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Serious Sam II
PC
"... o fôlego da seqüência é bem menor, mas quem gosta da série não terá do que reclamar..."


12/01/2006
da Redação

Em 2001, veio da até então desconhecida Croteam, "Serious Sam", um jogo de ação em primeira pessoa que, com uma tecnologia gráfica impressionante e um estilo que deixava de lado enredos não-lineares e missões furtivas, colocava o jogador em meio a verdadeiras enxurradas de inimigos. E não é que deu certo?

Dos PCs, a série migrou para os videogames (inclusive os portáteis) e ganhou algumas versões novas ao longo dos anos, mas é "Serious Sam II" a continuação autêntica e um verdadeiro "mais do mesmo", com os toques de humor e o poder visual já conhecidos da produtora croata.

Papagaios explosivos

Sam "Serious" Stone está de volta, com seu estilo debochado e durão que até faz lembrar um pouco Duke Nukem. Desta vez, para justificar a matança, a Croteam inventou que o protagonista precisa viajar por diferentes mundos atrás de pedaços de medalhões que, unidos, compõem a única arma capaz de deter Mental e suas forças. Em suma, novamente o futuro da humanidade está nas mãos do herói.

A seqüência não renega mesmo as origens: os reflexos são muito mais exigidos que os miolos. As fases em ambientes prioritariamente abertos continuam lá, com dezenas (ou mesmo centenas) de bizarros inimigos simultâneos, que devem ser combatidos com um arsenal que vai do costumeiro ao inusitado.

Imagine que entre pistolas, escopetas e metralhadoras está a Clawdovic Cacadoos Vulgaris. O nome é longo, mas a arma em questão consiste em papagaios explosivos, que atirados contra os inimigos, se transformam em verdadeiros pássaros-bomba. Diante de algo desse naipe, realmente não dá para levar "Serious Sam II" a sério.

Entre os inimigos, encontram-se alienígenas jogadores de futebol americano, palhaços com bolos de aniversário explosivos, gigantescos ciclopes albinos e por aí vai. A inteligência artificial, como já é tradicional em "Serious Sam", está bem distante de "F.E.A.R." e outros concorrentes. O comportamento dos inimigos segue padrões fáceis de decorar e, conseqüentemente, torna-se fácil lidar com eles.

A não ser, é claro, quando um sem número delas infesta a tela ao mesmo tempo. E é aí que a premissa básica do desafio de "Serious Sam 2" se revela: ganhar em quantidade, não em qualidade. Por isso, o importante é saber qual a arma mais adequada para cada situação, ficando de olho, principalmente, à munição.

Mesmo assim, no final das contas, são poucas as diferenças significativas entre as armas e, com exceção de algumas situações específicas, as escopetas dão conta do recado. O jogo falha em estimular o uso variado do armamento, pois até mesmo as reações dos oponentes segue um padrão limitado: normalmente, sangram ao receber os disparos ou explodem (no caso das granadas, canhões etc.). Em suma, pelo menos em termos visuais, tanto faz atirar na cabeça ou no pé do oponente, uma repetição que, com o passar do tempo, naturalmente cansa.

Repetição se combate com humor

"Serious Sam 2" faz um certo esforço para amenizar a repetição. Praticamente todas as fases - são mais de 20 - têm áreas secretas e itens variados escondidos pelos ambientes. Com essa história de viajar por diferentes mundos, o protagonista interage, ainda que de forma extremamente limitada, com os mais variados tipos, dando margem às piadas de costume.

Aliás, o humor é uma constante, principalmente nas animações. Por outro lado, a qualidade gráfica dos vídeos exibidos entre uma fase e outra é sofrível. Mas não importa, pois a parcela do orçamento investida na tecnologia visual em si (a "engine") definitivamente valeu a pena: embora as paisagens sejam um pouco repetitivas, não se pode negar que a Croteam executou um belo trabalho, que será apreciado plenamente nos PCs melhor equipados.

A vegetação das selvas é bastante realista, com direito a árvores balançando ao vento e belas águas. A física, embora não seja das mais brilhantes, permite interagir (ou melhor, destruir) com diversos elementos das paisagens.

O desafio de "Serious Sam II" é indiscutível: não é raro ficar entre a rotina do "salvar" e "carregar" para tentar sobreviver a uma nova invasão de criaturas medonhas. Com os diferentes níveis de dificuldade, é difícil ficar insatisfeito. E, quando tudo fica muito repetitivo, você descobre armas estacionárias ou até mesmo alguns veículos para requintar um pouco a ação tem até um dinossauro que cospe fogo e uma "bola rotatória".

No Xbox, é bom ressaltar, um recurso de mira automática facilita um pouco a vida do jogador, que precisa se virar com o controle do videogame - convenhamos: para os games de estratégia em tempo real e os de ação em primeira pessoa, não há nada como a combinação de teclado e mouse.

Na versão para PC, o multiplayer, com modalidades competitiva e cooperativa, aceita até 16 participantes simultâneos, enquanto no Xbox o limite cai para quatro jogadores.

"Serious Sam 2" é um bom produto, capaz de proporcionar desafios dos mais cabeludos. O impacto, tanto dos gráficos quanto da jogabilidade, não é o mesmo da primeira versão. Por isso, se somada ainda à falta de inovações, o fôlego da seqüência é bem menor, mas quem gosta da série não terá muito do que reclamar - até porque estará ocupado demais atirando.