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Lost in Blue 2

30/03/2007

HENRIQUE SAMPAIO
Colaboração para o UOL
Carregado de uma boa idéia mas de uma mecânica de jogo mal resolvida, "Lost in Blue" fez parte da primeira leva de jogos para o DS. A premissa era interessante: dois adolescentes envolvidos em um acidente em alto mar se vêem presos em uma ilha tropical e precisam sobreviver, enquanto procuram uma forma de sair da ilha.

A fórmula, que misturava exploração de cenários, gerenciamento de recursos e um pouco de aventura, era extremamente cansativa e entediante. Esperava-se que a continuação recebesse alterações significativas na mecânica. Porém, ao que parece, "Lost in Blue 2" nada mais é do que uma versão reciclada do primeiro, sem algum tipo de aprimoramento.

Aquela velha história

Após um naufrágio, os jovens Jack e Amy, aparentemente os dois únicos sobreviventes, encontram-se sozinhos em uma ilha deserta, cercados por animais selvagens e plantas exóticas. A partir de então, ambos se acolhem em uma caverna e passam a trabalhar mutuamente para sobreviver - tal como o original. O jogo avança de acordo com sua exploração. A cada nova área visitada, eventos são destravados, que dão continuidade à história. Além disso, é preciso encontrar novos tipos de alimentos, animais e materiais que ajudarão na sua sobrevivência e em um possível plano de fuga.

Contudo, como qualquer ser humano, Jack e Amy sentem fome, sede e cansaço físico, atributos que são representados através de pequenas barras medidoras na tela superior. Tais medidores estão sempre diminuindo, obrigando-o a buscar constantemente por alimentos e água potável, ou então, a morte de um deles resultará no fim do jogo.

Você possui controle direto de apenas um dos dois personagens, sendo o outro totalmente passivo aos seus comandos. Para este, é possível dar ordens como "colete alimentos", "prepare uma refeição" ou "monte uma ferramenta". No entanto, é preciso "gerenciar" as necessidades de ambos, visto que a ausência total de inteligência artificial faz do segundo personagem um zumbi, que permanece imóvel a maior parte do tempo, mesmo estando a beira da morte. Isso torna seu personagem totalmente dependente do outro, comprometendo drasticamente a fluidez do jogo.

Durante a exploração você encontrará toda sorte de frutas, legumes e sementes, que podem ser consumidos instantaneamente ou aproveitados para uma refeição completa. Outra opção é a carne obtida através da caça de animais, que geralmente sustentam melhor que os outros alimentos, porém precisa ser cozida.

No entanto, dar de comer aos personagens parece de nada adiantar. Em questão de minutos eles voltam a ter fome. Nem mesmo uma noite de sono é suficiente para preencher o medidor de cansaço físico. Isto significa que você passará a maior parte do tempo tentando manter ambos os personagens vivos e, conseqüentemente, procurando por água e alimento nos mesmos lugares, dia após dia.

A rotina de um sobrevivente

Quando seus personagens parecem finalmente ter alcançado um bom estado e você passa a explorar os cenários, nada de relevante acontece. Os ambientes do jogo são extremamente pobres em interação e não oferecem muito o que fazer. A ausência de um mapa faz da exploração um dos elementos mais frustantes de todo o jogo, pois as áreas são como labirintos. Para piorar, não é aconselhável perder muito tempo passeando devido ao injusto sistema de necessidades dos personagens.

A rotina de cada dia dentro do jogo é extremamente repetitiva: saia da caverna, colete alimentos, suprima as necessidades dos personagens e, se sobrar tempo, explore uma nova área. Não existem checkpoints ou nada semelhante em "Lost in Blue 2", portanto, você terá que ir e voltar pelos mesmos cenários, sempre.

Alguns dos poucos elementos divertidos do jogo são os minigames, que acontecem durante ações específicas, como acender uma fogueira, cozinhar, caçar, ordenhar uma cabra etc. No entanto, tais ações são tão comuns que você terá que realizar os mesmos minigames várias vezes. Toda diversão proporcionada no início é convertida em tédio em questão de minutos.

Não bastasse a falta de dinamismo da aventura, a música é praticamente inexistente. Uma curtíssima melodia toca quando você acessa uma área nova, mas logo é substituída pelo som da floresta - que, aliás, serve como um ótimo sonífero ao jogador. Não há evolução gráfica alguma em relação ao primeiro jogo. Texturas, objetos e até mesmo os pífios quebra-cabeças do jogo foram re-aproveitados do anterior. Ao menos há algumas animações bonitinhas nos momentos que Jack e Amy trabalham simultaneamente.

CONSIDERAÇÕES

Depois de algumas horas, é difícil não se questionar sobre a funcionalidade da fórmula do jogo, pelo simples fato de ela não gerar diversão. Os poucos minigames e cenários novos de "Lost in Blue 2" parecem desculpa para o lançamento do título, que em nada muda em relação ao original.

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    Lost in Blue 2 (DS)

    6 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Konami
    Lançamento: 15/03/2007
    Distribuidora: Konami
    Suporte: 1 jogador
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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