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Análises
Prince of Persia Classic
Xbox Live Arcade
"Faltou o original, mas sobrou capricho e aplicação no design e nas novas características..."


15/06/2007
da Redação

Em tempos de profusão de remakes, decepções e surpresas são bastante comuns, mas uma coisa já ficou clara nos serviços de venda de jogos casuais: é preciso buscar um equilíbrio, mantendo a essência do clássico em questão sem deixar de acrescentar elementos que o tornem atraente em tempos atuais. "Prince of Persia Classic" é certamente um dos melhores exemplos de como ressuscitar um grande hit.

Na verdade, não é a primeira vez que a Ubisoft "ressuscita" a franquia, que nasceu em 1989, obra de Jordan Mechner, e promoveu, na época, uma revolução em termos de captura de movimentos; graças à famosa trilogia, a produtora foi a responsável por reviver "Prince of Persia", tempos após o terrível "Prince of Persia 3D", lançado pela Red Orb em 1999, que quase enterrou a série.

Agora, em uma "tacada de mestre", a Ubisoft traz ao Live Arcade "Prince of Persia Classic", um remake da aventura original baseado em algumas características da trilogia. É a oportunidade perfeita para relembrar uma das maiores pérolas do entretenimento eletrônico ou, para aqueles que só jogaram "Sands of Time", "Warrior Within" ou "The Two Thrones", poderem enfim conhecê-la.

Pegando leve

Assim como no original, o jogador assume a pele do Príncipe e tem a nobre missão de salvar a princesa, aprisionada pelo terrível Jaffar. O problema é que há exatamente 60 minutos para percorrer as 14 fases e salvar a moça de se casar com o vilão. Com visão em 2D (ou 2.5D, como há quem prefira se referir em relação ao remake), a aventura é regada a armadilhas, plataformas, duelos de espada, poções mágicas e muitas outras coisas que, para nossa sorte, insistem em não sair de moda.

Sim, é um jogo difícil. Bem difícil. Daqueles que tiraram o sono de muita gente (pergunte a quem jogou o original, se você não teve a oportunidade de fazê-lo). Mas a produtora francesa é esperta e para não espantar os jogadores interessados em diversão casual, criou mecanismos que facilitam a missão. Para começar, cada fase possui um checkpoint, belo consolo considerando que morrer é algo freqüente em "Prince of Persia" - o jogador pode recomeçar de onde parou quantas vezes quiser, mas o tempo nunca volta aos 60 minutos originais.

Além disso, existe a opção de ativar uma pequena borboleta brilhante que mostra o caminho correto. Tendo completado a fase, é possível também ativar um "fantasma" ao jogá-la novamente, para tentar superar o seu próprio desempenho. Aliás, a princesa é salva mesmo se o game for terminado após o tempo determinado - contudo, o final é diferente.

Tão bonito quanto dança do ventre

Para aqueles que já experimentaram o original, o maior impacto está mesmo nos gráficos: para um remake, são simplesmente incríveis, com inspiração direta nos jogos da trilogia, principalmente o design do Príncipe. O protagonista, aliás, consegue fazer algumas acrobacias extras, entre pulos e "caminhadas" na parede, mas nada que mude muito a fórmula original, embora haja inimigos e enigmas inéditos.

Se em 1989 a movimentação do personagem já era realista, agora com as novas texturas e efeitos visuais, parece que o tempo simplesmente não passou para "Prince of Persia". Há até algumas animações que contam a história do jogo, entre uma fase e outra. Não é nada de cair o queixo, mas para o nível do Live Arcade, está fantástico.

O som, concentrado nos efeitos do cenário e reações do protagonista (ou seja, sem músicas), não mudou muito. O mesmo não pode ser dito em relação aos controles, que transportados para a alavanca analógica do controle do Xbox 360 ficaram menos precisos. Dada a extrema minúcia exigida ao se movimentar entre pisos falsos, plataformas, arestas, é comum errar na dose e se dar mal.

Os duelos de espada exigem basicamente dois botões, um para atacar e outro para se esquivar. No começo, os adversários são moleza, mas nas fases mais avançadas alguns dão trabalho e acabam obrigando o jogador a voltar parte do caminho muitas vezes. As fases, embora tenham um andamento linear, oferecem diversos esconderijos, lugares sem saída etc., o suficiente para gerar muita perda de tempo.

O game ainda traz duas variações do modo principal, Time Trial and Survival, e os habituais 200 pontos em conquistas para o Gamerscore, que vão desde achar objetos perdidos até terminar a aventura sem morrer no Survival Mode.

Ironicamente, a maior queixa de "Prince of Persia Classic" é a lamentável ausência da versão original no pacote, que acaba jogando contra o próprio trabalho da produtora francesa, à medida que a nova geração de jogadores perde a oportunidade de comparar o antigo ao remake, constatando a evolução.

Tão bom quanto antigo

Por 800 Microsoft Points (US$ 10), "Prince of Persia Classic" dá uma aula sobre como um remake deve ser. Faltou o original, mas sobrou capricho e aplicação no design e nas novas características de um jogo cuja fórmula parece não ter envelhecido, mesmo após quase 20 anos. E não se trata apenas de nostalgia: há desafio de sobra até mesmo para aqueles que se julgam craques no joystick. Experimente e veja por si mesmo.
Veja também
Videoanálise de "Prince of Persia Classic"