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Análises
Alien Syndrome
PSP
"... é mais um daqueles jogos do tipo 'explorador de cavernas' (só que aqui é uma nave espacial)..."


31/07/2007
da Redação

A Sega pode se orgulhar de ter feito alguns dos maiores clássicos da indústria dos games, principalmente arcades da década de 80. Nesse período, nasceram pérolas como "Golden Axe", "After Burner", "Outrun" e "Altered Beast". No entanto, as tentativas de modernização desses jogos não estiveram à altura de seus dias de glória no passado.

"Alien Syndrome" não foi exatamente um título de primeiro escalão, mas bem que seu remake, que saiu para Wii e PSP, merecia uma sorte melhor. Não que seja um título imediatamente dispensável, mas não traz nada de novo; outros já fizeram algo semelhante antes, e melhor. Se o original era um game de tiro que lembrava o clássico "Smash TV", a nova edição copia outro game conhecido: "Diablo".

Explorando no espaço

O novo "Alien Syndrome" é mais um daqueles jogos do tipo "explorador de cavernas" (só que aqui é uma nave espacial), com uma porção de inimigos para enfrentar e itens para pegar. Além disso, como num RPG, o personagem evolui. Se o original tivesse um universo característico, isso poderia ajudar a dar personalidade ao game, mas como não é o caso, o aspecto genérico ronda todos os cantos.

O jogador comanda Aileen Harding, que é enviada para uma nave expedicionária que havia desaparecido há duas semanas e finalmente é encontrada. A missão é investigar o que aconteceu e resgatar sobreviventes, se houver. Resumindo, tudo não passa de um pretexto para exterminar criaturas estranhas que aparecem no caminho da agente da Earth Commander Trooper.

Games desse estilo costumam ter diversos arquétipos de personagens, mas aqui existem cinco especializações de Aileen. O tipo tank, por exemplo, tem grande força e é ótimo para combates "melee", ou seja, com armas brancas; já o sharpshooter se dá bem com armas de fogo, enquanto o Seal é talhado para a sobrevivência, com grande vitalidade.

Apontar e atacar

A primeira fase possui alguns símbolos de interrogação que guardam informações básicas sobre como proceder. O funcionamento em nada difere de um "Diablo", salvo pelo fato de os itens poderem ser fabricados por um robô-ajudante. A estrutura de missões é muito simples, bastando, em grande parte dos casos, se dirigir aos pontos de interesse, marcados com uma esfera laranja no mapa, e rumar para a saída. De vez em quando é preciso pegar algumas chaves ou resgatar reféns, mas as missões não variam muito.

Seria tudo muito rápido se o caminho não estivesse infestado de inimigos. As melhores armas são definidas pela proficiência da personagem. Na verdade, o jogador ou atira ou usa armas brancas. A vantagem do primeiro método é poder atacar a distância (mas depende de ter munição), enquanto as lanças costumam infligir maiores danos. De qualquer forma, existe um escudo que protege a personagem durante um tempo.

Novos itens, potencialmente melhores conforme se avança, vão surgindo ao derrotar inimigos ou abrir baús. Ou também é possível fabricar um item, que aparece numa lista aleatória. Com sorte, aparecem equipamentos bons, mas, em geral, são listados apenas itens cuja eficiência é diretamente proporcional ao "level" da personagem. A vantagem desse sistema é que o jogador não precisa se preocupar com o peso ou espaço que os objetos ocupam, pois basta transformá-los em sucata na hora, em troca de créditos.

Além de poder jogar sozinho, ambos os sistemas aceitam até quatro jogadores para partidas cooperativas: tela dividida no Wii e rede sem fio no PSP. Isso ajuda a tornar o game um pouco menos monótono. As missões continuam simples como antes, mas, ao menos, a bagunça é maior com mais pessoas participando dos combates.

Vagando pelos corredores

Em relação aos controles, cada sistema tem seus prós e contras. O PSP se sai melhor nos combates corpo-a-corpo, pois é mais simples de ativar os golpes. No Wii, é preciso usar os botões e gestos, o que torna um pouco enfadonho. Já o tiroteio é muito mais livre no console, pois você pode atirar para qualquer direção, bastando apontar o local na tela (mas o estranho é que a personagem muda a velocidade de deslocamento confirme a posição da mira). No PSP, é preciso apontar com o direcional e segurar o botão para atirar e fixar a mira. É o que dá para fazer com o direcional, mas não é o ideal. Em ambos os casos, o acionamento dos ataques pode demorar, e isso é bem irritante, principalmente se você morre em decorrência desse fato.

Em termos gráficos, "Alien Syndrome" é bastante aquém do que as plataformas poderiam oferecer. Tudo tem um ar de genérico. Corredores de naves espaciais, salas de máquinas, áreas de lazer sem nenhuma característica marcante é o que se encontra durante todo o percurso, fora os inimigos em forma de larva, aliens e robôs descontrolados. São mais de cem tipos de oponentes, mas muitos mudam apenas a cor. Truque velho. O cenário é simples, assim como os personagens. Isso é especialmente decepcionante no Wii, pois, por mais que não seja páreo para o Xbox 360 ou o PlayStation 3 em tecnologia gráfica, se trata de um console de nova geração.

No PSP, o tempo de resposta lento da tela faz com que o cenário fique borrado quando a imagem "corre". Essa característica é vista, em maior e menor grau, em quase todos os jogos para o portátil, mas nunca foi tão perceptível. Durante a exploração não há muita música. O que se ouve são tiros, explosões e o grunhido dos inimigos, ou seja, o básico. As dublagens estão competentes.

Alienígena até dizer "chega!"

"Alien Syndrome" foi feito usando a fórmula de sucesso do gênero, mas pecou pela falta de variedade. A impressão que se tem é que você está fazendo a mesma coisa do começo ao fim, durante as cerca de 20 horas de jogo (o que não quer dizer fartura de conteúdo). No PSP, há vários games desse gênero bem melhores. Já no Wii, as opções são mais escassas, mas o preço parece alto demais para um título com tão pouco a oferecer.