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Toren

Claudio Prandoni

Do UOL, em São Paulo

27/05/2015 01h36

Apesar de alguns problemas técnicos, "Toren" é um jogo no qual as virtudes superam os defeitos.

Primeiro jogo a captar recursos privados através da Lei Rouanet, é um jogo que, logo de cara, impressiona pelo bonito visual - rebatendo qualquer crítica de que estúdios brasileiros não saber fazer belos games em 3D.

O estilo transita entre inspirações de "Zelda", "ICO" e "Last Guardian", mas imprimindo um lindo estilo próprio, que recebe ainda ajuda de uma cativante trilha sonora, com direito a violinos e violas.

Envolvente, a jornada pode ser resolvida entre 2 a 3 horas e mostra a aventura da Criança da Lua, uma menina fadada a morrer e reviver enquanto escala uma torre. No topo, um perigoso dragão a aguarda e, claro, o objetivo da guria é derrotar o monstro.

Em meio a símbolos e frases que aludem a diversas religiões e dilemas humanos, "Toren" consegue estabelecer um clima intrigante, aberto a diversas interpretações.

UOL JOGOS MOSTRA "TOREN" EM AÇÃO; VEJA

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Nem tudo é bonito e maravilhoso: enquanto o visual e a temática agradam e impressionam, a parte técnica sofre com controles são imprecisos, movimentação bem lenta e bugs frustrantes.

Na semana de lançamento, antes de alguns patches de correção, por mais de uma vez a jovem menina lunar ficou presa, sem motivo algum, em partes do cenário e fui obrigado a sair e entrar no jogo novamente.

Ao menos, "Toren" exige poucos reflexos apurados e movimentos rápidos, mas quando isso acontece a tarefa é mais árdua do que deveria.

Problemas incômodos, mas fáceis de superar - ou simplesmente aguentar - dadas as outras qualidades. Ao final, vale jogar novamente para entender melhor partes da história ou simplesmente buscar outras áreas e segredos.

Além disso, "Toren" é mais um passo importante na indústria de games brasileira, marcada nos últimos anos por diversos lançamentos variados e de qualidade.

Nota: 8 (Ótimo)