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Chibi-Robo: Park Patrol

09/10/2007

HENRIQUE SAMPAIO
Colaboração para o UOL
"Chibi Robo: Park Patrol" consegue levar ao DS todas as qualidades que fizeram do título original para GameCube um dos jogos mais divertidos e inteligentes da geração passada. Só que agora o robozinho de bom coração (se é que ele possui um) tem a difícil tarefa de trazer de volta o verde de uma metrópole, plantando flores em um parque abandonado.

Jardinagem no DS

A mecânica é basicamente a mesma que consagrou o anterior, porém com menos porções de "plataforma" e mais de gerenciamento. Além disso, com excessão do direcional e dos botões de ombro, todas as ações de Chibi são executadas através da tela de toque, que funciona com muita naturalidade. Você entrará em um mundo aberto (bem menor que o do jogo original, mas ainda assim grande), que pode ser explorado livremente.

Todas as ações de Chibi consomem uma determinada quantidade de energia, até mesmo andar, exigindo que você volte à Chibi-House de tempos em tempos para recarregar (ou encontrar uma tomada nos becos da cidade). No começo é preciso recarregar a todo instante, já que o robozinho inicia sua missão com uma bateria limitadíssima.

Toda boa ação realizada pelo jogador lhe garante Happy Points, os quais são transformados em energia durante sua visita à Chibi-House, que além de servir para recarregar o robozinho, pode ser usada também como dinheiro. Existem dezenas de itens, equipamentos, veículos e habilidades para serem comprados, incluindo baterias mais potentes e brinquedos para o parque. Mas, para isso, é preciso fazê-lo florescer.

Chibi conta com uma série de ferramentas que o auxiliam em sua tarefa de jardinagem. Ao encontrar um broto no solo, é preciso usar uma seringa de brinquedo para regá-lo até que uma flor cresça. Em seguida, você deve ativar a vitrola e girar o disco ao ritmo da música para que o robo dance com a plantinha. Se a música não desafinar, ela libera novas sementes, que resultam em mais brotos para seu jardim.

As flores também ganham cor dependendo de onde são plantadas, sendo que as brancas são as únicas capazes de semear. Embora não façam diferença para o jardim, as flores coloridas são importantes para o dono da floricultura, que a cada dia do jogo dá preferência para uma cor. Embora ele compre quaisquer tipos de flores, aquelas com a cor do dia lhe garantirá muito mais Happy Points, tal como as flores multicoloridas, que aparecem raramente.

"Park Patrol" também conta com um sistema de passagem do tempo, tal como seu antecessor. Cada dia começa pela manhã, passando pela tarde e noite, em tempo real. Ao término, você volta automaticamente para a Chibi-House, onde é realizada a contagem de flores de seu jardim.

Carisma de sobra

Outro elemento do original que foi mantido com louvor é a total não-linearidade. Além do próprio parque, você pode explorar a cidade (que consiste em algumas lojinhas e becos) livremente, onde encontrará caixas aleatoriamente com itens especiais e alguns personagens com quem pode interagir e recrutar para sua missão. Como sempre, todos possuem carisma e humor inquestionáveis, como os mascotes de refrigerante Pop e Fizz, dois pinguins que vivem brigando ou a marionete com sotaque francês.

O companheiro de Chibi, o medroso Telly Vision, foi substituído por um robozinho rosado viciado em internet, responsável por algumas das melhores piadas do jogo. Contudo, sua constante visita à Chibi-House e a necessidade de ouvir suas frases todas as vezes que precisar recarregar sua bateria, acaba se tornando um teste de paciencia.

Após recrutá-los, você pode incrementar seu parque com inúmeros itens de decoração, que lhe garantem mais Happy Points ao final do dia, áreas de solo fértil para que mais flores possam crescer ou brinquedos, cada qual com um minigame. Estes são bobinhos, mas ajudam a variar ainda mais o jogo.

Embora seja não-linear, dificilmente você empacará por não saber o que fazer. A exploração nunca se torna frustrante pois sempre haverá alguém para interagir, itens para colecionar e novos lugares para descobrir, ainda que o mundo de "Park Patrol" não tenha a imensidão do jogo original.

Como de costume, sempre há alguém para estragar a festa e desta vez são os Smoglings, criaturinhas nefastas e arredondadas que dançam com suas flores, tornando-as pretas e acabando com a alegria de seu parque. Embora não apareçam frequentemente, é preciso lidar com elas o mais rápido possível, evitando assim a destruição de partes do jardim que você criou com tanto cuidado. Para isto, basta esguichar algumas gotas d'água com sua seringa para que elas explodam ou esmagá-los com seu carrinho se brinquedo controlável.

Além deste, existem outros veículos para serem usados, como a bicicleta, o barco e mais, que agilizam sua locomoção pelo imenso jardim. Cada um deles possui seu próprio esquema de controle, combinando o direcional com a tela de toque - o que não é lá muito fácil de se acostumar. Nessas horas a câmera é um desastre, pois não permanece atrás do personagem constantemente, impedindo a visualização do caminho. Para piorar, o ajuste também se encontra na tela de toque. Isto é, é preciso parar completamente o veículo, ajustá-la e voltar a acelerar. Por sorte, este é um dos únicos pontos defeituosos de todo o jogo.

Um parque em suas mãos

O visual de "Park Patrol" não é exatamente uma beleza, pois muitos detalhes e texturas acabam sendo sacrificados a favor de um mundo aberto e (razoavelmente) grande, sem telas de carregamento. Ainda assim, os gráficos contam com superfícies metalizadas, como o corpo do próprio Chibi, efeitos especiais de borrão e algumas outras surpresas.

Ao habilitar o mapa de seu jardim, através do qual você tem uma visão geral de todo o imenso parque, você verá que a câmera do próprio jogo ascende em tempo real. Até mesmo a tomada presa à traseira do robozinho tende a seguir fielmente seus movimentos, de acordo com a física, o que também é bacana, dada as limitações do DS.

Um dos pontos fortes da versão original eram as animações, principalmente do próprio Chibi. Afinal, todo o carisma do robozinho dependia delas, já que ele não fala. No DS a história se repete. Com as novas habilidades, Chibi fica ainda mais carismático. Com excessão de um dos soldados Ranger, um brinquedo em forma de ovo, todos os outros são inéditos e contam com vozes (do tipo aleatório, como em "Banjo & Kazooie") e música tema próprias. Estas também são supercativantes, daquelas que ficam na cabeça por horas, por mais bobinhas que sejam.

CONSIDERAÇÕES

O simpático robozinho mostra mais uma vez porque deve entrar para a lista de mascotes da Nintendo. "Chibi-Robo: Park Patrol" possui a mesma fórmula equilibrada, divertida e inteligente que consagrou o original. A mecânica de gerenciamento é concreta e combina perfeitamente com o estilo da série. São tantas surpresas agradáveis ao longo do jogo que você esquecerá dos raros momentos de frustração. Não se deixe enganar pelo estilo infantil: este é um dos melhores e mais cativantes games do Nintendo DS.

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    Chibi-Robo: Park Patrol (DS)

    45 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Skip
    Lançamento: 01/05/2007
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1-2 jogadores
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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