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Age of Empires: The Age of the Kings

20/03/2006

da Redação
"Age of Empires" praticamente dispensa apresentações. No PC, eternizou-se enquanto sinônimo de estratégia em tempo real, conduzida à mão de ferro pela Ensemble Studios, de Bruce Shelley, criador da série. O segundo episódio chegou a receber uma versão para PlayStation 2, distribuída pela Konami, mas fora essa apagada incursão, nunca mais foi além do teclado e mouse.

De fato, existe um tabu contra jogos de estratégia nos videogames, algo que o Nintendo DS, com a ajuda da tela sensível e da stylus, vem tentando superar. E "Age of Empires: The Age of Kings" é uma investida, no mínimo corajosa, não apenas por causa do tabu, mas também devido ao fato de que a principal responsável pela conversão foi a Backbone Entertainment, e não a Ensemble Studios. Como se não bastasse isso, o jogo não é em tempo real, mas sim em turnos.

Entretanto, para a felicidade geral da nação, "Age of Empires" é uma amostra de que, com competência e criatividade, é possível fazer conversões excelentes, aproveitando o potencial de cada plataforma. O que o jogo faz, na verdade, é unir o apelo de "Age of Empires II" à fórmula de "Advance Wars", cuja eficácia já é conhecida e garantida.

Pequeno notável

É claro que foi necessário diminuir um pouco as dimensões de "Age of Empires" para fazê-lo caber no portátil. O modo de campanha, por exemplo, traz uma para cada civilização presente - bretões, francos, mongóis, sarracenos e japoneses. Cada campanha possui cerca de seis missões, mas não se deixe levar pela impressão de que é pouco, pois há horas e mais horas diversão e desafios aqui.

Cada civilização tem suas próprias unidades e, no melhor estilo "Age of Empires", todos os personagens são reais. O herói dos bretões, por exemplo, é Ricardo Coração de Leão, enquanto os francos têm como líder Joana d'Arc. As campanhas podem ser jogadas em ordem aleatória se esforçam - com sucesso -, entre diálogos e pequenas animações, para adicionar fidelidade histórica à trama.

A dinâmica de jogo não é muito diferente do habitual visto no gênero: os recursos básicos são a comida e o ouro, obtidos com um moinho e uma mina, respectivamente, construídos nos locais adequados. Dependendo de quantas destas estruturas você tiver sob seu poder, maior a quantidade de recursos ganhos a cada turno.

O ouro é utilizado para construir estruturas e alistar unidades (são mais de 65 delas), enquanto as fazendas as mantêm devidamente alimentadas. A partir daí, não tem muito mistério: cabe colocar em prática o planejamento estratégico e tático, tomando as decisões certas, para vencer o adversário.

Não é magia, é tecnologia

"Age of Empires" divide-se em quatro eras: Dark, Feudal, Castle e Imperial. Obviamente, via de regra você inicia na mais primária delas e, atingindo os requisitos necessários, pode avançar para a seguinte, que habilita atualizações melhores para a infra-estrutura da sua civilização.

Por isso, o jogo é praticamente uma corrida pela tecnologia. São aproximadamente 50 atualizações que englobam melhorias para os aldeões (que basicamente são os responsáveis pelas construções), para a coleta de recursos, aperfeiçoamento para armas, armaduras e por aí vai.

A estrutura central da sua civilização é a prefeitura e, quanto mais delas você tiver, maior é o número de unidades que pode alistar para o seu exército. A exemplo do que costuma acontecer nos games do gênero, "Age of Empires" oferece estruturas específicas para cada tipo de unidade, como arqueiros, lanceiros e por aí vai.

Os combates são por demais simples, o que é até um pouco frustrante. Normalmente, ao encontrar um adversário no campo de batalha, não há muito a fazer além de escolher a opção "Combat" e assistir uma animação puramente simbólica na tela superior. O resultado final, baseado em variáveis simples, como, por exemplo, o tipo de unidade em questão - um lanceiro leva vantagem em relação à cavalaria, enquanto os arqueiros devem ser posicionados em pontos mais altos do mapa, com objetivo de aumentar o seu alcance. Além disso, é claro que conta pontos o fato de a unidade ser herói, ter uma armadura ou uma arma melhor.

Talvez as animações pudessem ser um pouco mais caprichadas, para dar um pouco mais de ação e movimento. Além disso, o sistema não dá muita oportunidade às surpresas ao longo das partidas, nem de variar muito táticas ou estratégias. É claro que existem alternativas como, por exemplo, atrasar o desenvolvimento do adversário dizimando suas minas de ouro e fazendas, mas nada que vá muito além.

No final das contas, as maiores surpresas ficam nas mãos dos heróis, que são mais fortes e têm alguns poderes especiais que lhe conferem vantagens em relação aos inimigos. Já as unidades especiais, como monges, são capazes de curar os aliados.

Por outro lado, se levarmos em consideração que os jogos para portáteis são caracterizados por partidas rápidas e práticas, às vezes, muita complexidade não é necessariamente bem-vinda. Ainda assim, algumas disputas de "Age of Empires" podem durar horas, mas o game permite salvar os avanços a qualquer instante, para alegria geral da nação (e da civilização).

Civilização na palma da mão

Além das campanhas, o jogo tem cenários individuais e um excelente modo multiplayer para até quatro participantes, com modalidades sem fio ou hot seat (por mais que o termo não se aplique muito a um console portátil), ou seja, jogando o turno e, em seguida, passando o portátil para as mãos do outro jogador.

A tela sensível do DS é quase fundamental para os habituados ao computador, oferecendo a solução mais prática para mover as unidades pela tela. Mas quem prefere o bom e velho direcional pode também desempenhar todas as funções com ele, sem qualquer empecilho.

Em termos de gráficos, "Age of Empires" não é lá um primor, mas isso é passível de perdão, à medida que o visual não é o mais importante nesse caso. A visão isométrica lembra muito a série "Civilization", sem animações, efeitos visuais ou detalhes para as paisagens.

A trilha sonora traz músicas que logo enjoam, embora sejam agradáveis e procurem reproduzir o clima épico de "Age of Empires". Tecnicamente, o game está longe de ser brilhante, mas ainda sim é muito bom, tanto para aqueles que querem se divertir por alguns minutos quanto para os estrategistas de plantão, em busca de grandes desafios.

CONSIDERAÇÕES

No início, "Age of Empires: The Age of Kings" causa suspeitas, mas a conversão para o portátil de duas telas é uma grata surpresa e quem gosta do estilo consagrado por "Advance Wars" terá em mãos (literalmente) um verdadeiro banquete.

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    Age of Empires: The Age of the Kings (DS)

    41 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Majesco
    Lançamento: 14/02/2006
    Distribuidora: Majesco
    Suporte: 1-4 jogadores
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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