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Pac-Man World 3
PC
"... simplesmente não sai de sua zona segura e desfila somente o que já deu certo no gênero."


27/12/2005
da Redação

Pac-Man, o mascote amarelo e redondo da Namco fez 25 anos em 2005 e tem muita história para contar. Ele foi o primeiro personagem de videogame a fazer sucesso, tornando-se ícone pop em sua época e, ainda hoje, é um dos mais representativos símbolos da indústria. Quem diria que um personagem inspirado numa pizza faltando uma fatia chegaria tão longe.

"Pac-Man World 3" vem para comemorar o aniversário do mascote e traz uma vasta seleção de memórias, como uma entrevista com o criador do game original, Toru Iwatani, uma linha do tempo com a história da série e, obviamente, uma reedição do videogame clássico de 1980. A aventura principal, em si, segue o estilo sedimentado no game antecessor, de 2002.

A volta do herói glutão

Como a maioria dos jogos de mascote, "Pac-Man World 3" é um título de ação e plataforma, com elementos mais que tradicionais. O jogador comanda o herói amarelo por amplos ambientes cheios de acidentes geográficos, armadilhas e uma porção de inimigos, ao mesmo tempo em que tenta coletar vários itens e resolver quebra-cabeças.

Enfim, é um estilo bem manjado e fartamente explorado, resgatando elementos que "Super Mario 64", obra-prima do Nintendo 64, já fez há quase dez anos e melhor. Não que "Pac-Man World 3" seja um jogo ruim; ele simplesmente não sai de sua zona segura e desfila somente o que já deu certo no gênero. Quer dizer, se você não estiver preocupado com originalidade, o título confere boas horas de diversão, com quebra-cabeças bem pensados e batalhas animadas.

Conta a história que o herói estava prestes comemorar seu aniversário quando foi enviado a um universo subterrâneo. Lá, fica sabendo que um cientista do mal está sugando a energia do mundo dos espectros e, naturalmente, caberá à bolota salvar o dia novamente. Seus inimigos de outrora, como Orson e Clyde, agora são aliados e promoverão algumas das cenas mais engraçadas do game.

O repertório de movimentos é típico de um jogo de plataforma, mais ou menos como uma mistura de Sonic e Mario: Pac-Man tem a capacidade, por exemplo, de pular e bater contra o solo, esmagando quem estiver no caminho. Isso pode ser feito por três vezes seguidas, e o último ataque faz com que uma onda de choque afaste todos que estiverem ao redor.

Você também pode dar socos, ainda que o alcance dos golpes não seja lá muito amplo. Esse ataque é importante contra alguns oponentes que possuem espinhos nas costas, por exemplo, que impedem investidas variadas. Por fim, Pac-Man também pode acumular força e sair em disparada como um foguete para pular grandes vãos, atropelar quem estiver na frente e subir rampas com inclinação aguda. Ele pode também ficar agarrado em vãos e usar certas paredes para pular ainda mais alto.

Há movimentos que só podem ser feitos através de itens específicos, que permitem, por exemplo, lançar eletricidade pelas mãos ou criar um rastro de energia que, quando fechado em um círculo, causa danos em quem estiver em seu interior.

Comendo a andando

O jogo possui três elementos essenciais: exploração, resolução de quebra-cabeças e combates. Às vezes, tudo acontece ao mesmo tempo. O andamento é basicamente linear, com algumas passagens extras para pegar itens. Os ambientes são geralmente amplos e escondem um grande número de objetos, desde as pílulas mais simples até os troféus e cards escondidos.

Geralmente, para avançar de fase, é preciso resolver algum quebra-cabeça, como acionar uma série de dispositivos ou coletar um objeto em particular. Os inimigos aparecem com certa freqüência, geralmente em grupos, espalhados por grandes ambientes.

Mas, em determinadas áreas, é obrigatória a extinção completa dos inimigos, devoraradas todas as pílulas do local, o que remete ao clássico de 1980. No caso, os ambientes são mais abertos e menos labirínticos. Aqui, os inimigos só podem ser derrotados da forma tradicional: pegar a pílula de energia, maiores que o normal, e tentar comer os fantasmas. Felizmente, nesse caso ao menos uma dessas "power pellets" sempre é ressuscitada depois de um tempo.

Há missões em que o mascote é levado para uma recriação 3D do clássico, mas não espere encontrar os pulos de um "Pac-Mania", por exemplo. O formato do labirinto varia para cada fase e o objetivo consiste apenas em devorar todas as pílulas do ambiente. O ícone que leva para esse modo é a famosa nave de "Galaxian", um jogo ainda mais antigo que "Pac-Man".

Liberdade para Pac-Man

O visual é apenas mediano, com cenários e personagens simples, até menos polido que o antecessor. Geralmente, jogos de plataformas têm gráficos estilizados e isso requer um trabalho de imaginação artística maior, mas "Pac-Man World 3" não está muito inspirado. Nesse quesito, "Psychonauts" é um padrão a ser perseguido. Apesar disso, o projeto das fases é bem interessante, com espaços amplos e bastantes localidades para explorar.

Porém, o que mais incomoda é a inconstância na taxa de quadros, visto que não há motivo aparente para tal. O problema é mais visto nas versões para PlayStation 2 e GameCube. Não chega a ser catastrófico, mas não dá para ignorar. Já os erros de programação são mais sérios, podendo colocar o personagem em situações sem saída e o único jeito é recomeçar a partida.

Outro problema está na câmera, o que é comum em vários outros jogos, é verdade. Em geral, nos planos abertos funciona bem, acompanhando o personagem com uma boa distância, mas em alguns momentos, como na hora de usar a técnica de impulsão, quando o game não permite controlar a câmera na vertical, isso pode atrapalhar.

Na parte sonora, destacam-se as dublagens, que reforçam a característica de cada um dos personagens. Em geral, o tom das cenas não-interativas é de comédia, proporcionando algumas risadas com as situações ou pelas piadas. Os efeitos sonoros e trilha musical são apenas razoáveis.

Um pé no passado

Infelizmente, "Pac-Man World 3" não teve o mesmo êxito de seu antecessor, que era bem mais satisfatório. Se você é fã de jogos de plataforma tradicional e não liga para inovações, suas chances de gostar do game até aumentam. Mas diante de títulos que estabeleceram novos patamares no gênero, fica evidente que o jogo da Blitz Games parou no tempo. Bem que Pac-Man merecia um aniversário de 25 anos um pouco mais caprichado.