o velho Samwise Gamgee está eufórico com a chegada do amigo e conta a história dele para seus filhos - um deles, Frodo Gamgee, controlado pelo jogador.

Lá e de volta outra vez

Usando traços cartunescos e bastante simples. Por mais uma vez vamos ver como foi a saga de Aragorn em direção a Mordor e seus atos heróicos. Das florestas de Brie, às planícies de Rohan e a Cidade Branca. Todos os pontos que foram apresentados nos filmes estão lá. Não chega a ser um game bonito, mas também não é algo que causa repulsa. No início - assim como nos livros - é necessário ser perseverante para continuar ligado, pois a história só pega ritmo depois de uma ou duas horas, quando o jogo engrena e rende alguns momentos divertidos.

Veja o trailer exibido na TGS 2010
No início o game vai ensinando como os controles funcionam, mostrando os golpes de espada, como usar o escudo, o arco e flecha, comandos esses que serão usados à exaustão até o fim do título e que podem cansar dependendo dos controles escolhidos.

Os jogadores podem escolher entre diversas opções de controles, como usando apenas o DualShock, o Move com o DualShock, ou o Move com o Navigation Controller. Por mais que as opções sejam variadas, nem todas são funcionais.

Com o Move os golpes são feitos de forma simples, bastando chacoalhar o controle para os lados para fazer os golpes laterais, ou levantaro e baixar para aplicar os ataques verticais. O Navigation Controller fica encarregado do movimento do personagem, além de escolher qual tipo de defesa, como escudo ou uma tocha.

Falta de precisão

O maior problema do controle de movimentos nesse jogo é que as respostas são lentas e imprecisas. É possível fazer o movimento e um segundo depois ver ele sendo repetido na tela, uma falha imperdoável e que deveria ser corrigida o quanto antes. A Electronic Arts não chegou a usar um por cento da precisão dos movimentos do Move.

Todavia, o game também não exige golpes exatos para acabar com os inimigos e chefes, sendo até previsível a forma de lidar com eles - basta ficar se esquivando e atacar na hora exata. Além disso, nenhuma gosta de sangue cai nos combates, evidenciando ainda mais o caminho infantil escolhido pelos título. O game possui a alternativa de usar o bom e velho DualShock, o que acaba com a irritação dos movimentos demorados, pena que isso tire todo o charme e elimine o diferencial do game - um dos primeiros a usar o Move e o Navigation Controller.

Um ponto positivo é que o segundo jogador não é uma cópia barata de Aragorn, mas sim o poderoso mago Gandalf. Com ele o sistema de jogo fica mais focado em ataques à distância e na proteção de Aragorn. Pena que para os fãs da saga isso é um pouco incongruente, pois assim o personagem participa de episódios dos quais ficou de fora nos livros e filmes.

Nota: 5 (Medíocre)