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Rumble Roses XX
Xbox 360
"As personagens de fato alegram os olhos, mas, como jogo de luta, é, no máximo, passável..."


07/06/2006
da Redação

Longe vai a época em que a presença feminina nos jogos era (quase) inocente. Desde uma das primeiras musas dos videogames, a chinesa Chun-Li, de "Street Fighter II", com suas características coxas torneadas, cada vez mais as produtoras passaram a apostar na sensualidade para atrair os jogadores.

Com Mai Shiranui, de "Fatal Fury 2", as atenções se voltaram para os seios e a maior musa dos videogames, Lara Croft, também apostou em suas curvas para chegar ao estrelato. O uso de mulheres desinibidas ficou ainda mais evidente em "Dead or Alive 3", para Xbox, que trazia algumas das lutadoras mais sensuais dos videogames. A produtora Tecmo chegou até mesmo a lançar um jogo de vôlei de praia com as garotas, que soava mais como um pretexto para deixá-las ainda mais "à vontade".

A Konami, percebendo o nicho, resolveu apostar na fórmula, e trazer para o PlayStation 2 um jogo de luta-livre cujo atrativo eram tão somente garotas voluptuosas. A versão para Xbox 360 obviamente se aproveita de sua capacidade para deixar as personagens ainda mais detalhadas, mas em termos de conteúdo, quase nada foi acrescentado à edição anterior.

Sexo nada frágil

"Rumble Roses XX", a exemplo de seu antecessor, é um jogo de luta-livre, cuja mecânica lembra uma versão simplificada da série "Smackdown", considerada uma das melhores do gênero. Ambas foram feitas pela produtora Yuke's, especializada nesse tipo de game. O sistema de lutas mantém o mínimo necessário para existir, contudo, a falta de opções deixa os combates sem muita profundidade, mas, provavelmente, ninguém está ligando para isso.

Os ataques básicos consistem em golpes de impacto, como socos e chutes, e ataques baseados em imobilizações. Convenientemente, o golpe varia conforme a situação: pode ser modificado dependendo da localização (como perto das cordas), a posição entre as lutadoras (agarrando pelas costas, por exemplo) ou de seu estado (correndo, em geral). Além disso, dependendo de para qual posição estiver pressionando o direcional, os ataques também variam.

Cada uma das lutadoras também possui três tipos de golpes especiais, mais fortes. Mas elas necessitam de uma barra especial, que vai se acumulando conforme você bate em sua oponente. O primeiro se chama Killer Move, e pode ser acionado sem nenhuma condição adicional. Já no Lethal Move é preciso preencher mais requisitos: algumas a acionam quando correm, outras dependem que suas adversárias estejam grogues, por exemplo.

E, por fim, há os movimentos de humilhação. Para conseguir esses, o jogador precisa colocar as adversárias em situações embaraçosas - quando isso acontece sai uma "fumacinha" da ofendida - e quando o medidor de humilhação estiver no máximo, segue-se uma cena especial, e você está pronto para acionar esse golpe, que costuma ser fatal.

Mas quase todos os golpes, normais e especiais, com exceção dos Lethal Moves e dos Double X (acionados em dupla), podem ser revertidos, bastando acertar o comando e o tempo de acionamento. A única diferença está no golpe de humilhação, que até mesmo a reversão pode ser contra-atacada. Ou seja, mesmo que a lutadora que acionou o golpe tenha o movimento revertido, ainda pode tentar retomar o ataque, agora sem qualquer possibilidade de defesa para a adversária.

Escolhe seu fetiche

Apesar de existir essa mecânica de contra-ataques, é clara a vantagem de quem está com a iniciativa. E, apesar dos golpes serem relativamente variados, são apenas dois tipos de ataques (de impacto e imobilizações), sem espaço para estratégias mais profundas.

É uma pena, pois as lutas multiplayer online possuem bom desempenho, sem muitos atrasos. É verdade que o jogo não exige muito da conexão, por ter um ritmo mais cadenciado. Mas, mesmo jogando contra oponentes humanos, as lutas começam a ficar monótonas, sem muitas opções de estratégias.

Enfim, as lutas, apesar de divertirem por um tempo, são apenas um pretexto para mostrar as belas lutadoras em ação. Naturalmente, as roupas valorizam as curvas de corpos perfeitos, sendo possível notar até mesmo a definição dos músculos.

Apesar de haver apenas 11 personagens únicas, elas tentam preencher todos os gostos. A seleção inclui uma xerife texana e loura chamada Dixie Clemets, uma diva do soul que responde por Aisha e uma cantora rebelde de nome Candy Kane. Na verdade, são todas personagens vindas da edição para o PlayStation 2.

Cada uma delas tem um alter-ego, com roupas, atitudes e rostos diferentes, e versões "superstar" para as personalidades. Mas, as variações são apenas cosméticas, pois os movimentos são iguais aos da lutadora "original". É possível criar a sua própria lutadora, mas as opções são meio limitadas.

Rainha das rosas

Desta vez não há nenhum modo de história, aliás, não existe enredo nenhum, talvez pelo fato de o roteiro do antecessor ter textos ridículos. Agora, depois que o jogador escolhe sua personagem, que pode ser trocada a qualquer hora, vai para uma tela de mapa, onde há diversas competições.

Muitos delas mudam apenas o cenário, mas também há lugares com regras específicas. É o caso do Street Fight, uma tentativa de parecer um jogo de luta como "Tekken" ou "Dead or Alive", cuja vencedora é quem retirar toda energia da oponente. Mas com uma quantidade limitada de golpes, é um mero apêndice. Outra modalidade especial é o Queen's Match, em que a perdedora deve passar por situações embaraçosas, como dançar ou fazer poses sensuais.

Nas arenas normais, as regras são aleatórias. Podem ser lutas de simples, de duplas ou algo menos conservador, como dois contra um ou cada um por todos. Em todas as competições, o jogador ganha dinheiro e prestígio com as vitórias. O primeiro serve para comprar novas roupas e outras coisas na loja e o segundo é essencial para chamar a atenção e fazer com que a campeã queira te desafiar. Mas o momento em que isso acontece parece ser totalmente aleatório.

Além das arenas, há os museus, onde ficam as artes do jogo - é preciso comprá-las antes -, o vestiário, em que o jogador define configurações de todo tipo, e as lojas, que vende roupas (biquínis também), animações, artes e opções como modo de fotografia e sound test.

A lutadora também desenvolve seus atributos dependendo dos golpes usados durante o combate: se priorizar os golpes de impacto, ganhará mais força para esses ataques. E quanto mais lutar, mais poderá mudar os atributos físicos.

Com a opção Customize, o jogador poderá trocar a roupa da personagem, além de deixá-la conforme seu gosto. Quesitos como tamanho dos seios, quadris, tronco, braços e pernas podem ser mudados. Além disso, também é possível mudar o tônus muscular: você pode deixar a garota mais "delicada" ou com definição de fisiculturista, sem prejuízo para sua força.

No fim das contas, um dos poucos incentivos para continuar a lutar depois de ganhar o título é apenas pelas novas roupas, que incluem biquínis mínimos, a manjada roupa de coelhinha, colant estilo Mulher-Gato e até mesmo uniforme de criada. O game também traz indumentárias das personagens Eva e Olga, da série "Metal Gear Solid".

Apenas mais um rostinho bonitinho

O destaque do jogo é obviamente as personagens, que já eram muito bem feitas na edição para PlayStation 2, e ficaram ainda mais definidas no Xbox 360, principalmente em alta definição. Em resolução normal, as melhorias não são tão aparentes, o que é, de certa forma, uma decepção.

As modelos estão com formas redondas, principalmente nos seios e quadris. Obviamente, o colo tem aquele balanço característico e os movimentos de luta só fazem acentuar essa animação. Além disso, é possível notar a complexidade da estrutura muscular, como nas coxas e abdômen.

Em jogos assim, com corpos se interagindo de formas complexas, é muito comum ver partes de um atravessando o outro, o que quase não acontece em "Rumble Roses XX". Isso é visível apenas em algumas peças de roupa ou no cabelo das lutadoras.

Apesar de tímido, o jogo também usa sombras projetadas no próprio corpo das lutadoras - técnica chamada de "self shadow" - mas, de tão discreto, não resulta no efeito desejado, de trazer mais realismo.

Os cenários são poucos e chegam a ser simples para os padrões do Xbox 360. A produtora usou efeitos para tirar o foco do fundo, destacando ainda mais as lutadoras. Pelo menos, a quantidade de torcedores, como na fase de luta de rua, é alta, e não são de "papelão". Os cenários mais parecem pretextos para testar diversas iluminações, como a do arranha-céu, que promove bons espetáculos de luz.

A trilha sonora mistura hip-hop e rock sem qualquer personalidade. Feito somente com sons sintetizados, a guitarra parece um barbeador elétrico. Além disso, "Rumble Roses XX" traz talvez uma das piores canções de rock, protagonizada pela lutadora Candy Kane. As dublagens, desta vez, se resumem a algumas frases de efeito.

Um jogo voyeur

"Rumble Roses XX" é mais um game para assistir do que jogar. As personagens de fato alegram os olhos, mas, como jogo de luta, é, no máximo, passável, sem a quantidade opções necessárias para ter uma vida mais longa. O único incentivo fica sendo agüentar as monótonas lutas para liberar mais lutadoras e roupas. Se estiver procurando estritamente jogos de luta-livre, há opções muito melhores no mercado.

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Videoanálise de "Rumble Roses XX" na TV UOL