Grand Theft Auto: Chinatown Wars

da Redação

Depois do estrondoso sucesso de "Grand Theft Auto III" no Playstation 2, a Rockstar resolveu utilizar sua mecânica surpreendente em novos episódios temáticos - e assim nasceram "GTA: Vice City", influenciada pela efervescente Miami dos anos 80 com referências a "Scarface" e "Miami Vice", e "GTA: San Andreas", que capturou a tensão da "cena gangsta" da década de 90 com pitadas de filmes como "Boyz'n the Hood - Os Donos da Rua".

Com "Grand Theft Auto IV" batendo recordes de vendas no PC, Xbox 360 e no Playstation 3, a empresa dos irmãos Houser continua com a mesma abordagem, levando a ação do novo episódio para um capítulo temático inédito. A diferença é que a novidade chega ao portátil DS, com uma apresentação cheia de estilo e um enredo que explora conflitos no bairro oriental da mesma Liberty City que transformou Niko Bellic.

Sobre o enredo, nada melhor do que uma boa intriga familiar para transformar um mero soldado do crime em justiceiro, de uma hora para a outra. Em "GTA: Chinatown Wars" somos apresentados a Huang Lee, novo membro de uma das tríades locais que controlam o bairro. Guardião de uma relíquia familiar, Lee acaba declarando guerra a seu tio, um poderoso chefão, depois que seu pai é assassinado e o tal objeto é roubado.

Como o portátil da Nintendo obviamente não dispõe de todo o poder gráfico das plataformas que receberam "GTA IV", o estúdio Rockstar Leeds ficou encarregado do projeto, uma vez que se provou especialista em miniaturizar as franquias da empresa, como foi o caso de "The Warriors", "Manhunt 2" e "Vice City Stories" para o PSP. A opção da equipe foi abandonar todo o estilo gráfico do irmão maior e utilizar um novo design, com gráficos estilizados que simulam as ilustrações que dão vida às capas dos games da série, e uma visão superior que lembra os primeiros episódios para PC, mas com visual 3D e mais flexibilidade de câmera.

Apesar das mudanças radicais, a base do título segue os padrões da franquia. Você pode parar a qualquer instante para roubar carros, atacar pedestres e aceitar missões paralelas até resolver seguir novamente com a história. Os veteranos de "GTA IV" ainda poderão utilizar seus conhecimentos do tráfego, uma vez que "Chinatown Wars" mantém o mapa da Liberty City mostrada lá, ainda que sem o território de Alderney. Outras funções como o uso do PDA também continuam presentes - e aí entram as facilidades do DS, já que tal artifício é controlado pela caneta stylus, e até mesmo o microfone do console é utilizado para que o jogador possa assobiar para pegar um táxi, por exemplo.

Novas facilidades também exploram o novo enredo do jogo e seu potencial para gerar polêmica. Lee pode recrutar capangas pelas ruas e torná-los novos membros da tríade, com direito a um ritual de batismo que necessita que seja tatuado um brasão da organização com a canetinha do portátil. Também é possível sabotar os carros da polícia para evitar perseguições mais longas e até mesmo criar uma rede de tráfico de drogas local, com direito a minigames específicos para várias etapas do processo.