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Evil Dead Regeneration
PC
"Não tem nenhuma pretensão de se tornar um clássico, (...) mas oferece diversão honesta..."


13/10/2005
da Redação

Jogos baseados em filmes já não são novidade para ninguém, mas "Evil Dead: Regeneration" é um caso um pouco diferente. Enquanto a maioria entra na onda dos filmes do tipo "arrasa-quarteirão", como "Homem-Aranha 2", ou, mais recentemente, voltam os olhos para clássicos lendários - estão sendo produzidos games baseados em "Scarface" e "O Poderoso Chefão" -, o jogo em questão foi buscar inspiração em um dos mais representativos filmes B do cinema americano.

Dirigido e produzido por Sam Raimi, o mesmo que viria a dirigir a franquia do "Homem-Aranha" nos cinemas, "A Morte do Demônio" trouxe um protagonista marcante e o ator que viveu o personagem nunca conseguiu se dissociar dele. Em "Evil Dead: Regeneration", o ator Bruce Campbell novamente dá vida a Ash, um cara que, definitivamente, não tem medo de cara feia.

Matando os morto-vivos

Enredo em filmes de zumbi é como pretexto para que apareçam as mais horripilantes criaturas. Em "Regenaration", Ash é enviado a um hospício para criminosos e o médico responsável pelo local, Dr. Vingo, está conduzindo estranhos experimentos usando a Necronomicon, o livro dos mortos popularizado pelo escritor H. P. Lovecraft.

Antes de ser enviado para o hospício, Ash está na cabana onde o livro maligno foi encontrado pela primeira vez. E ali, ele e o jogador aprendem como funciona o sistema de combate o game, muito similar aos vários jogos de ação com combate, como "Devil May Cry", um clássico do PlayStation 2. Quer dizer, o protagonista pode atacar com golpes corpo-a-corpo ou com armas de fogo.

Aqui o que importa é a ação, e o usuário não precisa se preocupar com munição ou recarga, pois o estoque de balas é infinito. O jogador pode escolher se quer matar um inimigo a sua escolha ou usar a mira automática, que é ativada com um apertar de botão. O aspecto mais interessante do sistema de combate são os golpes fatais.

Quando os inimigos estão prestes a morrer, eles emanam um brilho verde, sinal que o jogador pode aplicar um ataque de misericórdia. Nesse caso, Ash faz golpes cheios de estilo, para, no final, acabar com o sofrimento do oponente. Existem diversas dessas animações e, de vez em quando, a tela dá um destaque maior para o movimento, para o deleite dos espectadores. Felizmente, os oponentes não atacam durante esse golpe.

Não que a inteligência artificial deles seja melhor em outras situações. Como típicos zumbis, esqueletos e todo o tipo de morto-vivos, tudo que eles fazem é correr para cima do protagonista e tentar arrancar-lhe a pele. Alguns usam projéteis para tentar impedir Ash. De qualquer maneira, travar a mira e correr para os lados são suficientes para por fim à maioria dos adversários.

Além da serra elétrica e a espingarda

No hospício, Ash não conta, de cara, com a serra elétrica e a espingarda que o tornou famoso. Mas ele também não fica muito tempo com os equipamentos iniciais. Ao longo da aventura, novas armas serão incorporadas ao arsenal do herói, como um arpão que traz os inimigos para perto e um lança-chamas. Eles garantem a satisfação de dizimar os oponentes, mas, por outro lado, significa que o desafio é quase nulo. E, usando armas menos potentes, você se torna presa fácil para os zumbis.

Além das partes de matança, existem também algumas situações em que será necessário pular de plataforma em plataforma, mas o pulo estranho do personagem faz com que estas partes sejam bastante ineficientes, além de demonstrar uma grande quantidade de erros. Felizmente, esses lugares não aparecem com muita freqüência. Também há alguns elementos de exploração, para procurar itens que liberam alguns extras no game.

Ainda mais que nas batalhas, os quebra-cabeças começam a ficar repetitivos muito rapidamente. Depois de um tempo, recolher almas para a Soul Eater é nada além de desestimulante. O protagonista também pode assumir uma forma demoníaca, mas isso acaba sendo supérfluo, pois ele é usado em algumas situações, contra os chefes, por exemplo. Mesmo assim, esses monstros não são tão difíceis assim.

Puxa, mataram o Sam!

O subtítulo "Regeneration" parece fazer alusão ao segundo personagem, que acompanha Ash depois que sai do hospício. Esse baixinho - meio humano, meio deadite (zumbi) - atende pelo nome de Sam e é capaz de se regenerar mesmo que seu corpo se despedace num cortador de grama. Ele parece ser mais uma das piadas do produtor Sam Raimi e é dublado pelo irmão Ted Raimi.

Sam é responsável pelos momentos mais engraçados do game, porque Ash se aproveita de sua imortalidade para cometer os mais bárbaros atentados contra o infeliz. Vira e mexe ele é chutado - um legítimo tiro de meta - contra ventiladores, fornos e todo o tipo de lugares perigosos. Às vezes isso faz parte da resolução dos quebra-cabeças, mas na maioria das ocasiões é apenas uma sádica diversão.

Ash também pode controlar o corpo de Sam, que faz uso de sua estatura diminuta para entrar em locais estreitos, resolver alguns quebra-cabeças e realizar alguns serviços sujos. O final de sua missão é o mesmo reservado ao personagem Kenny de "South Park": as mais variadas e absurdas formas de morrer. Sam também serve para ser jogado contra os oponentes, que ficam impossibilitados de se defenderem.

O trabalho visual do game é um pouco irregular em termos de qualidade. Há bons cenários como o pântano e o templo, com estruturas complexas e visualmente agradáveis, ou o hospício, que tem um clima sombrio que combina com o game. Mas também existem ambientes sem inspiração, como o cemitério e as catacumbas, além de lugares simplesmente feios, como é o caso da Port Turnham.

Os personagens aparecem meio de longe no jogo e possuem detalhes suficientes para a situação. O que dá vida a esses modelos 3D são as animações, bastante amplas. Nas cenas não-interativas, a produtora optou por um grafismo mais cartunesco, que garante maior expressividade e ajuda na parte cômica.

O game pode parecer violento, mas, apesar de haver muito sangue e mutilações, tudo tem uma veia de humor. As representações gráficas não são realistas, mas também não são adequados a audiências muito novas.

A trilha musical é ínfima e os efeitos sonoros são apenas medianos. Mas as dublagens salvam o departamento de som. Bruce Campbell entende o personagem como ninguém e Ted Raimi tem uma boa química com Bruce. Seus diálogos dão vida nas cenas não-interativas e até nas conversas que ocorrem quando o jogador deixa os personagens parados. É uma piada atrás da outra, típico de shows de comédia estrelados por uma dupla. Ash faz comentários a cada nova área ou ações realizadas, e raramente as falas se repetem.

Imortal em vários sentidos

"Evil Dead: Regeneration" consegue, em parte, pagar uma dívida com seus fãs, pois os outros dois jogos foram extremamente fracos. Não se trata de nenhum título que tenha pretensão de se tornar um clássico, como a série de filmes que o originou, mas oferece diversão honesta, mesmo que por pouco tempo. Quem não é especialmente ligado no universo de "A Morte do Demônio" pode alugar o game, passar o fim-de-semana e nunca mais lembrar dele. Para os fãs, traz alguns momentos valorosos com Bruce e Ted falando de sua experiência na produção do game. Trata-se de 20 dólares muito bem aproveitados.