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THÉO AZEVEDO
Enviado especial a Los Angeles

Reaprendizado. É quase um sinônimo para a experiência de jogo com o controle do Wii. Por isso, arrisco até dizer que aqueles que nunca pegaram em um controle de videogame na vida, terão mais facilidade para jogar o console de próxima geração da Nintendo.

É claro que existem os títulos mais simples, como o demo tecnológico que lembra o clássico "Duck Hunt", do Nintendo 8 bits: basta apontar e atirar, como se o controle fosse uma pistola. Mas, quando o acessório exige movimentos mais acrobáticos e sincronia com o nunchaku, que fica na mão esquerda, o caldo engrossa.

Jogo videogame desde os quatro anos de idade - e isso significa 20 anos atrás - e, quando segurei o controle do Wii nas mãos, parecia um corpo estranho. Porém, para o jogador casual, ele é muito mais intuitivo que um joystick repleto de botões.

Em apenas uma hora, virei tenista, pesquei, controlei um 4x4, dei golpes de espada, só para citar alguns dos testes. E cada experiência foi diferente. De fato, às vezes o controle perdeu a sensibilidade, mas bastou dar um passo para trás para recuperar o cursor na tela.

É preciso ter a mente aberta (e coordenação motora) para incorporar o espírito do controle, que realmente proporciona liberdade de movimento ao jogador. E são apenas os primeiros games; imagine, com o passar do tempo, as possibilidades para o controle do Wii, exploradas pelas mentes brilhantes da indústria de games.

Mesmo para nós, da imprensa, é difícil descrever. É uma expansão do vocabulário: em um dia, falávamos de botões; agora, falamos de movimentos e traçamos paralelos para nos fazer entender.

O controle do Wii é, realmente, sensacional. Mais uma vez, a Big N reinventou a roda e merece aplausos de todos, pois em uma época na qual a indústria sofre com a repetição, a coragem de inovar virou artigo de luxo.

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