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Análises
Project Sylpheed
Xbox 360
"... carrega o mérito de ser um dos mais belos jogos de combate espacial já feitos..."


18/07/2007
da Redação

Silpheed pode não ser muito conhecido, porém merece respeito por dois motivos: além de ter comemorado seu vigésimo aniversário no ano passado (o jogo original foi lançado no Japão em 1986 para PC e trazido no ano seguinte ao ocidente pela Sierra), foi um dos primeiros jogos de nave e tiro em 3D da história - se não o primeiro.

Após passagens pelo Sega CD e PlayStation 2, a franquia chega ao Xbox 360 completamente reformulada, trazendo uma mecânica de jogo de combate espacial, que mescla a complexidade da simulação com o dinamismo do arcade.

A política do futuro

A história ganha maior profundidade em "Project Sylpheed", contada através de mais de uma hora de sequências de animação em 3D, que embora não carreguem a mesma qualidade gráfica de outros trabalhos da Square Enix, como "Final Fantasy XIII" ou "Kingdom Hearts", cumprem muito bem sua função narrativa. Ao contrário de outros títulos do gênero, o enredo não envolve o conflito entre raças de diferentes planetas.

Aqui o jogadoe é Katana, um jovem piloto em ascensão a serviço da força aérea da Terra, que em meados do século XVII, domina parte da galaxia de forma opressora. A história permeia os conflitos da Terra com o grupo opositor Adan, que defende a independência dos planetas e a queda do governo interplanetário. E neste cenário de conflito político Katana vê seu amigo de infância Margras tornar-se um membro do grupo Adan, dando um tom dramático à trama.

A profundidade do enredo também se aplica à mecânica de jogo, que em uma primeira instância pode parecer bastante complexa, devido a necessidade de uso de ambos os gatilhos e botões de ombro do controle (para mover e atirar, respectivamente), além dos frontais para troca das armas e manobras bruscas. Você pode também dar ordens para seus parceiros usando o direcional digital, o que dá um toque estratégico às partidas.

A quantidade de informação na tela é de assustar: quase todas as naves, aliadas ou não, possuem ícones e nomes que as acompanham. Pequenos marcadores permitem a identificação rápida dos objetivos primários e secundários de cada missão. A interface também é composta por radar, acelerômetro, informações sobre as armas e proximidade do alvo - que, para falar a verdade, não são tão úteis assim. Infelizmente não existe uma opção para desabilitar tais elementos. Ao menos existe uma câmera interna que elimina parte das informações da interface. Isso, contudo, limita o campo de visão do jogador.

Apesar da dificuldade em manter ambos os dedos indicador e médio nos quatro botões de ombro, é bastante gratificante avançar no jogo e perceber que o esquema de controle, tão complicado no começo, pode ser domado com um pouco de prática. O combate também é facilidado pelos (belos) rastros coloridos deixados pelas naves oponentes, que indicam sua trajetória, além de armas de mísseis teleguiados. Basta manter o botão pressionado, aproximar sua mira das naves oponentes e soltar o botão para lançar dezenas de mísseis simultâneos (como em "Star Fox 64" ou "Panzer Dragoon"), que preenchem a tela, formando desenhos enquanto perseguem seus alvos. O efeito visual é impressionante.

Ralo em variedade

"Project Sylpheed" é baseado em missões e, entre cada uma delas, jogador pode usar os pontos adquiridos durante a fase para comprar novas e melhores armas para a nave. Quanto melhor a performance na missão, mais pontos se ganha. O problema é que "Project Sylpheed" peca pela falta de variedade de suas missões. Todas elas se passam no espaço, em ambientes completamente abertos e quase sempre obrigam a aniquilação de uma determinada quantidade de inimigos antes do tempo acabar. Depois de algumas horas, o jogo torna-se previsível. Você simplesmente sabe que a missão começará com algumas naves inimigas e terminará com a chegada de reforços, incluindo grandes fortalezas.

Obviamente existem missões do tipo escolta e perseguição, como qualquer bom jogo de combate espacial. Contudo, não são suficientes para dar ao jogo a variedade que ele merecia. Fases com caminhos pré-determinados ou missões que se passasem na superfície de planetas, como em "Star Fox 64" poderiam dar conta do recado.

Embora não seja graficamente inovadora, a direção de arte é, sem dúvida, um dos pontos fortes do jogo. O espaço é muitas vezes representado com certa liberdade artística, contando até com nebulosas que estão mais para nuvens em determinadas missões - é estranho, mas ao mesmo tempo belíssimo. Os cenários não se resumem ao pretume, muito pelo contrário. São sutilmente coloridos, apresentando degradês, planetas imensos e ricos em detalhes, que em conjunto com projéteis, raios lasers e rastros deixados pelas naves, compoem um verdadeiro espetáculo de cores e efeitos visuais.

Ao destruir naves de grande porte ou fortalezas espaciais, explosões homéricas tomam conta da tela. Mantendo uma certa distância o efeito chega a impressionar, porém, basta vê-lo mais de perto para notar que tudo não se passa de um truque envolvendo texturas, acabando completamente com a magia. Já as texturas das naves são competentes, e não parecem borradas mesmo quando muito próximas da câmera.

Para completar, a trilha sonora traz músicas eletrônicas ao estilo trance, captando muito bem o clima denso e dramático das batalhas e da temática futurista. De tão bem compostas, algumas são altamente emocionais, que em conjunto do já mencionado espetáculo gráfico, proporciona uma experiência audiovisual profunda e sinestésica.

Viagem para o infinito

"Project Sylpheed" carrega o mérito de ser um dos mais belos jogos de combate espacial já feito, não apenas pelo visual, mas pelo conjunto da obra. Contudo, não se preocupa em trazer uma experiência realmente nova no gênero, apresentando missões baseadas somente em destrua o alvo e raramente deixa o óbvio de lado. Isto não quer dizer que se trata de um título mediano (muito pelo contrário), apenas não traz nenhum tipo de inovação.
Veja também
Videoanálise de "Project Sylpheed"