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Análises
Vampire: The Masquerade - Bloodlines
PC
"... permite que você crie um personagem de um de sete clãs..."


14/12/2004
da Redação

São raros os jogos com um pedigree como o de "Bloodlines": criado por ex-membros da equipe de "Fallout", usando o famoso sistema da White Wolf e empregando tecnologia de "Half-Life 2", as partes apontam para um enorme potencial. Os elementos de RPG desse produto não desapontam, mas algumas falhas sérias atrapalham o que poderia ser um grande marco para o gênero.

Escolha seu clã

Fãs do sistema de regras "Vampiro: A Máscara" terão motivo de sobra para se interessar por esse game. "Bloodlines" não apenas permite que você crie um personagem de um de sete clãs - alterando consideravelmente o tipo de aventura que o jogador terá, mas também criando uma envolvente trama que é bastante pertinente ao cânone do RPG. Pequenos detalhes, como as falas insanas de personagens malkavianos, mostram a dedicação da Troika em respeitar o universo.

O personagem começa a aventura recebendo o abraço - ou seja, virando vampiro ou vampira. A trama começa quando você e seu progenitor(a) de caninos grandes são presos em meio a uma briga política da Camarilla em Los Angeles. Sem saber exatamente o que aconteceu, os primeiros momentos da sua nova existência são um tutorial sobre como funciona o estilo de morte-vida dos filhos da noite. Essa apresentação é uma perfeita introdução para quem não conhece o RPG, e ajuda os veteranos a compreender as mecânicas do game.

O protagonista é então levado para uma outra cidade, onde começa a explorar a sociedade noturna dos vampiros. O game é estruturado em diversas missões - algumas obrigatórias, outras opcionais - que podem ser resolvidas de diferentes maneiras, dependendo de suas habilidades. Estas podem ser resolvidas com ataques corpo-a-corpo, armas de fogo ou brancas, furtividade, sedução, hackeando computadores ou manipulando a mente das pessoas. A criatividade dessas missões e os personagens relacionados ajudam a fazer de "Bloodlines" uma experiência bastante envolvente.

Toque de Midas

Mas infelizmente nem tudo é perfeito no jogo. Quem esperava que a tecnologia "Source" de "Half-Life 2" fosse uma pedra filosofal que transforma tudo em ouro ficará bastante decepcionado: as texturas apresentam uma discrepância de qualidade enorme de uma parte para outra do game, algumas das animações de personagens são exageradas ou mecânicas (ainda acima da média, mas os erros em meio à alta qualidade acabam ficando mais óbvios) e o sistema de controle não é dos mais intuitivos. A maior surpresa é que o game parece ser mais pesado que "Half-Life 2", apesar de ser menos bonito no geral.

O controle do jogo permite um fácil acesso aos poderes de vampiro, mas no geral é mais frustrante do que deveria ser. É patético ver seu personagem errando ao atirar em uma garrafa a menos de um metro de distância apenas porque sua perícia com a arma é baixa. Em um jogo em primeira pessoa, você fica se perguntando porque o sistema de mira não é simplesmente automática, já que depende muito da ficha do personagem. Além disso, algumas vezes é fácil ver o desempenho do game atrapalhar demais o controle nas partes de ação.

A escolha de ambientar a aventura na Califórnia ajuda na temática do game, mas o resultado final pode ser ruim ou bom, dependendo do seu ponto de vista. Por um lado, a ausência de pessoas e automóveis, assim como os ambientes restritivos, ajudam a dar um clima de madrugada. Mas, por outro lado, dá um certo ar artificial e claustrofóbico ao ambiente.

Apesar dos defeitos, "Vampire" tem sucesso por oferecer liberdade ao jogador. Apesar da decisão que abre espaço para os quatro finais do game acontecer apenas no final da aventura, o grosso do jogo é repleto de escolhas (de menor ou maior impacto na aventura) - e isso é um dos elementos mais importantes em um RPG.