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Pokémon Trozei

12/04/2006

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
A franquia "Pokémon" é galinha dos ovos de ouro da Nintendo, que não hesita em lançar mais e mais jogos baseados nos lucrativos monstrinhos, enquanto prepara sua série principal - invariavelmente a mais vendido no ano em que é lançada no Japão.

Nem é a primeira vez que "Pokémon" vira um jogo de quebra-cabeça. A Nintendo já havia lançado "Pokémon Puzzle League" para Nintendo 64 e "Pokémon Puzzle Challenge" para Game Boy Advance, que eram cópias de um outro game da companhia, "Puzzle de Pon". "Pokémon Trozei" ao menos traz uma mecânica própria, ainda que não se distancie muito dos clássicos do gênero.

Pokémons caindo do céu

"Pokémon Trozei" é um quebra-cabeça de ação, que mistura regras de clássicos do gênero como "Tetris" e "Shapes & Columns". No caso, as duas telas são empilhadas com uma série de monstrinhos pokémon e o objetivo é apagar um número estipulado em cada fase. Para isso, você precisará juntar quatro criaturas iguais na horizontal ou vertical.

O diferencial aqui é o método de controle. Geralmente, em games assim, você controla a peça que cai, mas aqui se mexe uma coluna ou uma linha inteira com a caneta. Por exemplo, se você arrastar a caneta para a direita, a linha vai nesta direção e os pokémons que saírem da área delimitada voltam pelo lado esquerdo.

A mesma coisa acontece quando se arrasta os monstrinhos para baixo, ou seja, eles caem novamente do céu. Mas o deslocamento dos pokémons para cima é mais limitação. Só é possível mexer apenas um espaço, como se fosse um pulo, para depois retornar ao ponto de origem, caso não se consiga apagar a linha. Enquanto isso, mais e mais peças caem do alto, cada vez mais rápido conforme o nível de dificuldade. Quando toda a tela estiver preenchida, é fim de jogo.

Capturando sem parar

Para completar o objetivo, basta ir apagando as linhas ou colunas até capturar um número determinado de monstrinhos, mas, para ter ambições maiores, como fazer aparecer pokémons raros, é preciso compreender o sistema de "combos". Quando se apaga os quatro monstrinhos empilhados ou enfileirados, a tela fica verde, sinal que você acionou o modo Trozei Chance.

Durante um pequeno intervalo, de cerca de um segundo, você passa a poder apagar os monstros juntando apenas três peças. Se conseguir fazer isso, agora, é possível apagar quaisquer duas espécies que estiverem encostadas e isso dura enquanto a tela estiver verde. Conseguir apagar tudo na tela é um Trozei, que rende um bônus. Além disso, um pokémon raro pode aparecer.

É importante notar que mesmo durante o "combo" é possível continuar a mexer as peças. Quanto maior for a cadeia, maior a pontuação. Essas seqüências trazem uma vantagem adicional: fazem aparecer Dittos, que são pokémons que imitam outros, ou seja, é como um coringa nos jogos de baralho: ele pode ser usado no lugar de qualquer outro e são os únicos que podem emparelhar com os pokémons raros, que aparecem sozinhos, permitindo capturá-los. Mas você precisa ser rápido, pois esses monstros somem com o tempo.

A mecânica de "Pokémon Trozei" é até interessante, mas tende a perder o encanto muito cedo. É que o sistema ou é muito dependente da sorte ou uma estratégia rasa basta para chegar bem longe. E as modalidades de jogo são pobres e pouco variadas, seja para um ou dois jogadores.

Opções minguadas

A modalidade principal, pelo menos no início, é o Adventure, que traz uma pequena história. O jogador é apresentado a Lucy Fleetfoot, uma agente da SOL, sigla em inglês para Liga das Operações Secretas. Sua missão é recuperar os pokémons roubados por um grupo criminoso chamado Phobos Battalion. Simples assim.

Navegando pelo mapa, há uma série de instalações para visitar, cada uma delas com uma série de pokémons diferentes e regras que variam conforme o tipo do prédio. Nos laboratórios, que servem como uma espécie de tutorial, o objetivo é apagar todos os monstros na tela. Aqui, todos eles já estão nela, ou seja, não caem novas criaturas do céu.

A instalação básica são as Secret Storages e as Huge Storages, e a diferença está apenas no número de pokémons que se deve capturar - maiores no segundo tipo. Cada vez que você cumprir esses objetivos básicos, novos galpões vão sendo "descobertos" através de um satélite. Mas cada um deles também traz uma série de pokémons raros, e, ao conseguir cumprir a meta de pontos, ganha-se uma moeda, que é usada numa localidade especial, chamada Mr. Who's Den. Ali, a área é maior - é possível colocar sete criaturas numa coluna em vez das cinco habituais - e pokémons mais raros podem aparecer. Mas cada moeda dá direito a jogar apenas dois minutos.

Por fim, há as batalhas contra os generais da Phobos, mais para o final do game. O funcionamento básico é quase igual, mas os inimigos lançam mão de uma série de intervenções que atrapalham o jogador. Eles podem causar blecaute, deixando apenas o contorno dos bichinhos, ou substituir uma das criaturas por uma esfera branca, que só pode ser apagada com um Ditto. Mas a pior delas é um "ataque" que aumenta contagem em 50 quando se está quase cumprindo o objetivo. O truque é tentar usar bem os combos e fazer o oponente desmaiar.

O outro modo da para um jogador é o Endless, que, como o nome já diz, não tem fim. Aqui, o usuário pode jogar indefinidamente até que a tela toda fique cheia. Cada vez que cumprir uma cota de monstros apagados, o jogo sobe de nível, trocando os pokémons - inclusive os raros - e ficando mais difícil. A cada cinco níveis completos, você ganha o direito de iniciar uma nova partida a partir de um determinado ponto. Por exemplo, se parou na 43, você poderá recomeçar o jogo da fase 40.

O multiplayer traz apenas uma modalidade competitiva e outra cooperativa, sem grandes atrativos. Ao menos, é possível jogar com apenas um cartucho. Naturalmente, em cada um dos modos apresentados há uma série de monstrinhos raros para capturar.

Arte e som pop

Em títulos assim, do gênero quebra-cabeças, o visual costuma ser muito limitado. Mas, cada um dos ícones dos pokémons, geralmente trazendo somente a cabeça, está bem desenhado, trazendo a graciosidade e as características particulares de cada criatura. As animações são discretas, mas evitam que a tela fique muito estática.

A maior diferença está nas telas não-interativas, que trazem um estilo mais pop, parecido com os traços de Genndy Tartakovsky, o criador de "Laboratório de Dexter" e "As Meninas Superpoderosas". É uma mudança saudável, para não desgastar muito a imagem da série, que está em diversos outros jogos.

A trilha musical é formada por composições eletrônicas, bem agitadas. Tem aquela função de manter a animação, enquanto nas cenas de perigo, quando a tela está praticamente tomada, o tom muda para algo mais urgente. É um modo tradicional de usar a trilha sonora e as músicas cumprem bem o papel.

CONSIDERAÇÕES

"Pokémon Trozei" tem o mérito de utilizar bem a tela sensível a favor da mecânica de jogo, mas é uma pena que o sistema não seja profundo o suficiente para garantir uma longevidade maior. E com poucas modalidades para explorar, o título acaba se desgastando rapidamente, ainda que seja bastante satisfatório no início. Só quem é fã de "Pokémon" deverá se animar em capturar as 380 espécimes dessas lucrativas criaturinhas da Nintendo.

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    Pokémon Trozei (DS)

    27 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Genius Sonotity
    Lançamento: 06/03/2006
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1-2 jogadores
    RegularAvaliação:
    Regular

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