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Análises
Final Fantasy: Anniversary Edition
PSP
"... é a própria expressão do RPG japonês tradicional..."


20/07/2007
da Redação

Toda saga tem um início. A de "Final Fantasy" começou há 20 anos, como uma última chance que o criador Hironobu Sakaguchi se deu diante da situação de penúria que se encontrava a produtora Square (hoje Square Enix). Deu certo e, em 2007, chovem "Final Fantasy" a pretexto de comemorar o game que livrou a companhia da bancarrota. E, afinal, não são muitas franquias que duram duas décadas. Agora, é a vez de o PSP ganhar uma versão do game que originou tudo, depois de passar por inúmeros consoles e portáteis.

A verdade é que, dentre as edições já lançadas, essa seja a que menos combina valor. Primeiro, ela não traz muitos extras em relação aos outros feitos anteriormente, nem se trata de uma reinterpretação, como aconteceu com "Final Fantasy III" para Nintendo DS, que foi convertido em 3D. Além disso, Game Boy Advance e PSOne tiveram compilações com os dois primeiros jogos.

Início da fantasia

"Final Fantasy: Anniversary Edition" é a própria expressão do RPG japonês tradicional - aliás, é um estilo que ajudou a formatar, ao lado da franquia "Dragon Quest". Ou seja, alterna entre exploração de cidades e cavernas, com combates aleatórios e por turnos, sem elementos de ação. A série também ficou conhecida por seu teatro de avatares, que só veio a ser substituído com a sétima edição, entrando em sua era 3D.

O enredo conta a história de quatro guerreiros da luz, detentores de cristais míticos, que representam os elementos da natureza. Eles devem derrotar criaturas malignas que roubaram o brilho das pedras, e assim restaurar seu poder e a paz no mundo.

O game começa com o jogador escolhendo um arquétipo para cada um dos quatro integrantes de seu grupo. Eles podem ser guerreiros, ladrões e vários tipos de magos - cada personagem e "profissão" recebem um visual diferente. Depois, o jogador é colocado numa tela de mapa-múndi, bem perto da primeira cidade, Cornelia, em que o primeiro objetivo é falar com o rei para salvar a princesa. Mas essa missão, nesse game, é apenas o começo de uma aventura muito maior.

Nos castelos e nas cidades, as pessoas fornecem informações, e alguns deles representam uma atividade obrigatória para avançar o enredo. Uma das coisas mais importantes, nesses lugares, é a compra de armas, armaduras e magias, para assim fortalecer os guerreiros. O albergue representa alívio, pois é onde a trupe recupera a energia. Eles são essenciais principalmente no início, quando os curandeiros ainda não estão muito desenvolvidos.

Explorar, lutar, explorar...

As várias cidades e cavernas ficam no mapa-múndi, além de possuir outros locais de interesse. Mas o que mais acontece nessa parte são as batalhas aleatórias. Isso quer dizer que os combates acontecem de repente, quando se está andando pelo mapa. Apesar de a freqüência não ser tão alta como na edição original, ainda assim estão numerosos. Aliás, o próprio sistema de lutas em turnos hoje soa muito ultrapassado.

Na hora de lutar, o jogador escolhe a ação de cada integrante através de um menu. Guerreiros se dão bem com o comando de atacar, enquanto os magos têm melhor proveito com os feitiços. Eles são comprados nas cidades e é preciso evoluir os personagens se quiser usar magias mais fortes. Cada mago pode ter três encantamentos de cada nível. Se quiser colocar outro desses, é preciso retirar algum outro. O monge luta bem com as mãos vazias e o ladrão consegue roubar itens dos oponentes.

Versão estendida

Esta edição de aniversário para PSP inclui todos os principais melhoramentos feitos ao longo dos anos. É o caso dos textos mais fiéis ao do original japonês de 20 anos atrás, enciclopédia de monstros e cenas de computação gráfica na abertura e no fechamento, vindos diretamente da versão para PSOne. Do Game Boy Advance vem as quatro cavernas dos elementos, com desafios mais difíceis e chefes clássicos vindos de "Final Fantasy III" a "Final Fantasy VI". A galeria de arte é especial, com desenhos-conceitos de Yoshitaka Amano.

A esses acréscimos, "Anniversary Edition" inclui um calabouço exclusivo, chamado caverna do tempo. Aqui, o desafio é maior ainda, pois o grupo perde energia com o tempo após certo período e, para impedir o "sangramento", é preciso oferecer ao lugar comandos do menu, como o "ataque", "magia" ou "defesa", que ficam, obviamente, indisponíveis até você sair do labirinto.

Ante a grande resolução do PSP, todo o visual foi refeito, ganhando muito mais detalhes. Os personagens e os monstros têm muito mais definição, e os cenários, texturas. Abusando de transparências, as magias ficaram com efeitos mais sofisticados. Aliada à grande qualidade da tela do portátil, esse "Final Fantasy" é o mais bonito entre todas as edições. As fontes de texto são grandes e é confortável de ler. Em termos técnicos, o som não melhorou tanto quanto poderia se imaginar, mas as composições clássicas (e algumas memoráveis) de Nobuo Uematsu estão aí.

É bom, mas não é dois

"Final Fantasy: Anniversary Edition" pode ser a versão mais completa feita até hoje, mas mesmo assim pode ser considerado um mau negócio se comparada às edições para PSOne e Game Boy Advance, que traziam os dois primeiros games da série. Se ainda fosse um remake feito do zero, com outra interpretação, como foi "Final Fantasy III" para Nintendo DS, o lançamento ainda seria justificado. Entretanto, para as novas gerações, é a oportunidade de conhecer as origens do mais conhecido RPG de videogame da atualidade. Para quem tem um PlayStation de mesa ou um Game Boy Advance, a compilação que reúne dois primeiros jogos da série é mais atraente.
Veja também
Videoanálise de "Final Fantasy: Anniversary Edition"