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Pokémon Ranger: Shadows of Almia

09/12/2008

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
A franquia "Pokémon" é o carro-chefe da Nintendo desde a época do primeiro Game Boy. Os jogos principais da série costumam demorar anos para sair e, para diminuir o intervalo de lançamentos (e lucrar com isso, é claro), a companhia também criou várias séries paralelas. A linha "Pokémon Ranger", que estreou em 2006, é uma delas. Aqui foi introduzido um novo tipo de personagem no mundo dos pokémons: os rangers, que são uma espécie de patrulheiro que zela pela convivência pacífica entre humanos e monstrinhos.

A continuação "Shadows of Almia" não evolui muito em relação ao primeiro "Pokémon Ranger". É praticamente uma extensão do game anterior, com outro enredo e alguma melhoria na mecânica de jogo. O game continua sendo um RPG "light", com visual desenhado à mão e roteiro bastante linear. As batalhas são diferentes da série principal: não se usa outros pokémons para enfrentar os monstrinhos selvagens, mas um acessório especial, que serve para "estreitar laços de amizade" com as criaturas.

Curso de captura de pokémon

O game começa com o jogador entrando numa escola para formar rangers, que é pretexto para ensinar os diversos aspectos do título. Ou seja, é um grande (e inescapável) tutorial. Para um iniciante na série, essas explicações são uma boa maneira de introduzir os conceitos, mas deveria haver uma maneira de pular essa parte introdutória, pois, afinal, quase todas as operações são idênticas ao primeiro game.

As batalhas são o principal diferencial da franquia e foi um dos quesitos que mais sofreu reformulação. O objetivo continua sendo o mesmo: desenhar círculos em torno dos pokémons para acalmá-los. Mas, se antes era preciso cercar a criatura um determinado número de vezes sem errar, agora, cada monstro tem uma barra de energia, que precisa ser preenchida totalmente. Ou seja, desta vez, pode-se completar o trabalho por etapas, mas, se ficar um tempo sem conseguir laçar o inimigo, a energia vai decrescendo progressivamente.

A maioria dos combates não dura nem dez segundos, mas existem inimigos mais resistentes, sejam pokémons comuns ou chefes de fase, que demandam estratégia mais apurada e paciência. A dificuldade está em acompanhar alguns dos monstrinhos, principalmente aqueles mais velozes ou que costumam fazer fintas. Para que a laçada dê certo, o bichinho não pode encostar na linha, senão é desfeita. O jogador perde energia quando os ataques dos pokémons pegam no risco da caneta. Mas o jogador também conta com a ajuda de criaturas amigas para ajudar no processo de captura. Embora a mecânica de "combate" seja original e divertida no começo, a fórmula logo cansa, pois não há muita variedade.

Diga-me com quem andas...

Uma vez que um pokémon selvagem é pego, ele passa a acompanhar o jogador. No começo, pode-se ter até três desses monstros. Eles são úteis em duas situações. Na parte de aventura e exploração, podem interagir com diversos objetos no cenário: obstáculos como pedras e toras de madeira podem ser removidos usando pokémons com habilidades correspondentes. Uma árvore esconde criaturas, mas, para revelá-las, é preciso chacoalhar o tronco. Esse também é um trabalho para os monstros.

Os pokémons também prestam assistência nos combates. Eles usam ataques de trovão, água ou fogo, por exemplo, dependendo de sua classificação. Cada um dos golpes tem um efeito diferente - a eletricidade tem o poder de paralisar o oponente -, e cada monstro possui um ponto fraco, ou seja, existe certos tipos de ataque para cada pokémon que surtem mais efeito que o normal. Quem conhece a franquia deve saber de cor e salteado essa relação de forças.

De todo jeito, quando as criaturas fazem seu trabalho, seja na parte de exploração ou nas batalhas, voltam para a natureza. Mas isso não vale para os pokémons amigos, que ficam o tempo todo com o ranger. No total, existem 17 desses "friend pokémon", mas apenas um deles, por vez, pode acompanhar o personagem, Essas criaturas não interagem com os elementos no mapa, mas fazem assistência nos combates. Para isso, necessitam de uma energia especial, que é recarregada quando os inimigos são laçados.

Controle exemplar

O enredo é bem linear. Quase sempre, as tarefas começam no QG dos rangers e, no desenrolar dos casos, viram missões. Ao cumprir esses objetivos, sua patente vai aumentando, e, assim, o jogador vai ganhando mais facilidades, como um laço mais comprido ou a capacidade de capturar mais pokémons. Paralelamente, existem também as "quests" - novidade de "Shadows of Almia" -, que não são obrigatórias. Esses são favores que o jogador presta a diversos cidadãos, como quebrar pedras ou derrotar uma determinada espécie de criatura. A recompensa são melhorias nos equipamentos do protagonista. Também existem missões extras que podem ser baixadas por download.

Agora, o game conta com fases debaixo d'água. Elas funcionam do mesmo jeito que em terra, mas tem uma fauna exclusiva de pokémons, ou seja, não se pode levar esses monstros para fora d'água e vice-versa. Como o título diz, o jogador explora a região de Almia, bem conhecido dos velhos admiradores da franquia.

Se há alguma coisa que realmente funcione em "Pokémon Ranger: Shadows of Almia" são os controles. Nas cenas de exploração, é possível usar o direcional para controlar o protagonista, mas é muito melhor tomar proveito da tela sensível ao toque. Ao repousar a caneta na tela, o personagem vai para essa direção, e permite uma movimentação muito mais livre que usando o direcional. Além disso, pode-se verificar objetos e falar com as pessoas apenas tocando-lhes com a caneta, como um adventure de "apontar e clicar". Assim como o de "The Legend of Zelda: Phantom Hourglass", é um esquema de controle que os outros games deveriam perseguir.

CONSIDERAÇÕES

"Pokémon Ranger: Shadows of Almia" está mais para uma extensão do primeiro "Pokémon Ranger", de tão pouco que evoluiu. A mecânica de combate traz uma idéia interessante, mas, como martela incessantemente essa que é uma de suas únicas propostas, logo se torna cansativa e monótona. Por isso, quem jogou o primeiro game e não é nenhum grande fã de "Pokémon", não tem muitos motivos para enveredar pela continuação. Já para quem perdeu o "Pokémon Ranger" original, é melhor passar por ele e já partir para "Shadow of Almia", pois, por pouco que seja, houve melhoria na diversão. Além disso, não é preciso ter jogado o primeiro jogo para entender o enredo, que é bastante simples.

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    Pokemon Ranger: Shadows of Almia (DS)

    44 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: HAL Laboratories
    Lançamento: 10/11/2008
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1 jogador, Nintendo Wi-Fi Connection
    RecomendadoAvaliação:
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