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Análises
Mortal Kombat: Shaolin Monks
PlayStation 2
"...é um jogo bem fundamentado, mas (...) não possui nenhum atrativo especial para quem não é fã..."


28/09/2005
da Redação

Os jogos de luta foram uma grande febre até meados dos anos 90 e eles produziram uma série de personagens interessantes. Algumas produtoras acharam que valia a pena usar o carisma deles em outros estilos de games que pudessem explorar um pouco mais a história de cada um desses lutadores. Com essa filosofia surgiram jogos como o RPG de "Samurai Shodown" e, mais recentemente, "Death by Degrees", que conta o passado da assassina Nina Williams, da franquia "Tekken".

A série "Mortal Kombat", que causou polêmica em sua estréia devido ao nível de violência e a grande quantidade de sangue, também tentou enveredar por outros caminhos que não a pancadaria tête-à-tête como de costume. Assim, nasceram títulos como o competente "Mortal Kombat Mythologies: Sub-Zero" (PSOne e Nintendo 64) e o desastroso "Mortal Kombat: Special Forces" (PSOne).

"Shaolin Monks" é a nova tentativa da Midway em expandir o universo de "Mortal Kombat". O foco, como o subtítulo denuncia, está nos dois lutadores do famoso templo chinês, Kung Lao e Liu Kang. O enredo cobre os acontecimentos entre o primeiro e segundo jogos da série e, durante a aventura, os fãs poderão descobrir inúmeras referências aos episódios clássicos da franquia. Para início de conversa, a narrativa começa no calabouço de Goro, cenário vindo diretamente do "Mortal Kombat" original.

Pancadaria mortal

O estilo de jogo lembra títulos de ação como "Devil May Cry", onde os lutadores enfrentam as mais diversas criaturas, em visão de terceira pessoa. Resumindo, é bastante tradicional e não foge muito de diversos outros games que compartilham do gênero. O diferencial, como dito, é o "tempero" do universo dessa franquia de luta. Os fãs antigos devem saber, mas não espere muito requinte; o charme de "Mortal Kombat" reside no seu clima de filme B, quase "trash".

"Shaolin Monks" passa no teste dos controles, com respostas imediatas e um sistema de combos bastante eficiente. Mas não espere derrotar todos os inimigos apenas "amassando" botões a torto e direito. Os personagens possuem todos os movimentos clássicos da versão de luta, mas com comandos mais simplificados, como é de se esperar. São combos, golpes especiais e, é claro, os famosos Fatalities.

Apesar de um pouco mais simples, todos os botões têm utilidade. São três tipos de golpes comuns, cujas combinações geram diversos combos. Há golpes rápidos, outros mais fortes e aqueles que fazem "decolar" o oponente, podendo ser pego com seqüências aéreas ou ser golpeado quando estiver para beijar o chão.

Os especiais são acionados com combinações específicas e gastam uma barra auxiliar, que se enche com o tempo. Existem também os arremessos e uma versão turbinada destes, que consistem em montar no oponente e usá-lo como escudo "humano" ou fazê-lo cair em armadilhas. Os cenários possuem diversos perigos, como o famoso cenário The Pit, um local cheio de espetos pontiagudos no chão, com direito a cenas exclusivas quando o jogador conseguir fazer os inimigos caírem sobre os espetos.

Os Fatalities são um capítulo a parte. Esses golpes podem matar os inimigos comuns com apenas um movimento, mas para usá-los é necessário juntar uma quantidade de sangue. E, para isso, nada melhor que golpear mais e mais os adversários. Ao ser atingido por esse golpe de misericórdia, o jogador deverá fazer comandos específicos, como nas versões de luta. Além dos Fatalities "simples", há versões que detonam vários inimigos de uma vez, os Multalities, e uma mais violenta, as Brutalities.

Coração e espírito

Assim como alguns games do gênero, a pontuação adquirida pode ser usada para melhorar as habilidades dos lutadores. Além de os especiais ganharem mais força e eficácia, novos combos podem ser destravados, aumentando, assim, as opções de estratégia perante os oponentes. Os cenários têm papel ativo e as armadilhas podem eliminar os inimigos rapidamente, mas o personagem não recebe pontuação nesse caso. O multiplicador de pontos aumenta a cada dez acertos reconhecidos como combos.

Mas nem só de combates vive "Shaolin Monks". Alguns chefes precisam de táticas específicas para serem derrotados e algumas partes do mapa só podem ser ultrapassadas com as habilidades que são adquiridas ao longo da aventura, como, por exemplo, o superpulo. Além disso, as áreas possuem itens escondidos, que liberam diversos extras. Eles podem estar apenas fora da visão do jogador ou atrás de obstáculos, que devem ser destruídos arremessando oponentes contra esses locais ou em armadilhas que façam esse trabalho. Ademais, existem alguns minigames, que lembram os estágios bônus dos "Mortal Kombat" iniciais.

Tão ou mais divertido que o modo de um jogador é a versão cooperativa, com um projeto de fase dedicado exclusivamente para essa modalidade. Aqui, muitos dos quebra-cabeças precisarão da ação dos dois jogadores ao mesmo tempo, promovendo uma boa interação entre amigos. Também existem golpes exclusivos para serem usados pela dupla e os itens secretos são diferentes dos encontrados na opção Single Player. A única reclamação desse modo é a visão, que pode prejudicar um dos usuários.

Lembranças de um Mortal sem fim

O visual do game pode não ser topo de linha, mas consegue recriar com competência o clima dos cenários dos antigos "Mortal Kombat". A Midway também fez um bom trabalho na modelagem dos personagens, mantendo basicamente os trajes originais, mas com alguns detalhes mais modernos. Quase todos os lutadores dos primeiros capítulos fazem uma ponta e alguns, como Johnny Cage, até lutam ao lado dos protagonistas por algum tempo. Alguns efeitos visuais, como os de fogo e água, são meio grosseiros, mas até combinam com o clima de filme B que tem a série.

A maioria dos inimigos carece de personalidade. Uma das poucas exceções são os soldados de Baraka, o demônio que possui lâminas nos dois braços. Na verdade, os inimigos refletem o pastiche de mitologias que é o mundo de "Mortal Kombat", que mistura lendas orientais, referências gregas e histórias de mundos paralelos. Em que outra obra pode-se encontrar um "ninja chinês"? Mas isso também é dos charmes desse universo.

Mas, infelizmente, o roteiro é inflado artificialmente com reviravoltas sem sentido, além de, no afã de introduzir todos os personagens, apareçam vídeos fora do contexto. Ademais, as cenas não-interativas têm uma qualidade sofrível, pior que as geradas pelo próprio mecanismo em tempo real, as chamadas cenas "in-game" ou "in-engine".

A parte sonora também aposta na nostalgia, recuperando várias trilhas musicais e efeitos sonoros do passado. Sendo assim, os novos sons também foram ajustados para que soassem como os antigos. As músicas são do tipo atmosférico, apenas criando climas. O "narrador" original da franquia, Dan "Toasty" Forden também aparece para dizer algumas palavras, como as que profere quando se consegue um bom combo - "Awesome" é uma delas - e também depois de aplicar os Fatalities. É aquele tipo de voz gutural que muitos adoram imitar. Mas o que é difícil de agüentar são as dublagens. Está certo que poucos esperam algo muito sofisticado - e nem deve ser a intenção do fabricante -, mas alguns dubladores simplesmente abusam da canastrice.

Vitória limpa

"Mortal Kombat: Shaolin Monks" é um jogo bem fundamentado, mas, por outro lado, não possui nenhum atrativo especial para quem não é fã da série. As duas aventuras, uma para um jogador e a outra, para dois controles, dão um bom volume, mas, se tomadas individualmente, pode ser insuficiente para os padrões atuais. Pode não ser muito sofisticado, mas tem a qualidade de ser honesto, apesar de algum bate-perna inútil em determinados momentos.
Veja também
Videoanálise de "Mortal Kombat: Shaolin Monks" na TV UOL