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Elite Beat Agents

17/01/2007

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
"Parappa the Rapper" foi um dos pioneiros a popularizar um estilo de jogo que combinava música e ação baseada em ritmo. O sucesso do gênero continuou com os games "Dance Dance Revolution" e "Pump it Up", até chegar ao estrelato com "Guitar Hero", uma das mais marcantes franquias dos últimos tempos.

Nos portáteis, a oferta é mais escassa. Porém, em meados de 2005, a produtora iNiS lançou um game rítmico bizarro, baseado numa premissa de "garotos de torcida" que salvava o dia com suas canções. A temática de "Osu! Tatakae! Ouendan" já era esquisita, e ser "muito japonês" não permitiu que o game saísse de sua terra de origem.

Então, a iNiS resolveu adaptar o game para o ocidente. Não se trata de uma simples localização, mas uma reformulação completa do game, mantendo a mesma mecânica irresistível e as histórias amalucadas. Assim é "Elite Beat Agents", um game musical encantador e desafiante.

Homens de ritmo

Na versão ocidental, saem os estudantes japoneses e entram um grupo de agentes que resolvem os problemas do mundo com a música. É como se os Homens de Preto salvassem o dia com o poder da coreografia e do microfone. Se a premissa já é esquisita, os "casos" que os agentes enfrentam são ainda mais bizarros.

O funcionamento do game é simples. Como um game musical, o controle se baseia em ritmos. Mas, em vez de apertar botões, como nos games para consoles, você usa a caneta para tocar numa esfera indicada na tela. A hora correta de fazer isso é quando o círculo maior coincidir com o contorno da bolinha cheia, que vem com um número. A numeração indica a ordem em que se deve tocar nas bolinhas.

A maioria das indicações pede que você toque o círculo, mas também há locais em que se deve arrastar a caneta por uma trajetória e numa velocidade mostrada por uma esfera que percorre esse caminho. No final, e às vezes no meio da música, pode aparecer um disco, que deve ser girado o mais rápido possível para a obtenção de pontuações bônus.

Quanto mais preciso no ritmo, maior é a pontuação, obviamente. Ainda há um bônus multiplicador que aumenta a cada acerto. No entanto, um erro faz o multiplicador cair para o nível mais baixo. Mas conseguir manter sem erros é relativamente difícil em "Elite Beats Agents", pois as marcações de ritmo, muitas vezes, não são óbvias.

Isso ajuda a equilibrar a dificuldade do game no ponto exato. Não é fácil demais e, mesmo as fases mais complicadas, podem ser superadas com treino. Na dificuldade normal (a de duas estrelas) em diante, alguns erros já bastam para a missão terminar com falha. É frustrante não conseguir passar de fase, mas "Elite Beats Agents" tem aquele carisma que instiga o jogador a "tentar só mais uma vez". No final, rende jogo horas a fio.

Uma vida simples

É difícil notar quando você está jogando, mas as historinhas que passam no decorrer do caso são hilárias. A turma de agentes vai ajudar um garoto a ficar com a babá; um artista renascentista do século 15 a convencer sua musa; e um taxista a levar uma mulher grávida para o hospital. Sobra até para celebridades com Paris Hilton e Nicole Ritchie, como faz supor um episódio em que duas loiras estão perdidas numa ilha deserta.

Tudo isso é contado com seqüências de imagens estáticas (ainda que com algumas animações) de quadrinhos japoneses. O game traz aquele jeitão exagerado nas poses corporais e expressões faciais. Não há meio termo. A arte é cativante. Ainda bem que há uma opção de replay para ver as histórias com calma e provavelmente rir bastante das situações absurdas. A tela de baixo mostra, além das marcações de ritmo, as coreografias impagáveis dos agentes.

A seleção musical inclui vários clássicos de diversos estilos, que cobrem épocas distintas. Tem, entre outras canções, Queen ("I Was Born To Love You"), Stray Cats ("Rock this Town"), Madonna ("Material Girl"), Deep Purple ("Highway Star") e Avril Lavigne ("Sk8er Boi"). Enfim, há para todos os gostos. A qualidade da reprodução chega a ser surpreendente, visto a capacidade do DS. Mesmo nos pequeninos alto-falantes do portátil, é possível ouvir um som competente. Mas, é claro, é muito melhor apreciar com um bom fone de ouvido.

Na maioria das vezes, as letras completam as histórias, como se vê na saga de um cachorro pug que está a 400 milhas de casa ao som de "Highway Star". E no episódio das loiras desmioladas - e ricas, provavelmente - nums ilha deserta, o acompanhamento é, venenosamente, "Material Girl".

A música que salva o mundo

Não há exatamente uma ordem para fazer as missões. Elas aparecem em grupos ao terminar todos os objetivos de uma série anterior. Elas ficam localizadas ao redor do mundo e você usa a caneta para mexer no globo. Não há muitas fases, mas, como o desafio é grande em algumas, a partida acaba se estendendo.

Depois de terminar o game, aparecem níveis mais difíceis. Não se trata apenas de fazer as mesmas fases novamente, mas também há episódios extras. Além disso, o game conta com uma divertida modalidade multiplayer para até quatro pessoas, seja em regras cooperativas ou competitivas. Existem alguns gargalos na conexão, mas não chega a atrapalhar. É possível jogar com várias pessoas tendo apenas um cartucho, mas nesse caso, como sempre, as opções são mais limitadas.

CONSIDERAÇÕES

"Elite Beat Agents" é bom exemplo de localização. Na verdade, foi totalmente refeito para o gosto do ocidente e sem perder a bizarrice e diversão do original. O game é simples e cativante, um "must" para os adoradores de um game musical. Trata-se de um dos jogos mais divertidos para o pequeno notável da Nintendo.

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    Elite Beat Agents (DS)

    22 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Inis
    Lançamento: 07/11/2006
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1-4 jogadores
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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