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Rhythm Heaven

06/04/2009

CLAUDIO PRANDONI
Colaboração para o UOL
Minigames com ritmo
Por mais que os jogos musicais tenham uma identidade fortemente atrelada a grandes acessórios, som em alto volume e visual exuberante para preencher uma linda telona de alta definição, não há como negar que o gênero também aparece com muita desenvoltura no Nintendo DS. E não se trata unicamente de exclusividade ocidental e o exótico Guitar Grip - periférico que busca imitar a sensação passada pelo controle-guitarra de "Guitar Hero".

O pequeno notável da Nintendo também é a casa de, por exemplo, "Osu! Tatakae! Ouendan", franquia que gerou aquele que conhecemos por aqui como "Elite Beat Agents". Há ainda as versões da série "Taiko: Drum Master", que também fazem bonito, conseguindo adaptar com criatividade para a tela de toque o sistema de batuque no taiko, uma espécie de tambor oriental.

Por fim integra agora este time "Rhythm Heaven", primeiro episódio ocidental de "Rhythm Tengoku", linha de títulos musicais da Nintendo criada pela mesma equipe dos malucos jogos da linha "WarioWare" - que parece ter sido referência no design.

Maluquices musicais

"Rhythm Heaven" é composto por diversos microgames, tarefas simples e muito ligeiras. O diferencial é que todas as brincadeiras exigem ser realizadas no ritmo da música de cada fase.

Não bastasse isso, a criatividade e o bom humor rolam soltos, gerando momentos hilários e cativantes, representados por gráficos muito coloridos e, em alguns casos, bem simplórios. O que para algum desavisado poderia soar como falta de capricho, acaba se encaixando no contexto como uma caracterização consciente, feita justamente para reforçar o lado fanfarrão e despojado do jogo. "Rhythm Heaven" não apenas diverte, como faz isso ocasionando em gargalhadas sonoras por parte do jogador.

Comercial japonês
Isso tudo por conta da criatividade quase aleatória dos joguinhos que usam movimentos simples de formas inusitadas e inventivas. O jogo é todo controlado pela tela de toque e são possíveis quatro movimentos distintos: tocar, segurar a caneta na tela, riscar rapidamente (como se estivesse acendendo um fósforo) e deslizar.

Com isso você irá encher robôs de gasolina, destruir naves alienígenas, colher beterrabas, fazer poções do amor, nadar com golfinhos e outras diversas encantadoras maluquices. Mais bacana ainda é que cada joguinho constitui uma narrativa própria, o que ajuda a prender a atenção e se esforçar para vencer cada um - assim é possível ver o desfecho daquele pequeno roteiro.

Cada série de atividades é composta de cinco blocos, sendo que o último é de algum ritmo muito marcante e animado (como tropical ou western spaghetti, lembrando bastante a trilha dos filmes "Kill Bill"). Vale ressaltar que não é apenas uma questão de passar nos testes. Uma vez que se passa de fase de forma quase infalível é conferida ao jogador uma medalha. Tais medalhas por sua vez abrem mais minigames, estes sem muito propósito, que estão lá apenas para conseguir altas pontuações ou brincar com o ritmo.

Por fim, ao conseguir a medalha em uma música, o jogador recebe esporadicamente o desafio de realizar novamente a fase sem errar nada, uma performance perfeita. Caso consiga isso são liberados extras no café virtual do game, e aí vão desde letras de músicas até textos que expandem mais as historinhas - como um hilário diário de um dos três pássaros militares do minigame "Blue Birds".

Making of e entrevista com Beyonce
Com tanta diversão e bom humor fica difícil apontar falhas em "Rhythm Heaven", mas jogar à exaustão acaba revelando alguns pontos que carecem de polidez. Por exemplo, os joguinhos poderiam disponibilizar uma opção para reiniciar imediatamente. Caso deseje fazer certo minigame desde o começo (seja porque errou muito a princípio e queira fazer melhor, por exemplo) é necessário retornar ao menu de seleção, escolher, ver a vinheta de introdução, pressionar o botão para interromper o treinamento (presente em todas as atividades, exceto os remixes) e aí assim começar.

Além disso, certos joguinhos possuem tarefas obscuras, difíceis de compreender mesmo com o treinamento. Incompreensão pode acabar dando vez à frustração e assim manchar uma produção tão competente.

Por fim, um ponto bem específico: as músicas vocalizadas. Um dos aspectos mais elogiados da versão japonesa de Rhythm Heaven são justamente as canções cantadas, com voz de boa qualidade e letras divertidas. Esta adaptação ocidental padece, porém, de frases bobas (ainda que singelas), uma qualidade de áudio que poderia ser melhor e - com uma falta de sincronia que pode atrapalhar. Não que seja exatamente ruim, mas fato é que a contraparte japonesa é muito melhor.

CONSIDERAÇÕES

Excelente na concepção e genial na realização, "Rhythm Heaven" é um jogo perfeito para o Nintendo DS, que explora bem as capacidades da tela de toque, proporciona sessões rápidas e marcantes de jogatina e ainda exibe o melhor do humor nonsense da Nintendo.Falhinhas existem, mas se apequenam perante tanta qualidade. Quem sabe uma nova versão não venha para corrigir isso - e quem sabe até ousar com um modo para vários jogadores?

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    GALERIA

    Rhythm Heaven (DS)

    29 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nintendo
    Lançamento: 05/04/2008
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1 jogador
    Outras plataformas: WII
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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