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Análises
Ninja Gaiden Sigma
PlayStation 3
"...é, basicamente, 'Ninja Gaiden Black' revigorado, com ainda mais novidades..."


16/07/2007
da Redação

Sucesso absoluto do Xbox, "Ninja Gaiden", lançado em 2004, foi responsável pelo retorno da série protagonizada pelo ninja Ryu Hayabusa, que desde a época do NES não recebia uma nova aventura. Tamanho sucesso culminou na versão "Ninja Gaiden Black", que além de incluir o original, adicionou novidades como armas e um modo missão.

Agora é a vez do PlayStation 3 receber sua versão especial do jogo: "Ninja Gaiden" é, basicamente, "Ninja Gaiden Black" revigorado, com ainda mais novidades, incluindo a nova personagem jogável. Apesar dos três anos de vida, o game continua impressionando, mas desta vez não graças aos gráficos, mas pela mecânica ainda mais fluida e consistente, capaz de proporcionar muitas horas de diversão e desafio.

Espadas, humanos e demônios

A história, contada através de seqüências animadas em tempo real, é um tanto excêntrica para um jogo sobre ninja. O pai de Ryu coloca a defesa de sua vila e de uma poderosa espada mágica em suas mãos quando vai iniciar sua peregrinação. Obviamente, um perigoso demônio destrói o lugar e leva o artefato. O herói parte então em sua jornada de vingança, infiltrando-se em um zepelim em trânsito para um país habitado por monstros.

Os jogadores encarnam Hayabusa em fases longa e repletas de guardas, soldados, ninjas, monstros e animais perigosos - usando um elaborado sistema de combate para encarar múltiplos inimigos ao mesmo tempo. Apesar de contar com uma câmera dinâmica, "Ninja Gaiden" não usa o sistema de foco que se tornou padrão nos jogos 3D, no qual a câmera se prende a um inimigo e mostra uma linha direta entre você e ele. Ao invés disso, o game aproxima movimentos do controle para o inimigo mais próximo, permitindo que o jogador não perca controle da ação mesmo nos momentos mais frenéticos.

Apesar disto criar várias situações nas quais o herói não pode ver quem o está atacando, o sistema não perde sua funcionalidade, já que os ataques invariavelmente atingem um destino satisfatório. A rapidez da ação é uma das maiores já vista nos videogames, e sem o uso quase imediato de ataques e defesas até mesmo o mais fraco inimigo do jogo pode matar Hayabusa em questão de segundos.

A dificuldade, um dos aspectos mais comentados das versões anteriores, continua bastante elevada, mas ao que parece não tanto quanto em "Ninja Gaiden Black". A velocidade dos combates ainda exige grande destreza e precisão por parte do jogador, podendo afastar aqueles menos habilidosos no controle.

A caçadora de demônios Rachel, que no original fazia pequenas aparições nas seqüências não-interativas, agora é uma personagem jogável em determinados momentos. Apesar de ser uma adição muito bem-vinda, a guerreira é bastante lenta, ao contrário do protagonista, diminuindo consideravelmente o ritmo frenético da ação. Por outro lado, seus ataques são extremamente poderosos e, desta forma, o jogador tem a possibilidade de encarar os oponentes de uma maneira completamente diferente.

Morrer faz parte

A implementação de um sistema de defesa semi-automático (só é preciso apertar o botão L1) permite que ele bloqueie tiros, segure espadas e faça rolamentos (com o direcional) para evitar danos. A simplicidade desse controle e a necessidade de bloqueios constantes foi, sem dúvida, uma inspiração para a série "God of War". A diferença é que aqui você morrerá MUITAS vezes, mas vai continuar insistindo, sem cair naquela frustração de que o criador do jogo está culpando você pela incompetência dele em fazer um sistema balanceado.

Espada e estrelas metálicas são as armas básicas, mas outras de curto e longo alcance são conseguidas ao longo da aventura, e você pode ainda melhorá-las em lojas do game. Ao pausar o jogo e explorar um pouco o menu, muitos podem ser assustar: a lista de golpes que cada arma é equivalente a biblioteca de movimento de um jogo de luta do porte de "Dead or Alive". Mas apesar de toda essa profundidade, qualquer iniciante conseguirá executar os principais (e deslumbrantes) movimentos de decapitação de Hayabusa. São duas as armas novas (incluindo duas espadas de ataque simultâneo), cada qual com sua própria lista de movimentos e combos.

O peso da idade

O que antes era sinônimo do poderio gráfico do Xbox, atualmente é apenas um jogo bonito para o Playstation 3. Mesmo com os novos aprimoramentos gráficos, como texturas superdefinidas, modelos de personagens ainda mais detalhados e iluminação melhor trabalhada, "Ninja Gaiden Sigma" ainda se parece com um jogo da geração passada, só que em alta definição. Entretanto, o refinamento visual e a direção artística acabam se sobressaindo em relação à ausência de profundidade das texturas (aquele aspecto rugoso, característica básica dos jogos em 3D da nova geração) ou o nível relativamente baixo de detalhamento dos cenários. Para completar a experiência, o jogo roda a 60 quadros por segundo, sem uma única engasgada.

A câmera é bastante dinâmica e, ao contrário da maioria dos jogos em terceira pessoa, não fica completamente fixa ao personagem, parecendo flutuir livremente pelo cenário. Sua colocação em posições dramáticas nos ambientes apenas ressalta a pretensão cinematográfica do game. Apesar da posição do ponto de vista nem sempre ser o mais funcional para a ação, o jogador pode ajustar a câmera com o direcionar analógico direito.

Indiana Jones oriental

Ao contrário das versões anteriores, as cenas não-interativas agora rodam em tempo real, revelando personagens cheios de detalhes e razoavelmente expressivos. A atmosfera pulp inspirada na década de 30 faz com que o jogo pareça muito com a série de filmes "Indiana Jones".

"Ninja Gaiden" é um jogo de ação direto. Apesar de apresentar alguns quebra-cabeças, o gerenciamento de objetos é realizado automaticamente - quando o herói tem o objeto que precisa ser usado é só apertar e tudo acontece automaticamente. Isso não impede Hayabusa de partir em várias jornadas atrás de chaves, convites e outras surpresas - mas o grosso do games é decepar soldados e eviscerar ninjas. As habilidades acrobáticas de Ryu exigem que ele salte, ande em paredes e se exercite de toda forma possível e imaginável para chegar aos locais necessários.

Apesar de lembrar um pouco do visto nos últimos jogos da série "Prince of Persia", a ação aqui é muito mais orgânica e menos planejada, mantendo sempre o ritmo acelerado da aventura. Para completar o pacote, cada fase recebe notas e está cheia de escaravelhos dourados para serem encontrados em pontos secretos. O jogo certamente empresta muito de vários lugares, mas a maneira como as peças foram encaixadas não comprometem a originalidade do resultado final.

Para jogar e jogar

Além da extensa aventura, que sozinha proporciona no mínimo 15 horas de jogo, o extenso modo missão e o ranking online (para ver quem tem a melhor pontuação) completam o pacote, fazendo desta a melhor versão de "Ninja Gaiden". Embora seja recomendadíssimo aos jogadores que nunca experimentaram as duas versões para Xbox, pode não ser uma boa investida aos que conhecem o jogo de cabo à rabo, pois apesar das boas adições, a aventura é essencialmente a mesma. Os menos habilidosos com o controle também poderão se frustrar por não conseguir derrotar determinado chefe - algo que pode acontecer até mesmo com os jogadores experientes.
Veja também
Videoanálise de "Ninja Gaiden Sigma"