X-COM
Dada a produção pra lá de conturbada, "The Bureau" não se saiu tão mal. Nascido como um jogo de tiro em primeira pessoa nos moldes de "BioShock", o game terminou como um shooter tático com visão por cima do ombro e controle de esquadrão, bem mais próximo do universo estabelecido pela série "X-COM". O jogo oferece uma divertida mistura de estratégia e tiroteio e uma charmosa atmosfera de paranóia nostálgica, com ETs invadindo a América do pós-guerra e agentes secretos salvando inocentes dos invasores do espaço.
Introdução
Levou sete anos para "The Bureau: XCOM Declassified" ficar pronto. Nesse meio tempo, o jogo foi completamente refeito. Não deve ter sido nada fácil para seus desenvolvedores, mas o resultado é uma aventura bem divertida, que combina elementos de tiroteio e combate tático. Em "The Bureau", você controla Willian Carter, um agente secreto no melhor estilo do FBI dos anos 50: chapéu de feltro, colete, gravata, parafernálias tecnológicas e rifle laser em punho. Afinal, não dá para expulsar uma invasão alienígena armado apenas com pistolas e carabinas.
Pontos Positivos
Ambientação"The Bureau" capricha na atmosfera de época, no visual e no comportamento dos personagens: seus agentes lembram personagens de "Mad Men", sempre alinhados - tanto os homens quanto as mulheres da agência são muito elegantes, ainda que fumem o tempo todo. O jogo apresenta o primeiro contato entre os EUA e os alienígenas, em uma invasão que pega os norte-americanos de surpresa.
As missões se passam, em sua maioria, em cidadezinhas dos EUA, bem representadas e com um design planejado para diversas abordagens durante as batalhas contra os aliens. A sensação é de jogar um "Arquivo X" com poder de fogo. Os fãs da série reconhecerão vários detalhes dos jogos de estratégia, como as instalações do projeto X-COM e a nave de transporte Skyranger. Mesmo reutilizando muitas coisas de "BioShock 2", o game consegue criar uma identidade própria, contando uma boa história de origens para a franquia "X-COM".
O melhor de "The Bureau" é a combinação de estratégia e tiro em suas missões. Você recruta vários soldados e evolui suas habilidades no campo de batalha. Assim como nos games de estratégia, a morte em "Declassified" é permanente, então todo cuidado é pouco. Carter pode dar ordens aos outros operativos, posicionando seus homens atrás de cobertura, mandando atirar ou usar algum poder especial - cada classe tem suas habilidades específicas e dominar seu uso é essencial para a vitória.
Assim como nos "X-COM" estratégicos, você define em um painel na base qual missão vai cumprir, entre as várias alternativas apresentadas. O truque é usar as missões mais iniciais para evoluir o máximo de recrutas, antes de avançar na trama do jogo. O tiroteio funciona de maneira satisfatória, seja com as armas de fogo humanas ou com suas variações energéticas roubadas dos alienígenas. Com o risco de morte sempre presente, cada batalha de "The Bureau" garante uma boa dose de emoção.
Pontos Negativos
Controle imprecisoO maior problema de "The Bureau" está nos controles, especificamente na hora de comandar seus agentes no campo de batalha. A câmera não ajuda em nada e rola uma certa imprecisão - mais de uma vez você vai mandar o soldado para um ponto menos protegido e isso costuma acabar mal. Além disso, os soldados não se viram nada bem quando deixados sozinhos: demoram demais para abater um inimigo, por exemplo. Muitas vezes, você vai preferir usar suas táticas sozinho, avançando pelas coberturas e abatendo ETs com sua própria arma.
Nota: 7 (Bom)
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