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Monster Madness: Battle for Suburbia
Xbox 360
"Apesar de seus problemas, (...) é um título muito bem intencionado..."


03/07/2007
da Redação

Em meados dos anos 90, em plena era dos 16-bit, a LucasArts e Konami uniram forças para criar um jogo de ação para dois jogadores cheio de sátiras e referências a filmes B. "Zombies Ate My Neighbors" não se tornou tão popular, mas atraiu uma razoável legião de fãs - tanto que até hoje é lembrado como um dos títulos de ação mais divertidos e engraçados da década passada.

Foi esse sentimento nostálgico que inspirou os designers da Artificial Studios e da Immersion Games a criarem "Monster Madness: Battle for Suburbia", que capta tanto a ação quanto o espírito satírico do jogo da LucasArts, enquanto atualiza mecânica e visual para os padrões da atualidade. O resultado é um título tão divertido quanto "Zombies Ate My Neighbors", principalmente se jogado cooperativamente com um ou mais amigos. Contudo, seu brilho é ofuscado por uma problemas em cascata.

Inspiração nos HQs

É bacana notar que alguns jogos ainda se preocupam em trazer uma apresentação visual diferenciada. No caso de "Monster Madness", os menus e seqüências animadas possuem cara de quadrinhos, em um estilo que é metade mangá, metade cartoon. Apesar de as ilustrações não serem excepcionais, dão mais personalidade ao título.

São quatro os personagens jogáveis: um nerd, uma gótica, um "mano" e uma patricinha. A mistura é intencional, pois dá abertura a uma infinidade de piadas e comentários (alguns não muito engraçados, diga-se de passagem). Infelizmente o único modo de jogo disponível na rede Xbox Live é o competitivo, com as clássicas partidas deathmatch e suas variações - que podem ser bem divertidas. Cooperação para quatro pessoas, só com quatro controles.

É na dublagem que começam os problemas. Sabe-se lá porque, os próprios criadores do jogo foram responsáveis pelas vozes dos personagens e inimigos, algo que pode ser constatado na tela de créditos e explica tamanho amadorismo.

Aqui a história não é importante: monstros surgiram no bairro e não há ninguém além dos adolescentes capaz de matá-los. E só. A câmera é aérea, como em "Zombies Ate My Neighbors", e trabalha com diferentes níveis de zoom para permitir que os jogadores se locomovam livremente pela tela sem saírem do foco.

Em geral, é bastante funcional, principalmente quando jogado em dupla. Já na cooperação entre quatro pessoas é comum a câmera subir demais, dificultando a visualização dos personagens nos momentos em que os monstros preenchem a tela. Aos jogadores solitários que se incomodam com a câmera superior e preferem ter um campo maior de visão, é possível posicioná-la atrás do personagem, como em um jogo de tiro em terceira pessoa.

Pequenas surpresas, ação de sempre

Basicamente, você passará a maior parte do tempo se locomovendo e enfrentando oponentes, enquanto coleta itens espalhados pelos cenários. Cada fase, no entanto, traz algo de novo, como veículos, momentos de corrida, vôo e quebra-cabeças, deixando o jogo mais dinâmico e menos repetitivo.

No começo, cada personagem possui sua própria arma de curta distância, além de um ataque especial. Os itens servem para montar armas novas e atualizar as já adquiridas. Apesar do arsenal variado (que conta com lançadores de CDs, granadas, metralhadoras, espingardas, armas de plasma e muito mais), a dificuldade para mirar nos inimigos e a necessidade de pressionar gatilho "R" até o fundo para a execução do ataque, tornam as batalhas um pouco frustrantes e cansativas.

E não é só neste aspecto que os controles pecam. O pulo, essencial em muitos momentos, é ativado ao pressionar o direcional analógico esquerdo, que também é utilizado para a mira, deixando as coisas um pouco complicadas. Além de a resposta para o comando ser lenta, os personagens não contam com uma animação própria para a ação e simplesmente saltam como se estivessem correndo.

Os controles são ainda piores quando falamos dos veículos. Cada um deles possui seus próprios comandos, que são explicados de uma única vez no momento em que você inicia a pilotagem - o que, por si só, já é bastante confuso. Dirigir e atacar simultaneamente pode ser uma tarefa muito difícil aos jogadores menos experientes. Faltou clareza e simplificação. Ao menos, quando jogado com os amigos e dependendo do veículo, é possível escolher entre o controle da arma ou direção.

A dificuldade elevada do modo normal também pode ser um problema, principalmente se você jogar sozinho. Não há nada mais frustrante do que passar vinte minutos coletando itens para aprimorar suas armas e, graças algum descuido seu, ser cercado de monstros e morrer. Se ao menos os itens coletados permanecessem em seu inventário e os "checkpoints" fossem melhor distribuídos pelas fases, a experiência bem seria menos frustrante. Portanto, nem queira saber dos outros dois modos mais difíceis.

Com alguma insistência, os jogadores mais experientes poderão contornar esses problemas. Contudo, visto que é intenção do título atrair também fãs do antigo "Zombies Ate My Neighbors", que hoje podem ser apenas jogadores casuais, tamanha complexidade pode afugentar os menos persistentes. Apesar de o modo fácil ser uma alternativa, nele você não consegue atualizar suas armas.

Frustrantemente divertido

Se você (conseguir) ignorar tais problemas, descobrirá um jogo altamente divertido e viciante, capaz de agradar qualquer saudosista da era 16-bits. Um dos melhores aspectos é a enorme diversidade de monstros e chefões. São mais de 60 tipos de oponentes, como zumbis, alienígenas, múmias, lobisomens, demônios, palhaços, vampiros e mais.

Cada um deles possui seu próprio estilo de ataque, movimentação, vozes e até mesmo uma curta seqüência de animação, quando encontrado pela primeira vez pelo jogador. Os chefes exigem certas táticas e estratégias para serem vencidos e possuem diversas "formas".

Os cenários possuem uma arquitetura competente e, em geral, um nível de detalhes bastante satisfatório - vale lembrar que o jogo usa a potente tecnologia gráfica Unreal Engine 3. Você passará por ruas caóticas, parques, estacionamentos, terreno baldio até mesmo um shopping center.

Quase todos os objetos espalhados pelos ambientes são destrutíveis ou se movem realisticamente com o impacto das explosões. A física está tão presente que pode até impressionar, como em certa fase, você ganha uma arma capaz de sugar dezenas de objetos simultaneamente, fazendo-os dançar no ar. Ao soltar o botão de empuxo, todos são lançados com força, ao mesmo tempo, enchendo a tela de objetos voadores e matando os inimigos que estiverem em frente.

As músicas acompanham bem o ritmo da ação e o estilo cômico, com temas que lembram filmes de terror. O que irrita mesmo são as vozes dos personagens, tanto pelo amadorismo já citado quanto pela perceptível diferença de volume entre elas.

Ideal para saudosistas

Apesar de seus problemas, que não são poucos, "Monster Madness: Battle for Suburbia" é um título muito bem intencionado, capaz de gerar muitas horas de diversão quando jogado entre amigos. Contudo, se jogado sozinho, pode ser uma experiência excessivamente frustrante, principalmente pelo seu alto grau de dificuldade. Ainda assim, consegue captar muito bem o espírito do nostálgico "Zombies Ate My Neighbors", apresentando uma mecânica típica dos jogos da era 16-bits.
Veja também
Videoanálise de "Monster Madness"