UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

DS

Advance Wars: Days of Ruin

27/02/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Quando "Advance Wars" surgiu para o Game Boy Advance, em 2001, provou que jogos de estratégia podem funcionar bem até mesmo em portáteis. Seu sucesso abriu as portas para uma memorável linhagem de jogos subseqüentes, fortalecendo uma franquia criada ainda nos tempos do Famicom - a versão nipônica do Nintendo de 8-bit - mas que até então nunca havia conseguido provar sua força e sair do Japão.

Quase três anos depois de seu último capítulo, "Advance Wars: Duel Strike" - e de dois jogos de ação paralelos chamados de "Batallion Wars", o primeiro para GameCube e outro para Wii - a série volta com "Advance Wars: Days of Ruin", que traz grandes mudanças, tanto em seu funcionamento quanto em sua ambientação, revitalizando vinte anos de tradição.

Dias sombrios

Estratégia e tensos combates
A diferença mais radical em "Days of Ruin" está em sua apresentação. É um jogo que agora se leva muito mais a sério do que os anteriores. Enquanto os outros eram extremamente coloridos e recheados com unidades e personagens fofinhos, este novo episódio se mostra muito mais sombrio e com uma narrativa bem mais complexa, que ignora os outros capítulos da série.

Depois de uma chuva de meteoros, o mundo como era conhecido foi destruído e a maioria da civilização foi extinta. Em um cenário bem ao estilo "Mad Max", acompanhamos o jovem cadete Will ser resgatado pelo heróico Comandante Brenner e seus soldados. O grupo parte então em uma jornada em busca de sobreviventes, sem muitas surpresas, em missões que parecem servir apenas para apresentar a mecânica do jogo.

Por volta da metade da trama, as coisas começam esquentar. A dificuldade das batalhas aumenta consideravelmente à medida em passamos a testemunhar uma tensa disputa política entre duas facções, o que não só coloca os homens de Brenner em uma situação delicada, mas também resulta em uma grande tragédia. Algumas missões depois, com o aparente desfecho do impasse, o jogo surpreende com a continuação da jornada dos heróis por mais cinco ou seis missões, concluindo o enredo de uma maneira surpreendentemente poética.

Ainda que alguns dos diálogos soem exagerados ou simplesmente bobos - o que pode ser resultado de um trabalho medíocre de tradução - a boa história deixa claro que a desenvolvedora, no caso a veteraníssima Intelligent Systems, não quis apenas criar um bom roteiro para um jogo de estratégia, mas também construir uma nova base para os futuros capítulos de sua franquia.

Definindo a estratégia

Planeje seu ataque
Os combates de "Days of Ruin" acontecem de maneira semelhante aos outros jogos da série, com um mapa, dividido em quadros, onde os exércitos executam suas manobras em turnos alternados.

Algumas unidades são diferentes das mostradas em "Duel Strike", mas o número delas ainda fecha em 26, entre as de terra, água e ar, e agora a ação ocorre em apenas uma tela, deixando a segunda responsável por exibir estatísticas e outras informações necessárias.

As tais unidades se enfrentam seguindo o esquema de pedra-papel-tesoura, ou seja, a unidade X tem vantagem sobre a unidade Y, que tem vantagem sobre a unidade Z. Mas ainda existem variáveis que influenciam no resultado, como combustível, munição, terreno e a experiência adquirida com a derrota de inimigos, deixando os combates bem dinâmicos.

Outro fator decisivo nas batalhas está na figura do CO, o Commanding Officer, que funcionava mais ou menos como o ataque aéreo que salva seu exército na hora crítica na maioria dos jogos de estratégia. Agora os COs contribuem mais para a estratégia, pois devem ser acionados e posicionados no campo de batalha de forma que possam influenciar unidades próximas a ele, dando bônus especiais.

Mais mudanças

Mas não é só a história ou o campo de batalha que parece diferente. Com "Days of Ruin", a série recebeu uma grande faxina, e várias características e modos extras foram limados, incluindo a lojinha que disponibilizava personagens e mapas novos.

No lugar, o novo jogo apresenta apenas um modo de batalha livre, com todos os mapas habilitados logo de início. O resto integra um robusto modo multiplayer, que pode ser realizado por conexão local ou pela internet. As partidas são muito equilibradas e há ainda uma série de facilidades interessantes, como a possibilidade de criar e trocar mapas com outros usuários, chat com voz utilizando o microfone embutido do aparelho e outras opções de customização de partidas.

CONSIDERAÇÕES

Apesar da nova roupagem e da perda de várias características dos jogos anteriores, "Days of Ruin" ainda funciona como um legítimo jogo da franquia "Advance Wars". Ele está mais sombrio, mais adulto e mais enxuto, mas retém os combates dinâmicos e divertidos que fizeram da série um sucesso. A campanha principal, além de interessante, é desafiadora e o pacote é fechado com um modo multiplayer robusto, que aumenta sua vida útil consideravelmente. Não é só o melhor jogo de estratégia do portátil, mas também um dos mais polidos, entre todos os gêneros, para o DS.

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Advance Wars: Days of Ruin (DS)

    41 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nintendo
    Lançamento: 2008
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer online
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host