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The Darkness
PlayStation 3
"A sensação é a de participar de um filme, graças à 'atuação' convincente dos personagens..."


06/07/2007
da Redação

Baseado no HQ mundialmente conhecido da Top Cow Productions, "The Darkness" chega ao Xbox 360 e PlayStation 3 pelas mãos da Starbreeze Studios que tem em seu currículo o competente "The Chronicles Of Riddick: Escape from Butcher Bay", jogo que se saiu muito melhor no Xbox do que nos cinemas. Nessa aventura, o matador profissional Jackie Estacado, membro de uma família de mafiosos, enfrenta problemas com seu tio Paulie que lhe tirou do orfanato. Jackie sai pelas ruas em busca de explicações sobre os acontecimentos estranhos do dia em que completa 21 anos.

"The Darkness" se caracteriza por um jogo eletrizante de ação com suspense em primeira pessoa, cenários altamente interativos e doses extremas de violência. Além do modo história, possui também multiplayer pela Xbox Live. Mas é o enredo bem construído e os personagens carismáticos e expressivos que seguram o jogador durante a jornada.

Ande nas sombras

A ação começa com uma perseguição dentro de um túnel, numa seqüência de tirar o fôlego. A sensação é a de participar de um filme, graças à "atuação" convincente dos personagens e à trilha sonora e visual impecáveis. Após sobreviver, Jackie segue sozinho pelas ruas, onde seu corpo será possuído por poderes sombrios. A partir de então, ele é capaz de ouvir uma voz demoníaca, que aos poucos vai revelando quem ele realmente é.

Mais que uma explicação do personagem, os poderes do anti-herói são essenciais durante o jogo. No entanto, Jackie só pode utilizá-los em ambientes pouco iluminados - guarde parte de sua munição para estourar muitas lâmpadas. Quando os tentáculos são ativados, por exemplo, o personagem ganha uma espécie de visão noturna, um dos efeitos visuais mais interessantes do jogo. Mas esse é só um dos truques de Jackie.

No total, são quatro poderes sombrios que Jackie tem de desenvolver. Para conseguir evoluir e obtê-los é necessário alimentar os seres que dominaram o corpo de Jackie com o coração dos mortos: o primeiro poder faz com que o personagem projete tentáculos através de paredes, prédios e portas, atingindo lugares não acessíveis pela forma normal e é uma ótima opção para pegar inimigos pelas costas; o segundo efetua um golpe mortal com o tentáculo e arremessa pessoas para um local específico; já o terceiro consiste em acionar armas de fogo sem se preocupar com a reposição; e por último Jackie ganha a habilidade de abrir um buraco negro que engole qualquer inimigo que estiver próximo.

Além dos poderes sombrios, Jackie conta com a ajuda dos Darklings, criaturas sinistras que podem ser chamadas somente quando o cenário estiver totalmente escuro, através de buracos pretos com tentáculos espalhados pela fase. Seja no Xbox 360 ou PlayStation 3, cada um dos quatro botões do controle representa uma criatura.

Para conter os aliados de seu tio, Estacado pode "emprestar" pistolas, escopetas e metralhadoras de pequeno e longo alcance pelas fases. Como em muitos jogos de tiro, a munição deixada pelos abatidos ou em lugares específicos do cenário mantêm o cano fumegando. Para facilitar a precisão dos tiros, um ponto vermelho ajuda na mira. Com isso, o jogador não fica sem noção de seus disparos.

A interatividade é um dos pontos altos. Até mesmo televisores pelas ruas podem ser acionados, revelando, por exemplo, episódios de "Flash Gordon" e "Popeye", mostrando que "The Darkness" vai além da ação. No diálogo com alguns dos personagens, por exemplo, pode-se induzir perguntas e respostas em busca de informações valiosas.

E por falar em pistas, fique atento às cabines telefônicas em metrôs, apartamentos ou mesmo na rua: discar números de telefones podem liberar mensagens eletrônicas bizarras, arte conceitual do jogo e até algumas conquistas, no caso do Xbox 360.

Apesar de a história seguir um roteiro linear, o jogador é livre para explorar. Passará por ruas e becos escuros, andará de metrô para acessar diferentes pontos da cidade, invadirá prédios e, inclusive, visitará outras dimensões. Ou seja, espere por grandes surpresas.

"Faith no More" é infernal

Os gráficos são condizentes com a nova geração de consoles. Se não chegam a ser excepcionais, ao menos os pequenos detalhes não foram esquecidos e enriquecem o trabalho, seja na fumaça saindo da arma após uma rajada de tiros ou na visão do personagem no espelho com seus tentáculos. Sombras e efeitos de luz também ajudam a aumentar o clima de suspense e de terror ao jogo. Para quem não é letrado no HQ, de tempos em tempos cenas não interativas amarram a história e desvendam o personagem.

A trilha sonora acompanha o ritmo sombrio e, inclusive, a ação. Envolva-se em um tiroteio e a música se tornará mais agitada. Quem acompanha as séries "Band of Brothers" ou "Six Feet Under" talvez reconheça os talentos de Kirk Acevedo e Lauren Ambrose. As vozes do inferno são do vocalista da banda Faith no More, Mike Patton.

O controle simples segue molde dos jogos padrões de tiro em primeira pessoa para videogames: os analógicos controlam personagem e câmera; já os botões superiores acionam os poderes e as armas das duas mãos. Com o direcional é possível acionar ou desativar as armas e criaturas. "The Darkness" não possui "chekpoints" para salvar progressos. O save é automático, conforme se vai progredindo pelos cenários. A dificuldade está moderada e os cenários são divididas por cinco capítulos.

Se o modo aventura pode parecer um pouco curto (embora ofereça dezenas de tarefas opcionais que estendem sua duração), "The Darkness" tenta compensar com uma modalidade multiplayer. Os jogadores podem optar entre os humanos ou um Darkling, num total de seis modos diferentes, mas tradicionais: no "deathmatch" vence que matar mais; em "team deathmatch" a contagem de vitórias é por time; roube a bandeira inimiga em "capture the flag; seja o último a ficar de pé em "survivor"; seja o último humano em "last darkling"; e por último em "last human" mate todos os humanos para se tornar um deles.

Dê uma chance a Jackie

"The Darkness" é a melhor opção do momento para os amantes de jogos em primeira pessoa que desejam algo além de guerra. O visual impressiona pelos detalhes gráficos e o clima de suspense está sempre presente no ar. A interatividade com os objetos e pessoas pelas fases chama a atenção, com uma trilha sonora que acompanha o gênero do jogo e efeitos sonoros com nomes de respeito. O ponto negativo fica para o modo multijogador que não teve grande capricho e a pequena variedade de armas de fogo. Mas para quem procura um jogo de ação com doses extremas de violência, além de um enredo envolvente, sua pedida é aqui!
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Videoanálise de "The Darkness"