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Análises
Hour of Victory
Xbox 360
"...não só peca em todos os aspectos, como deixa defeitos e improvisações (...) aos olhos do jogador."


02/07/2007
da Redação

Na indústria dos games é comum empresas se aproveitarem da moda gerada por uma determinada franquia e explorá-la à exaustão. Isso acontece devido à dificuldade de instaurar novas idéias aos jogos eletrônicos, já que criatividade nem sempre é sinônimo de lucro. Basta olhar a quantidade de clones de "Pokémon", "Brain Age" e "Grand Theft Auto" para notar o nível de estagnação.

Desde o final da década de 80, a Midway é uma das produtoras que, na medida do possível, tenta injetar criatividade e inovação em seus títulos, mas isso não a impediu de cair na tentação dos clones. Não bastasse a saturação dos jogos de tiro em primeira pessoa baseados na Segunda Guerra Mundial, "Hour of Victory" traz a mesma premissa de games como "Call of Duty" e "Medal of Honor", mas sem o mínimo de polimento. Para falar a verdade, é tão ruim que questionamos como uma empresa experiente e competente foi capaz de levá-lo às prateleiras no estado em que se encontra.

Exército de um homem só

Há algum tempo, os jogos de guerra vêm usando, como artifício para imersão, histórias sobre valores humanos, personagens com sentimentos, cenas de animação dramáticas e trilha sonora cinematográfica. Tudo para envolver o jogador no universo ameaçador e intenso da guerra. Indo contra a maré, "Hour of Victory" coloca o jogador no campo de batalha sem dar muitos detalhes do contexto histórico, da locação, dos personagens ou mesmo de sua missão.

Você sabe apenas que seu objetivo é alcançar a estrelinha mostrada no radar e matar tudo que se mover. O jogo até tenta introduzir uma história através de animações esparsas e de baixíssima qualidade, mas de tão superficial e confusa, ela se torna inexistente.

São três personagens jogáveis, cada qual com uma especialidade: resistência, precisão e discrição. A seleção é feita antes de cada missão ou após ser derrotado. Mas com exceção de algumas habilidades inúteis, como o arrombamento de portas, os três são bastante parecidos.

Quase todas as missões se resumem em tiroteio aleatório. Basta avançar matando todos os soldados que encontrar pelo caminho que, quando você menos espera, a missão já acabou. De inteligentes, os inimigos não têm nada: a reação deles, ao avistá-lo, é correr para onde você estiver, parar e atirar. Mesmo que você revide, raramente saem do lugar. Para piorar, há momentos que eles nem se manifestam, permanecendo estáticos e sem atacar.

Para que atirar se uma simples pancada no inimigo é suficiente para eliminá-lo? Se ainda assim você preferir o ataque à longa distância, vale um único tiro no pé do oponente para fazê-lo cair morto. Já o jogador é extremamente resistente, principalmente se estiver com o personagem com tal especialidade.

Isso permite que você corra diretamente para seu objetivo, matando quem se aproximar com a maior facilidade, como se fosse um super-herói em plena Segunda Guerra. Tudo se resume a uma ação fácil e banal. Vez ou outra você controlará um tanque de guerra ou uma torre para eliminar aviões bombardeiros. A tentativa, porém, não é suficiente para deixar a ação mais variada.

Nem mesmo o modo multiplayer se salva. Além das opções extremamente básicas de jogo, como o deathmatch e o capture a bandeira, há um sério atraso de envio de dados, impedindo que suas ações sejam realizadas imediatamente. É comum, por exemplo, seu personagem atirar dois ou mais segundos após pressionar o botão.

O lado feio da guerra

Os cenários são genéricos e feitos sem um mínimo de inspiração. Todas as texturas são repetidas inúmeras vezes e carregadas conforme entram no campo de visão do jogador, revelando alguns blocos borrados. É como se o cenário estivesse sendo construído enquanto você joga.

Embora caixotes e escombros estejam espalhados por todos os lugares, nada é destrutível - com algumas raras exceções. As folhas das árvores são tão sólidas quanto concreto que fazem granadas quicarem. A falta de capricho na confecção dos cenários é tão evidente que torna-se impossível não perceber ao menos um defeito a cada fase, seja uma textura piscante ou uma improvisação da equipe de arte.

"Hour of Victory" é tão feio e mal-acabado que nem parece ter sido criado com a tecnologia gráfica Unreal Engine 3, que deu vida a alguns dos jogos mais bonitos já concebidos, como "Gears of War". Para compensar o visual desleixado, os efeitos sonoros traduzem bem a manipulação das armas de fogo - o mínimo para um jogo que se propõe em oferecer uma "autêntica" experiência de guerra.

A hora da derrota

Apesar de o mercado estar saturado de jogos de tiro em primeira pessoa baseados na Segunda Guerra Mundial, a maioria tem um mínimo de qualidade, ao contrário de "Hour of Victory". Este não só peca em todos os aspectos, como deixa defeitos e improvisações dos desenvolvedores aos olhos do jogador. Até os fãs do gênero devem manter distância, pois aqui não há comprometimento nem mesmo com a qualidade.