Análises | Half-Life: Source PC "... algumas das mais emocionantes e envolventes horas em um jogo de tiro..."
17/11/2004 da Redação | Foi em 1998 que jogadores do mundo inteiro conheceram Gordon Freeman, o cientista barbudo que vestiu uma armadura laranja e revolucionou os jogos de tiro em primeira pessoa em "Half-Life". Com o lançamento de sua continuação, a Valve oferece uma versão do clássico rodando com a tecnologia de "Half-Life 2" - não se engane: os modelos 3D e as texturas são mas mesmas da versão melhorada pela Gearbox em "Blue Shift".
Só faltou o Mickey
Mas mesmo como um jogo antigo, a revolução de "Half-Life" ainda pode ser sentida nessa quase-atualização. O game abre com uma seqüência que provavelmente foi inspirada nos passeios da Disney: o personagem está em um teleférico, atravessando o coração do laboratório secreto de Black Mesa. Seus criadores fazem questão de apenas destacar o ambiente antes de sequer oferecer um verdadeiro desafio - um truque que se tornaria marca registrada da empresa.
Depois desse prólogo, o jogador acaba envolvido em uma fuga alucinante do laboratório, que não apenas está sendo invadido por aliens, mas também por militares que não pretendem deixar nenhuma testemunha. O que se segue são algumas das mais emocionantes e envolventes horas em um jogo de tiro, exigindo não só que o jogador descarregue pentes e mais pentes de balas, mas também use o cérebro para resolver os quebra-cabeças inspirados no cenário.
Onde fica o banheiro?
Parte do charme que valeu ao game seu título de revolucionário foi a maneira como seus ambientes foram criados. O instituto de Black Mesa realmente parecia um laboratório real: banheiros, cozinhas, tubos de ventilação, acesso de manutenção de elevadores, garagens - tudo se somava de forma a criar a impressão de uma arquitetura real. E a presença de guardas e cientistas para interagir com o silencioso Freeman apenas aumentavam a sensação de realismo. Era difícil não se sentir sugado por esse mundo virtual.
Infelizmente, com exceção de alguns efeitos de reflexo e refração, assim como a simulação física, "Half-Life: Source" tem o mesmo visual de um jogo de tiro de cinco anos de idade. Mas quem não teve a experiência na época, definitivamente deve tentar guardar algum tempo saber como a história de Gordon Freeman começou.
Flashback
Como um extra, a versão "Source" já vem com jogos salvos no começo de cada capítulo - quem quiser relembrar o final minimalista antes de começar "Half-Life 2" pode fazê-lo sem trabalho nenhum.
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