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Dirt
Xbox 360
"...o prazer, o desafio e a adrenalina de dirigir por percursos esburacados e imprevisíveis."


29/06/2007
da Redação

A série "Collin McRae Rally" chama a atenção dos entusiastas dos jogos de corrida off-road há quase dez anos. Após a tentativa de manter um ritmo de lançamento anual, a desenvolvedora britânica Codemasters decidiu dar novo vigor à prestigiada franquia. Tanto é que para esta nova versão, o prefixo Collin McRae foi retirado do nome, dando lugar apenas ao sugestivo "Dirt" - sujeira, em português.

"Dirt" chega ao PC e estréia no Xbox 360 após a chegada de outros grandes jogos de corrida, como o recém-lançado "Forza Motorsport 2". E para oferecer uma experiência no mínimo equivalente à de seus competidores, os desenvolvedores tiveram um longo e sinuoso percurso para correr. Bom é saber que a linha de chegada foi cruzada com sucesso.

Apresentação também conta

O primeiro detalhe a ser notado em "Dirt" é sua interface de menus impecável: bonita, moderna, fácil de navegar e, em contraste ao nome, extremamente "clean". As telas flutuam em um espaço vazio e a transição entre elas ocorre tridimensionalmente.

Como na grande maioria dos jogos de corrida, é no modo carreira que você libera novas pistas e carros, enquanto sobe no ranking geral e ganha acesso a corridas cada vez mais avançadas. A vitória garante dinheiro para comprar novos carros e pinturas - nada de equipamentos aqui. A customização avançada é possível, mas é adequada apenas aos experts no assunto.

Para felicidade daqueles que não gostam da complexidade dos simuladores de corrida à "Gran Turismo", este vai direto ao assunto, sem obrigar o jogador a passar horas em menus ajustando seu carro. No máximo, ele terá que reparar os danos do veículo e pagar por isso. Chegando a hora de competir, uma tela mostra estatísticas e dados interessantes sobre suas corridas enquanto você espera o carregamento do jogo. Nada mais conveniente.

Fazendo jus ao nome

"Dirt" é aquele típico jogo de corrida que, de tão bem equilibrado, causa prazer. Sua física não é hiper-realista, como a dos simuladores, e nem totalmente absurda, como os jogos arcades. É adequada, e ponto. Os carros são bastante rápidos e leves em geral, mesmo os de grande porte. A dirigibilidade é suave, permitindo que mesmo as curvas mais fechadas sejam feitas com bastante naturalidade, mantendo o ritmo dinâmico. Existe uma sutil mudança no controle dos veículos de diferentes categorias, mas nada que fuja muito da descrição acima.

As pistas são cheias de obstáculos, como buracos e lombadas, que exigem total concentração do jogador, caso contrário, seu carro poderá facilmente sair do percurso - o que pode ser um pouco frustrante, principalmente durante as primeiras horas de jogo. É aí que vemos o quão importante pode ser a vibração no controle, que no caso do Xbox 360, garante ainda mais imersão ao jogador. Vale lembrar que não é possível se distanciar muito do percurso, ou você será automaticamente transportado de volta e poderá perder alguns preciosos segundos.

A variedade de obstáculos, terrenos e cenários é alta, dando a cada uma das pistas uma atmosfera única e inconfundível. Uma delas, por exemplo, é tão rica e extensa que começa em uma floresta cerrada, com árvores altas que impedem a passagem de luz, passa por uma rodovia em meio ao deserto e termina em um pequeno vilarejo. Um sistema de deformação do terreno seria muito bem-vindo - ao menos os carros deixam marcas nas curvas - mas isso a gente deixa para o promissor "Sega Rally Revo".

Defeitos não, imperfeições

Não bastasse a física impressionante, o sistema de danos é tão avançado que até o final de uma única corrida, seu carro pode ficar apenas na carcaça, perdendo a lataria gradualmente, conforme as colisões. E não é só o veículo que sofre com sua barbeiragem: objetos espalhados pelos cenários, como placas, "guard rails", lonas, pneus etc, são derrubados ou mesmo arremessados com as colisões.

Seu carro não só perde partes da lataria como também ganha arranhões, marcas de batida e sujeira (como lama e areia) ao longo do percurso, tudo com um nível de realismo impressionante. Experimente uma colisão ou capotagem enquanto dirige com a câmera interna e sentirá na pele a grandiosidade do estrago.

Falando em câmera, existem seis, incluindo duas internas, com detalhes do console e volante do veículo e as mãos do corredor. A visão do chassi, mais próxima do chão, é ideal para apreciar o ótimo trabalho sonoro de "Dirt". O som do pneu em contato com os mais diversos tipos de terreno é como música para os ouvidos, de tão definido. A parte musical é boa, com melodias que vão das mais agitadas às mais agradáveis. Contudo (e infelizmente), são restritas aos menus.

Enquanto a modalidade single-player possui diversos tipos de corrida, que vão do tradicional percurso único (com o auxílio de um co-piloto), até a provas com voltas e múltiplos carros simultâneos, o multiplayer sofre com a falta de variedade. Os únicos tipos de corrida disponíveis são justamente aqueles que não envolvem todos os corredores ao mesmo tempo. É como se a modalidade estivesse ali só para dizer que ela existe.

Um problema particular da versão para PC é a taxa de quadros inconstante, que se agrava nas corridas com múltiplos carros simultâneos - a não ser que você tenha um supercomputador.

Se sujar faz bem

Aos fãs de jogos de rally, "Dirt" é indispensável. Nunca um jogo de corrida off-road traduziu tão bem o prazer, o desafio e a adrenalina de dirigir por percursos esburacados e imprevisíveis. A variedade e extensão do modo para um jogador garante dezenas de horas de pura diversão - ao contrário do limitadíssimo multijogador.
Veja também
Videoanálise de "DiRT"