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Análises
Splinter Cell
Xbox
"As sombras serão as melhores amigas de Fisher para ficar longe dos olhos de seus oponentes."


29/11/2002
da Redação

Quando a Ubi Soft anunciou que o novo jogo de Tom Clancy traria um "exército de um homem só" em missões secretas pelo mundo afora, muitos esperavam que a produtora franco-canadense criasse uma versão cool (leia-se: sem Mullet) de "Metal Gear Solid 2". Mas o resultado final é algo mais próximo de "Thief", um antigo clássico do PC.

Em "Splinter Cell" você encarna Sam Fisher, um soldado quieto que deve se infiltrar em diversas instalações militares em um país da ex-União Soviética para encontrar pistas e provas de uma enorme conspiração internacional. Com ajuda de uma pequena equipe da NSA (National Security Agency, um dos mais misteriosos departamentos de defesa dos EUA), esse grupo atravessa nove missões repletas de diferentes objetivos, que são atualizados no decorrer da operação.

Jogo de luz e sombra

Devido às comparações com "Metal Gear", a primeira vez que o jogador experimenta "Splinter Cell" pode ser um pouco decepcionante: o game não é tão fluido quanto a obra-prima de Hideo Kojima, seus objetos e ambiente não são tão detalhados e a câmera deve ser constantemente controlada pelo jogador com o direcional analógico direito. Para compensar, o jogo já começa arremessando de maneira nada discreta seus impressionantes efeitos de luz e sombra. Essa simulação não é gratuita: as sombras serão as melhores amigas de Fisher para ficar longe dos olhos de seus oponentes.

O game oferece não apenas uma invejável biblioteca de movimentos para o herói (como a habilidade dar um salto duplo contra uma parede, para então se apoiar com as pernas perto do teto... esperando para cair sobre um pobre soldado sem fazer barulho), mas também uma extensa coleção de equipamentos de invasão: câmeras que passam por baixo de portas, armas que disparam armadilhas de gás sonífero, visores infra-vermelhos, cabos de rapel... a lista é absolutamente gigantesca. Toda essa variedade ajuda o agente a escolher a melhor maneira de como passar sem ser detectado.

Save: o melhor amigo do agente secreto

Mas é exatamente por isso que o jogo se distancia tanto de "Metal Gear": as missões exigem uma precisão quase cirúrgica para evitar a detecção de Fisher (que em alguns casos, resulta imediatamente em Game Over). Jogadores passarão a maior parte do tempo parados, olhando o ambiente para descobrir a melhor maneira de passar sem ser detectado, empregar o equipamento de maneira inteligente... e repetir esse trecho diversas vezes até conseguir realizar esse coreografado balé sem erros. Apesar do jogo impor até certo ponto um "caminho certo", existe um certo grau de liberdade - mas o ritmo é marcadamente diferente do das missões de Solid Snake.

A necessidade de controlar constantemente a câmera deixa claro uma herança dos jogos de tiro em primeira pessoa, e quase faz você desejar um teclado, mouse e perspectiva em primeira pessoa. O sistema é funcional, mas não deixa de ser um impacto para quem está acostumado com jogos de videogame.

Agente sem emoções

Vale notar que o enredo troca o drama e participação emocional do protagonista pela típica intriga internacional dos livros de Clancy. Os acontecimentos políticos são relatados entre missões por trechos de noticiários de TV. Essa diferença na apresentação tem uma boa qualidade: como as missões são bastante desconexas (com exceção da continuidade da história) entre si, a adição de novos capítulos através de download no Xbox Live não quebrará o desenrolar do jogo.

"Splinter Cell" é um excelente jogo em sua própria categoria, apesar de estar mais perto dos moldes de um game para PC do que para consoles. Só não espere "Metal Gear Solid 3" - essa aventura francesa é uma nova concepção no gênero de espionagem com elementos de ação.