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Vietcong 2
PC
"... mesmo em PCs mais avançados (...) roda lento e com quedas na taxa de quadros por segundo."


18/01/2006
da Redação

De uns anos pra cá, a Guerra do Vietnã vem, de certa maneira, competindo com a Segunda Guerra Mundial pela preferência dos produtores de games quando o assunto é um contexto bélico para os títulos de ação em primeira pessoa. Porém, até agora não apareceu nenhum clássico baseado na pior derrota militar dos Estados Unidos; apenas, no máximo, bons games.

"Vietcong 2" é a continuação de um destes, mas, assim como seu antecessor, também não vai muito além do convencional. Ao menos, a ação não se desenrola todo o tempo em florestas ou selvas, pois começa com batalhas na cidade de Hue e desemboca na Ofensiva Tet, famoso episódio ocorrido em 30 de janeiro de 1968, quando o exército norte-vietnamita aproveitou o cessar-fogo das celebrações do ano novo lunar no país para atacar o Vietnã do Sul.

Confronto democrático

Um dos pontos mais interessantes de "Vietcong" é que ele oferece a oportunidade de enxergar os horrores da guerra sob a perspectiva de ambos os lados da questão: dos norte-americanos e dos vietnamistas - muito embora a segunda campanha seja ridiculamente curta.

O início, na campanha dos Estados Unidos também é diferente do que se vê por aí na concorrência: ao invés, de colocá-lo debaixo de uma chuva de balas, na selva, o jogo começa com o seu personagem, o Capitão Daniel Boone, em uma... digamos, "casa de diversões adultas". O barato é cortado quando você é designado para acompanhar um jornalista, Jimmy Davis, que veio registrar os horrores do conflito. Aí os ataques à Hue começam e, além de defender a si próprio, é necessário preservar a vida do profissional.

O jogo faz o feijão-com-arroz com o qual estamos acostumados, ou seja, tem veículos para interagir, sendo alguns até com mais de um assento. Nos que correspondem ao artilheiro, você obviamente não dirige, mas pode utilizar as armas montadas para dizimar os inimigos com maior rapidez. Ou então você pode dirigir e, nesse caso, os comandos são basicamente os mesmos de quando se está a pé.

Em algumas missões, para a sua sorte, você conta com a preciosa ajuda dos membros do seu pelotão. Devidamente disciplinados (viva a hierarquia militar!), eles seguem as suas ordens prontamente - claro que nem sempre são eficientes como esperávamos, mas às vezes até executam algumas "acrobacias" das quais o protagonista não é capaz, como pular e rolar, por exemplo.

Com relação às ordens, você pode mandá-los se mover com cautela ou rapidamente, segui-lo, permanecer onde estão ou atacar. Quando você estiver com a barra de saúde muito baixa, basta localizar o médico e pedir o seu auxílio, sendo que o mesmo vale para a pouca munição em relação ao engenheiro. Quanto ao arsenal, são mais de 50 armas autênticas utilizadas na Guerra do Vietnã, divididas entre metralhadoras, submetralhadoras, fuzis e por aí vai.

Originalidade = 0

Certamente, não há nada em "Vietcong 2" que já não tenha sido visto em algum outro título do gênero. Inovação não é mesmo o forte aqui. Talvez o melhor do game seja justamente o nível de desafio dos combates, que dá margem a poucos erros (ou quase nenhum) por parte do jogador.

Normalmente, os soldados adversários não erram um tiro e tampouco caem naqueles velhos truques de "atrair e matar". Não que a inteligência artificial seja genial; ela é apenas eficiente. Por isso, não é raro ter que carregar a partir do último ponto salvo para tentar passar por aquele inimigo sem perder energia - principalmente nas missões em que você está sozinho.

Como boa parte da ação se desenrola em ambientes urbanos, em vilarejos e no interior de edifícios, inclinar-se antes de entrar em um cômodo é um recurso essencial para poupar Boone, que ainda pode se agachar e deitar.

O desafio é cabeludo, mas o game é extremamente linear, a ponto de punir o jogador com "game over" quando ele, por ventura, comete o imperdoável ato de desviar do caminho pré-determinado. Chega a ser ridículo ver Boone morrer ao cair de uma altura equivalente a de um andar só porque aquilo não está previsto no script.

Contudo, mais decepcionante é a campanha vietnamita, disponibilizada apenas quando a missão "Cathedral", dos norte-americanos, é concluída. Aí, você assume a pele do Sargento Ming e, por alguns instantes, e banca o vietcongue, desde a retirada de sua vila até a chegada a Hue.

Depois, o que resta é jogar qualquer uma das missões novamente, na ordem que bem entender (mas, cá entre nós, quem quer mesmo fazer isso?) ou apelar para o multiplayer, nos tradicionais modos deathmatch, team deathmatch, coop, capture the flag e assault. Ao ganhar uma certa quantidade pontos nos combates online, você pode escolher novas classes de personagens, como engenheiro, médico etc.

Estabilidade = -10

Tecnicamente, "Vietcong 2" é imperdoavelmente sofrível. Quem jogou a primeira versão, lançada em 2003, provavelmente não verá diferenças radicais na tecnologia gráfica. O visual é bom, mas nada que se compare ao nível de detalhes de "Half-Life 2", "F.E.A.R." ou mesmo de "Battlefield 2".

Mas, se fosse apenas isso não seria lá tão mal. O problema é que mesmo em PCs mais avançados (ou pelo menos muito acima do mínimo exigido pelo jogo), "Vietcong 2" roda cheio de lentidão e quedas na taxa de quadros por segundo. Mesmo desativando alguns recursos, como filtros "anti-aliasing" e detalhes na textura dos personagens, a situação não muda muito.

Não é apenas a falta de otimização que decepciona. O caso é que, dada a dificuldade e pouca chance ao erro das batalhas de "Vietcong 2", qualquer problema com rapidez pode ser a diferença entre vida e morte. Existe maior transtorno que, em um belo PC, jogar a qualidade dos gráficos lá embaixo só para poder jogar com alguma decência?

"Vietcong 2" pode ser uma experiência bacana para os mais chegados aos games com temática da Guerra do Vietnã, mas, sinceramente, se você não está "seco" por um destes, deixe passar desta vez. Ou então tenha em mente que enfrentará os problemas já relacionados acima; aí, prenda a respiração e vá em frente.