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Final Fantasy II: Anniversary Edition
PSP
"... esta edição (...) tem um pouco mais de valor que o antecessor, por ser maior."


03/08/2007
da Redação

O aniversário é para o primeiro "Final Fantasy", que comemora 20 anos no final de 2007, mas seu "irmão mais novo" também entrou na festa. "Final Fantasy II" chegou um ano depois e, à época, trouxe inovações, uma das marcas principais da série, que tenta não se repetir a cada seqüência. A edição para o PSP recebeu a mesma "maquiagem" de "Final Fantasy Anniversary Edition": pegou-se a base do Game Boy Advance e recriarem-se gráficos em alta resolução.

"Final Fantasy II" talvez seja uma das mais obscuras versões da franquia, mas mostra muita evolução em relação ao primeiro game. A história é muita mais trabalhada e na época inovou com um sistema de desenvolvimento de personagens que saía do trivial processo de ganho de experiência e aumento de "nível". O game também introduz dois personagens que marcam a série: Cid e os pássaros Chocobos.

Há muito tempo, num reino distante...

A história conta o embate entre o império Palamecia e um movimento de resistência que tem sede no reino de Fynn (talvez, a homenagem a "Star Wars" tenha começado com a segunda versão). O game começa com os protagonistas Firion, Maria, Guy e Leon sendo perseguidos por guardas imperiais, contra os quais não têm a mínima chance de vencer. Antes, cenas em computação gráfica, feita para a edição de PSOne, mostram embates entre rebeldes e Império, além de destacar o todo-poderoso líder de Palamecia.

Sendo um jogo de 19 anos de idade, a mecânica de "Final Fantasy II" exibe suas rugas. Trata-se de um RPG tradicional, que alterna visitas a cidades, conversas com pessoas, compra de equipamentos e exploração de cavernas, onde se consegue tesouros e pode haver um chefe de fase. Durante o percurso, surgem combates aleatórios, e a batalha acontece por turnos, sem ação.

Entre as novidades, está um sistema de memorização de palavras, que serve para desencadear eventos. Toda vez que, durante um diálogo, aparecer uma palavra em vermelho, ele poderá ser registrada e usada quando conversar com outras pessoas. Na primeira vez que isso aparece, a princesa Hilda fala sobre uma senha que deve ser usada para que os rebeldes liberem o caminho em Fynn.

"Level up" localizado

Mas a principal novidade está no método de evolução dos personagens. Assim como em "The Elder Scrolls IV: Oblivion", por exemplo, os personagens vão melhorando suas habilidades ao usá-las. Quando a espada é brandida, por exemplo, melhora-se o manejo com essa arma e a força, enquanto a utilização de uma magia negra, faz com que este feitiço em particular fique melhor, além de também aumentar a inteligência. No entanto, vale lembrar que características de guerreiro e de magos são opostas, e quando melhora para um lado, pode piorar para outro.

Assim, não é a quantidade de lutas que faz um personagem forte, mas a estratégia aplicada (apesar de ser muito difícil fazer poucos combates, já que eles aparecem freqüentemente). Às vezes, vale a pena tirar a armadura para receber mais danos, pois esse é o caminho para melhorar a resistência e o HP. Há liberdade para desenvolver os personagens, já que o jeito de lutar molda sua característica.

Todos podem ser proficientes em magia ou em lutas corpo-a-corpo, ou até mesmo ter as duas características ao mesmo tempo, apesar de dar mais trabalho. No entanto, o sistema é desequilibrado, pois os magos tendem a ser melhores que os guerreiros. Uma das razões é que, nesta edição, os feitiços podem ser usados contra todos os inimigos ou aliados ao mesmo tempo.

Melhorando um clássico

Em relação ao primeiro "Anniversary Edition", o título melhorou no acesso ao menu, que está bem mais rápido. Além disso, ele é um pouco mais difícil, talvez para compensar o sistema de "save", que agora pode ser feito em qualquer lugar, o que é imprescindível para um título portátil, pois requer agilidade para ligar e desligar a partida.

Apesar de não contar com extras exclusivos (mas tem tudo que foi incluído para Game Boy Advance), esta edição de "Final Fantasy II" tem um pouco mais de valor que o antecessor, por ser maior. Mas fica atrás de relançamentos anteriores, como "Dawn of Souls" (GBA) e "Final Fantasy Origins" (PSOne), que trouxeram os dois primeiros "Final Fantasy" num único título.

A reforma visual segue o mesmo padrão de "Final Fantasy Anniversary Edition". Quase todos os elementos, dos cenários aos personagens, ganharam mais definição, graças à maior resolução de tela. Quem mais se beneficiou foram os monstros, que estão muito mais detalhados. As magias também renasceram com efeitos mais modernos. Os avatares vêm das ilustrações de Amano Yoshitaka, que trazem mais personalidade.

O refinamento também chegou à trilha sonora, composta originalmente por Nobuo Uematsu, que viria a fazer história com a série. Em "Final Fantasy II" ele já mostra algumas das melodias que se tornariam as mais marcantes dos games. Por outro lado, os efeitos sonoros nunca foi o forte (ao menos até a época do PSOne), e continuam meio grosseiros, mesmo no PSP.

Um aniversário para dois

"Final Fantasy II Anniversary Edition" pode ser uma pedida melhor que o antecessor, pois é bem mais completo, mas mesmo diante das reformulações - principalmente gráficas - sai perdendo, em custo-benefício, para os relançamentos anteriores (em especial o "Dawn of Souls", para Game Boy Advance), que tinham os dois primeiros games da série num único produto. Mas, para quem tem apenas o PSP, ainda é uma oportunidade para conhecer um dos episódios mais obscuros da saga RPG (se a lista não incluir "Mystic Quest", para Super NES, é claro!).