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Análises
Mario Party 8
Nintendo Wii
"...falta de capricho e vontade em acrescentar novidades (...) tornam o título desnecessário..."


06/06/2007
da Redação

Colocando o bigodudo e sua turma para estrelar uma série de minigames, com cara de jogo de tabuleiro, "Mario Party" surgiu no Nintendo 64 em 1999 e, desde então, virou uma tradição quase anual da Big N (apenas em 2006 não foi lançada nenhuma versão) que, como de costume, aproveitou o sucesso para disseminar a franquia pelas suas plataformas. A estréia no Wii usufrui precariamente os controles do videogame e parece retroceder em alguns aspectos de uma fórmula que já mostra desgaste.

Virando a mesa

"Mario Party 8" não difere muito dos demais, ou seja, coloca personagens da Nintendo para disputar uma espécie de jogo de tabuleiro, permeados por uma coleção de minigames. Além do habitual conteúdo inédito, o Wii-Remote é a grande novidade desta versão, renovando - ainda que nem tanto assim - o jeito de jogar, com 65 minigames nunca antes vistos.

Se você já experimentou algum "Mario Party" sabe bem que a série não tem muita vocação para o single-player; faz jus ao título e mostra muito mais sentido quando se está na companhia de amigos - neste caso, são permitidos até quatro participantes simultâneos. Por isso, é melhor se ater mesmo às modalidades Party e Minigame: a primeira inclui os tradicionais tabuleiros, onde os dados e a sorte são jogados em busca de estrelas douradas, enquanto a outra permite jogar os minigames destravados no modo Party.

Completam o cardápio Star Battle Arena, que é a espinha dorsal do single-player, onde o jogador se depara, em cinco mesas, com diferentes oponentes até chegar em Bowser. Em Fun Bazaar, libera-se novo conteúdo para o jogo, enquanto na estreante Extras Zone, oito minigames possibilitam utilizar Miis como personagens.

Coletâneas de minigames estão longe de ser uma novidade no Wii, mesmo com o pouco tempo de vida do aparelho - "Rayman Raving Rabbids", "WarioWare" e "Wii Play" estão aí para quem quiser ver. Por isso, esperava-se de "Mario Party 8", no mínimo, criatividade. Mas, pelo contrário, faltou inspiração. Não que os minigames sejam ruins, mas são poucos aqueles que realmente exploram o potencial do Wii-Remote, o que é um desperdício lamentável. Como resultado, não é raro o desinteresse em jogar um minigame mais de uma vez, por exemplo.

Jogando com a sorte

São seis mesas no total, alternando entre o "sem sal", como a DK's Treetop Temple, que é logo a primeira, e o original, com King Boo's Haunted Hideaway, um labirinto cheio de quartos, armadilhas e caminhos diferentes. Também merecem citação Shy Guy's Perplex Express, ambientada em um trem, e Koopa's Tycoon Town, que lembra muito o clássico Banco Imobiliário, com direito a compra de hotéis e tudo mais.


Como é possível perceber, as mesas são bem diferentes entre si, o que ajuda na tentativa de fazer de cada partida uma experiência nova. O que não muda, de forma geral, é a influência da sorte, muito mais importante que qualquer nível de habilidade. Claro que convém conhecer a mesa em questão e levar em consideração o estilo descontraído de "Mario Party 8", mas a verdade é que é difícil não se irritar com as reviravoltas sem nexo que podem acontecer a qualquer momento da partida.

Mesmo em posse de todas as moedas necessárias para comprar a estrela, pode ser que você tire um número no dado que lhe faça cair em uma casa na qual, por alguma razão, você perde metade delas. Em seguida, seu adversário milagrosamente consegue um doce - há vários deles no game, com benefícios variados - que triplica suas jogadas no dado, o suficiente para chegar à estrela antes de você. Tudo bem, são coisas que acontecem em uma disputa como essa, e pode até ser engraçado quando na companhia de amigos, mas contra o CPU isso é bem frustrante, sem falar que levanta suspeitas sobre trapaça.

"Mario Party 8" ainda consegue alcançar mais uma marca negativa: é o primeiro jogo da Nintendo para o Wii que não roda em modo widescreen, a não ser pela tela inicial e pelo menu principal. O restante (ou seja, todo o jogo), roda em 480p com uma moldura em volta da tela. E sobre o visual, não é tudo: sabe-se das limitações do console neste campo, mas os gráficos não estão nada melhores que os do GameCube, o que demonstra um "desinteresse" por melhorar, mesmo que pouco, a qualidade das texturas, efeitos visuais, design dos personagens etc. E isso não é nada saudável.

O desgaste é evidente na franquia e, neste ponto, cabe perguntar: porque lançar um novo episódio por ano? "Mario Kart", por exemplo, é uma marca tão conhecida quanto "Mario Party" e só costuma vir à tona em versões que realmente tenham e façam sentido. A EA Sports, conhecida por colocar nas prateleiras novos "FIFA", "NHL", "Madden" e cia. todos os anos, tenta ao menos acrescentar uma novidade ou renovar a tecnologia gráfica de tempos em tempos. É hora de repensar "Mario Party".

8 ou 80

Dispensável. "Mario Party 8" tem minigames divertidos, uma fórmula cativante para jogar na companhia de outras pessoas e, claro, o apelo dos personagens da Nintendo. Contudo, alguns minigames precários, gráficos iguais aos do GameCube e a aparente falta de capricho e vontade em acrescentar novidades, mesmo que mínimas, tornam o título desnecessário, principalmente porque há coletâneas melhores já disponíveis para o Wii.