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Análises
Guitar Hero Encore: Rocks the 80s
PlayStation 2
"... continua um grande jogo, muito divertido, mas a seleção musical não se mantém no mesmo nível..."


27/07/2007
da Redação

Games musicais são títulos fáceis de produzir continuação, pois o que muda entre uma versão e outra é basicamente a trilha sonora. Esse é o caso de "Guitar Hero Encore: Rocks the 80s", a terceira edição, ao menos para o PlayStation 2, do game rítmico de maior sucesso dos últimos tempos. No entanto, o título tem toda cara de ser uma expansão, já que pouco (ou quase nada) foi adicionado, fora a seleção de músicas. O preço, porém, é de um game "completo".

Ninguém duvida que o verdadeiro sucessor da série seja "Guitar Hero III" - basta ver as músicas que já foram anunciadas. "Encore" (que quer dizer bis), por outro lado, traz um repertório nitidamente menos impactante que os antecessores. Não ajuda muito a época ser limitada aos anos 80 que, para o rock, não foi uma das melhores décadas (a não ser que você seja um fã do hair metal).

Uma viagem para o passado

Essencialmente, "Guitar Hero Encore" é idêntico a "Guitar Hero II", com apenas algumas mudanças cosméticas. O funcionamento é o mesmo do game que conquistou crítico e público desde sua estréia em 2005: consiste em pressionar botões e "palhetar" um controle em forma de guitarra, obedecendo às indicações da tela. O controle padrão do PlayStation 2 também funciona, mas é bem menos divertido.

O clima de volta ao passado começa logo na abertura, com o logotipo das empresas sendo apresentados de forma "pixelada", como se fossem feitos para o Atari 2600. Depois, vem o letreiro "Rocks the 80s" escrito com uma fonte que lembra a do Iron Maiden. Toda apresentação do menu tenta passar a atmosfera da época, abusando dos tons berrantes que parecem néons. Os personagens são os mesmos do antecessor, e retornam com uma roupagem diferente, pretensamente oitentista, mas faltou ser mais esdrúxula (também se sabe que a moda não foi o forte dessa década).

A era do laquê

A trilha musical acolhe diversos estilos de rock, como sempre, indo do pop-rock de "Heat of the Moment", do Asia, até o thrash metal de "Caught in a Mosh", do Anthrax, passando pelo heavy metal de "Wrathchild", do Iron Maiden, e o punk de "Police Truck", do Dead Kennedys. Mas a seleção é mais fraca que os antecessores, pois a parcela de músicas que foram "hits" ou que são legais para tocar diminuiu. Claro que isso depende do gosto do jogador, mas entre os destaques aparecem as já citadas "Wrathchild" e "Caught in a Mosh", além do "Play with Me" do Extreme, "18 and Life" do Skid Row, e "I Wanna Rock" do Twisted Sister.

Além disso, a qualidade dos covers parece ter caído, ou, no mínimo, não impressiona mais como antes. Talvez as bandas escolhidas tenham características marcantes na voz, pois algumas não foram reproduzidas com fidelidade. É o caso de "Holy Diver", do Dio. Porém, no calor do game, poucos devem notar essa discrepância, mesmo por que a música continua tendo muita energia.

Além de tudo, o número de canções caiu: são apenas 30. Os antecessores também tinham mais ou menos essa quantidade de bandas famosas, mas incluíam igual número de conjuntos independentes. O apelo não é certamente o mesmo, mas algumas eram gratas surpresas e a não-inclusão delas em "Rocks the 80s" - que parece ter sido uma escolha, pois esses grupos não cabem no tema - tira valor do game.

Herói da guitarra, parte 3

Em relação à mecânica de jogo, é a mesma dos antecessores, que alia o realismo com a diversão. Na tela, vão descendo as notas, e quando elas chegarem ao limiar inferior, o botão correspondente e o interruptor central do controle-guitarra devem ser ativados. Assim, o jogador imita os mesmos movimentos que faria num instrumento de verdade. Essa imersão continua sendo uma das grandes armas de "Guitar Hero". Além disso, técnicas do mundo real podem ser aplicadas, como, é o caso das pull-offs e hammer-ons, ou seja, quando as notas são muito coladas umas nas outras, não é preciso "palhetar" todas elas, mas apenas a primeira, e para o restante, basta mexer a mão que controla os cinco botões coloridos.

Como sempre, o game traz quatro níveis de dificuldade, oferecendo desafios para todos os tipos de jogadores. No mais fácil, usa-se apenas três posições na corda, enquanto no hard em diante, todas as cinco são aplicadas. Dentro de cada dificuldade, ainda há mais objetivos, como acertar todas as notas e conseguir a melhor pontuação. A cada dez acertos, o multiplicador de pontos aumenta, chegando a até quatro vezes (x4). As notas estreladas aumentam o star power, que é usado para dobrar o valor da pontuação. Nesse quesito, o controle-guitarra também traz vantagens, pois o poder é ativado ao deixar o periférico na posição vertical. O acesso ao "tremolo" também é mais fácil.

Todas as melhorias feitas para "Guitar Hero" estão aqui, como é o caso do modo de prática robusto (dá para treinar um trecho, em câmera lenta etc.) e o multiplayer local, seja o face-off ou pro face-off, que não está disponível logo de cara. Por outro lado, não há quase nada a mais: são os mesmos personagens (mas com roupas diferentes), os mesmo palcos (menos a Stonehenge) e as mesmas guitarras e pinturas.

O visual tem a mesma qualidade do antecessor. Os personagens continuam estereotipados e os cenários vão desde um clube tosco até um estádio, passando por palcos com bonecos gigantes. O público também parece ser um monte de clones: muita gente igual, e fazendo os mesmos movimentos. A qualidade do som permanece ótima, apesar de as performances não estarem no mesmo nível dos anteriores.

Voltando para um bis

"Guitar Hero Encore: Rocks the 80s" continua um grande jogo, muito divertido, mas a seleção musical não se mantém no mesmo nível que as edições do passado. Naturalmente, isso não vale para quem é admirador (ou apenas um saudosista) dos anos 80 ou fã incondicional da série. Mas mesmo eles precisarão constatar que o conteúdo é menos rico, fazendo com que o preço de US$ 50 não pareça tão vantajoso como antes. Pesa também não existir um "bundle" com o controle-guitarra, que era uma boa pedida.