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Análises
Command & Conquer: Generals
PC
"[Uma das maiores mudanças] está nos ambientes destrutíveis..."


24/02/2003
da Redação

Depois de praticamente criar o gênero de estratégia em tempo real com "Dune II", a Westwood abandonou o conceito por muitos anos, retornando a ele apenas depois da Blizzard revelar ao mundo seu excelente "WarCraft". A resposta da Westwood foi "Command & Conquer", que é até hoje uma das marcas mais fortes do gênero. Só que o mais novo episódio não apenas NÃO foi feito pela equipe original de Las Vegas (que, infelizmente, foi dissolvida pela Electronic Arts), mas também quebra diversos elementos comuns.


Pé no chão... e dedo no gatilho
Ao invés de minérios alienígenas inexplicáveis ou malucas viagens no tempo, "Generals" tenta ser mais realista, com ação e exércitos compostos por veículos e soldados menos impossíveis, e uma divisão de facções assustadoramente atual: Chineses, EUA e terroristas vagamente árabes. Considerando que o jogo é da mesma empresa que recolheu uma versão anterior por trazer o World Trade Center na capa, essa combinação só conseguiu sobreviver de uma única maneira: remoção total e completa de qualquer coisa que lembre uma trama. Cada missão é exageradamente genérica, e você não sente uma evolução no roteiro - apenas na dificuldade da missão.

Uma vez no campo de combate, veteranos da série perceberão que a interface foi mudada para lembrar o jogo da Blizzard, com orientação horizontal, mas funcionalidade parecida. Aqueles que se acostumaram com ordens no botão direito do mouse também vão estranhar a maneira como se comandas as tropas - mas isso é apenas um detalhe para os entusiastas.

Novos cenários

O primeiro maior choque está nos gráficos: cidades inteiras são recriadas em 3D, com detalhes como prédios, inocentes e água mostrando uma qualidade visual inédita nos games de estratégia em tempo real. Infelizmente, o segundo choque está no preço: mesmo com uma máquina bastante possante, a maioria dos seus soldados atravessa cidade tão lentamente que você praticamente vai ouvir "Carruagens de Fogo"... para esse estilo de jogo, isso não pode ser desculpado.

O terceiro, e realmente impactante choque, está nos ambientes destrutíveis. É possível derrubar prédios, represas, torres, pontes e outros pedaços do cenário, usando seus destroços de maneira estratégica. Dado o ambiente mais urbano do game, esse é possivelmente a parte mais interessante do game.

Originalmente, o título de "Generals" vinha da escolhe de um general específico, que definia uma força especial da sua tropa - unidades aéreas ou tropas terrestres, por exemplo. Essa opção foi sumariamente removida e trocada por um sistema de experiência: à medida que você vai matando inimigos, seu general vai sendo condecorado e pode ir "comprando acesso" a novos recursos como ataques de mísseis e outras opções.

Qualquer semelhança... NÃO é coincidência

Um dos melhores aspectos do jogo, e provavelmente sua salvação, são as três facções. Ainda mantendo um ar politicamente incorreto, o game é um pouco "real" demais, mas definitivamente funcional e equilibrado. Os chineses são numerosos, suas unidades baratas e seus ataques nada discretos. Os americanos contam com tecnologia de ponta e recursos variados, enquanto os terroristas do Exército de Libertação Global são - bem - versáteis: eles se regeneram com extrema facilidade, se locomovem através de redes de túneis, usam ataques discretos como carros-bomba e não temem o uso de armas biológicas. A mecânica entre os esses três times é perfeita, e dá muita força à opção multiplayer.

A série pode ter perdido parte de seu charme na mão da nova equipe, mas nem por isso deixa de ser um jogo competente. Mas fica o aviso para os antigos fãs, que certamente sentirão falta do "aquilo" que garante a preferência de "Command & Conquer" aos "Crafts" da Blizzard.